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Semana de Oração Jovem - Sermonário

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APRESENTAÇão<br />

semana <strong>de</strong> oração jovem <strong>de</strong> julho tem sido por muitos anos, uma inspiração e motivação para<br />

A toda a igreja.<br />

Este programa tem por objetivo alimentar espiritualmente a igreja, motivar os jovens, envolver todos,<br />

<strong>de</strong>spertar novos talentos na pregação, no louvor, na li<strong>de</strong>rança, e levar pessoas que estão conhecendo<br />

Jesus à <strong>de</strong>cisão.<br />

Neste ano os sermões foram preparados pela União Chilena, comandados pelo Pr. David Victoriano.<br />

Todos os temas da semana estão ligados ao projeto da igreja na América do Sul “Amigos <strong>de</strong> Esperança”.<br />

São histórias <strong>de</strong> personagens que mantiveram amiza<strong>de</strong>s significativas.<br />

- Daniel e seus amigos<br />

- Davi e Jonatas<br />

- O Paralítico e seus amigos<br />

- Paulo e Timóteo<br />

- Jesus e Lázaro<br />

- Josué e Calebe<br />

- Elias e Eliseu<br />

- Rute e Noemi<br />

Sem dúvida estas mensagens irão motivar a igreja para sermos “Amigos <strong>de</strong> Esperança”.<br />

Mas, para isto é importante que todos se envolvam, fazendo um planejamento, elaborando o programa,<br />

criando equipes, orando, distribuindo responsabilida<strong>de</strong>s e trabalhando juntos, para que a semana<br />

seja uma gran<strong>de</strong> benção para a igreja.<br />

Neste ano teremos também a opção <strong>de</strong> organizarmos a igreja, para a <strong>Semana</strong> <strong>de</strong> <strong>Oração</strong> Via Satélite,<br />

eu estarei pregando <strong>de</strong> 9-16/07 direto da Igreja Central <strong>de</strong> Campinas-SP. A transmissão será às 20h -<br />

Canal Executivo e as 21h pela TV Novo Tempo.<br />

Aproveite esta oportunida<strong>de</strong>.<br />

Pr. ARELI BARBOSA<br />

Lí<strong>de</strong>r do ministério jovem<br />

américa do sul<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

1


INTRODUÇÃO:<br />

UMA AMIZADE QUE ENOBRECE<br />

Daniel E sEUs amigos<br />

Daniel 1:17-20<br />

Olá, hoje iniciamos uma semana especial. Os jovens fizeram todos os preparativos para<br />

que esta semana seja inesquecível para cada criança, jovem e adulto <strong>de</strong>sta igreja. Durante<br />

todos estes dias estaremos compartilhando histórias, ensinos e orientações para nos tornarmos<br />

Amigos da Esperança.<br />

Seremos inspirados por relatos bíblicos que nos mostrarão a importância da amiza<strong>de</strong><br />

sadia; como conseguir e manter amiza<strong>de</strong>s duradouras que sobrepujem toda dificulda<strong>de</strong>.<br />

Tenho certeza <strong>de</strong> que Deus nos reservou gran<strong>de</strong>s bênçãos para esta semana. O importante<br />

é que cada um <strong>de</strong> nós faça a sua parte para que a semana seja realmente especial. Assim, você<br />

está convidado a participar conosco durante toda a semana.<br />

Não se esqueça que: “[...] há amigo mais chegado do que um irmão” (Pv 18:24).<br />

AMIZADE NOS MOMENTOS DIFÍCEIS:<br />

Sábado<br />

“No ano terceiro do reinado <strong>de</strong> Jeoaquim, rei <strong>de</strong> Judá, veio<br />

Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou” (Dn 1:1).<br />

Disse alguém: “O amigo certo se conhece nos momentos incertos”.<br />

Não sabemos se Daniel, Hananias, Misael e Azarias já se conheciam antes que Nabucodonosor<br />

invadisse Jerusalém, mas po<strong>de</strong>mos ter certeza <strong>de</strong> que as circunstâncias difíceis<br />

selaram uma amiza<strong>de</strong> inquebrantável para o resto <strong>de</strong> suas vidas. A história <strong>de</strong> hoje nos ensina<br />

que os verda<strong>de</strong>iros amigos nos levam a ser melhores homens e mulheres nesta vida.<br />

A invasão <strong>de</strong> Israel foi uma experiência sumamente dolorosa para esses quatro jovens.<br />

Eles foram obrigados a abandonar seus pais, sua casa, escola e igreja. Tudo quanto amavam,<br />

já não possuíam. Logo se viram como parte <strong>de</strong> um <strong>de</strong>spojo <strong>de</strong> guerra.<br />

A longa viagem <strong>de</strong> três meses, entre Jerusalém e Babilônia, <strong>de</strong>ve ter sido o início <strong>de</strong> uma<br />

linda amiza<strong>de</strong>. Enquanto caminhavam sob o sol escaldante do oriente, os rapazes se reuniam<br />

para conversar. Imagino, que no princípio, o grupo era formado por muitos jovens, mas com o<br />

passar do tempo, o grupo foi diminuindo e a amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses quatro rapazes foi <strong>de</strong> estreitando.<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

2


Uma verda<strong>de</strong> indiscutível da amiza<strong>de</strong> é que os pontos em comum nos unem. Eles<br />

começaram a se dar conta <strong>de</strong> que algo os unia. Certamente, tinham muitos assuntos em que<br />

discordavam, mas em algo sempre coincidiam: Deus lhes motivava o coração e lhes regia a<br />

consciência.<br />

Talvez você esteja passando por um momento difícil na vida, ou alguém que está ao seu<br />

lado esteja vivendo sob circunstâncias <strong>de</strong>sfavoráveis, não fique paralisado, é tempo <strong>de</strong> iniciar<br />

uma amiza<strong>de</strong>.<br />

UMA AMIZADE ENOBRECEDORA<br />

“Determinou-lhes o rei a ração diária, das finas iguarias da mesa real [...]”<br />

(Daniel 1:5).<br />

Gran<strong>de</strong> foi sua surpresa ao se inteirar <strong>de</strong> que iriam viver no palácio do rei. Mas as dificulda<strong>de</strong>s<br />

começaram quando o rei <strong>de</strong>terminou o alimento diário <strong>de</strong>les. Mas qual era o problema<br />

com a comida real? Acaso os reis não se servem do melhor? Porém, para esses quatro<br />

rapazes era um gran<strong>de</strong> problema: os alimentos servidos no palácio, <strong>de</strong> acordo com o costume,<br />

faziam parte do sacrifício aos <strong>de</strong>uses pagãos e eles, ao se servirem estariam participando <strong>de</strong>ssa<br />

adoração. Por outro lado, em sua gran<strong>de</strong> maioria, esses alimentos não faziam parte da lista<br />

assinalada por Deus como bons para consumo humano.<br />

O que fariam? Ignorariam a prescrição divina e comeriam do alimento que o rei compartilhava,<br />

ou ficariam do lado <strong>de</strong> Deus, sendo fiéis à Sua Palavra e leais à sua consciência?<br />

“Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do<br />

rei, nem com o vinho que ele bebia” (Daniel 1:8).<br />

Embora a Bíblia mencione que “Resolveu Daniel, firmemente”, em seu coração, estou<br />

certo <strong>de</strong> que essa <strong>de</strong>cisão foi previamente tomada pelos quatro amigos.<br />

Fico emocionado ao imaginar o teor <strong>de</strong>ssa conversa. Quatro rapazes, diante <strong>de</strong> uma<br />

encruzilhada; uma gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão que lhes traria consequências. Quatro jovens com mentes<br />

reflexivas, que <strong>de</strong>dicavam tempo para <strong>de</strong>cisões conscientes e para cumprir o que Deus lhes<br />

pedia e não o que a maioria fazia.<br />

É muito mais fácil tomar boas <strong>de</strong>cisões quando estamos ro<strong>de</strong>ados <strong>de</strong> bons amigos.<br />

A juventu<strong>de</strong> é a etapa da vida na qual são tomadas as maiores <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> toda a vida:<br />

O curso <strong>de</strong> estudos a seguir (50% <strong>de</strong> sua vida – será um trabalho on<strong>de</strong> você passará 8 das 16<br />

horas que você fica acordado em um dia). Com quem se casar (outros 50% <strong>de</strong> sua vida – seu<br />

cônjuge é a pessoa com quem você irá compartilhar as oito horas restantes do dia). E, claro,<br />

sem mencionar as oito horas <strong>de</strong> sono que lhe faltam para completar as 24 horas do dia as quais<br />

serão passadas com a pessoa a quem você <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> amar pelo resto da vida. Então, está claro que<br />

é na juventu<strong>de</strong> que <strong>de</strong>cidimos o que faremos no resto <strong>de</strong> nossas vidas.<br />

Cerque-se <strong>de</strong> amigos bons e altruístas e que o/a aju<strong>de</strong>m a tomar boas <strong>de</strong>cisões.<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

3


AS BOAS DECISÕES REAFIRMAM A AMIZADE<br />

“Experimenta, peço-te, os teus servos <strong>de</strong>z dias; e que se nos dêem legumes a<br />

comer e água a beber. Então, se veja diante <strong>de</strong> ti a nossa aparência e a dos<br />

jovens que comem das finas iguarias do rei; e, segundo vires, age com os<br />

teus servos. Ele aten<strong>de</strong>u e os experimentou <strong>de</strong>z dias (Daniel 1:12-14).<br />

Esse texto nos mostra que a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> ser fiel a Deus uniu os jovens, e unidos eram mais<br />

fortes. A <strong>de</strong>cisão correta e pura, unia-os como um laço que ninguém podia romper.<br />

As boas <strong>de</strong>cisões consolidam uma gran<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>.<br />

Não confunda, caro jovem, pois a amiza<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira não po<strong>de</strong> ser estabelecida sobre<br />

<strong>de</strong>cisões in<strong>de</strong>vidas e incorretas que atraiçoam a Deus e a sua consciência. A lealda<strong>de</strong> e a<br />

fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, requisitos básicos da amiza<strong>de</strong>, são dons que Deus somente comparte com os que<br />

<strong>de</strong>cidiram fazer o correto em todas as circunstâncias e a qualquer preço. Não se sur-preenda<br />

com a traição e o ser abandonado por um amigo, se junto com ele você enveredou pelo<br />

caminho das <strong>de</strong>cisões más e impróprias.<br />

RESULTADO DE UMA AMIZADE ENOBRECEDORA<br />

“Ora, a estes quatro jovens Deus <strong>de</strong>u o conhecimento e a inteligência em<br />

toda cultura e sabedoria; [...] o rei [...] os achou <strong>de</strong>z vezes mais doutos”<br />

(Daniel 1:17,20).<br />

Sua amiza<strong>de</strong> po<strong>de</strong> contribuir para o êxito <strong>de</strong> outras pessoas.<br />

Não é estranho encontrarmos pessoas que têm êxito na vida, as quais, por sua vez,<br />

pertencem a um grupo <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> que, em sua maioria, conta com pessoas <strong>de</strong> sucesso.<br />

Isso não significa que <strong>de</strong>veríamos discriminar as pessoas ao escolher nossos amigos, pelo<br />

contrário, <strong>de</strong>vemos nos perguntar: “Estou realmente sendo uma bênção para meus amigos?”<br />

Deveríamos pensar em formas <strong>de</strong> contribuir para o êxito daqueles que nos ro<strong>de</strong>iam. Sem<br />

dúvida, esse tipo <strong>de</strong> pensamento irá contribuir para seu êxito.<br />

CONCLUSÃO:<br />

No primeiro tema <strong>de</strong>sta semana, vimos que a amiza<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira, transparente e que<br />

enobrece é o maior dom que po<strong>de</strong>mos conseguir na vida. A vida nem sempre é fácil, porém<br />

se torna mais suportável quando você está acompanhado <strong>de</strong> um verda<strong>de</strong>iro amigo.<br />

Quero <strong>de</strong>safiá-los a se oferecerem como amigos que estejam dispostos a permanecerem<br />

em qualquer circunstância, colocando a Deus em primeiro lugar.<br />

Mas não se esqueçam que os verda<strong>de</strong>iros amigos serão encontrados entre os que, assim<br />

como você, estão dispostos a dar a Deus o primeiro e o último lugar na vida.<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

4


Que a sua oração seja: “Senhor, ensina-me a ser Teu amigo, para que assim eu possa ser<br />

verda<strong>de</strong>iro amigo daqueles que me ro<strong>de</strong>iam”.<br />

Que Deus os abençoe.<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

5<br />

Pr. David Victoriano<br />

Diretor do Ministério <strong>Jovem</strong><br />

União Chilena


INTRODUÇÃO<br />

Domingo<br />

AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

DAVI E JônataS<br />

1 SAMUEL 23:16-18<br />

A amiza<strong>de</strong> é um dos dons mais bonitos e valiosos que Deus entregou à humanida<strong>de</strong>.<br />

Se você pesquisar no Google com a pergunta: “Quem é um amigo?”, encontrará, aproximadamente,<br />

9.170.000 links, todos oferecendo respostas à pergunta. Das muitas vezes que li<br />

e ouvi <strong>de</strong>finições do que é amigo, fico com a que talvez seja o resumo <strong>de</strong> todas: “O amigo<br />

é como o sangue que brota espontaneamente da ferida, sem esperar que esta o chame”. Na<br />

Bíblia, a palavra “amigo” foi traduzida <strong>de</strong> <strong>de</strong>zesseis palavras diferentes, no grego e no hebraico.<br />

A maioria <strong>de</strong>las é sinônima, mas outras <strong>de</strong>finem diferentes relações sociais.<br />

Na Concordância Bíblica, baseada na versão RA, publicada em 1975, a palavra amigo<br />

aparece 110 vezes. O interessante disso é que, <strong>de</strong> quem iremos falar hoje, essa palavra não está<br />

associada a eles, apesar <strong>de</strong> ser um dos exemplos mais profundos do que significa uma gran<strong>de</strong><br />

amiza<strong>de</strong>. Refiro-me a Davi e Jonatas.<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

A primeira vez que na Bíblia vemos esses dois gran<strong>de</strong>s heróis juntos ocorre em 1 Samuel<br />

18:1. Somente em seis capítulos aparecem os nomes <strong>de</strong> Davi e Jônatas, e ocorrem 45 vezes,<br />

equivalendo a 7,5 vezes em cada capítulo. Somente no capítulo 20 aparecem juntos os dois<br />

nomes 22 vezes. Deve-se consi<strong>de</strong>rar que o capítulo 20 tem 42 versículos. Toda essa informação<br />

interessante ao que parece justifica o que diz 1 Samuel 18:1: “Suce<strong>de</strong>u que, acabando Davi<br />

<strong>de</strong> falar com Saul, a alma <strong>de</strong> Jônatas se ligou com a <strong>de</strong> Davi; e Jônatas o amou como à sua<br />

própria alma”. Está mais que claro que para o escritor do livro, os nomes <strong>de</strong> Davi e Jônatas são<br />

realmente uma corda trançada com dois fios, impossíveis <strong>de</strong> serem separados.<br />

Jônatas conheceu Davi em um momento importante para o país e, especialmente, para<br />

Davi: este havia vencido o gigante Golias e, com a cabeça do gigante na mão, veio apresentarse<br />

diante do rei Saul. Daquele momento em diante, a alma <strong>de</strong>sses gran<strong>de</strong>s homens se<br />

entrelaçaram para nunca mais se separarem. Jônatas havia reconhecido i<strong>de</strong>ais afins com Davi.<br />

O primeiro também havia sido um herói e salvador <strong>de</strong> seu povo, quando em Micmás, com seu<br />

ajudante <strong>de</strong> armas subiu até a guarnição inimiga e, com sua espada, aniquilou gran<strong>de</strong> parte<br />

da guarda, gerando pânico entre todo o acampamento. Antes <strong>de</strong>ssa gran<strong>de</strong> valentia, Jônatas<br />

havia dito: “[...] porque para o SENHOR nenhum impedimento há <strong>de</strong> livrar com muitos ou<br />

com poucos” (1Sm 14:6).<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

6


1. Este então seria o primeiro elemento da amiza<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira “há reconhecimento<br />

mútuo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ais afins e não uma igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> preparo ou <strong>de</strong> classe social”. Com a<br />

mesma valentia, sem levar em conta a complexida<strong>de</strong> do inimigo, Davi, um pastor <strong>de</strong><br />

ovelhas, entrou na batalha. Aparentemente, era uma luta <strong>de</strong>sigual, mas Davi agia por<br />

meio da fé, e assim como o príncipe Jônatas, “Deus podia vencer o po<strong>de</strong>roso gigante<br />

com uma pedra”. Ambos tinham segurança do que faziam; ambos avançavam pela<br />

fé; ambos eram valentes e <strong>de</strong>cididos; e ambos não se acovardaram diante do inimigo.<br />

Porém, nem tudo foi fácil para esses amigos: os ciúmes do rei Saul, pai <strong>de</strong> Jônatas,<br />

ameaçavam a vida <strong>de</strong> Davi. Em uma primeira tentativa <strong>de</strong> não pôr suas mãos sobre Davi,<br />

tentando que ele fosse morto por mãos inimigas, Saul passou a enviar cada vez mais Davi em<br />

missões realmente impossíveis, mas em todas ele se saiu vencedor. “Viu Saul e reconheceu que<br />

o SENHOR era com Davi; e [...] temeu ainda mais a Davi e continuamente foi seu inimigo”<br />

(1Sm 18:28, 29). Diante <strong>de</strong> todo o êxito pessoal, profissional, político, social e militar <strong>de</strong> Davi,<br />

Jônatas o amava muito mais, “a alma <strong>de</strong> Jônatas se ligou com a <strong>de</strong> Davi”.<br />

2. Há aqui um segundo princípio do que realmente é um amigo <strong>de</strong> esperança. “O<br />

verda<strong>de</strong>iro amigo nunca sente ciúmes ou inveja do progresso <strong>de</strong> seu companheiro,<br />

pelo contrário, sente-se feliz e realizado com o êxito do amigo”.<br />

A história <strong>de</strong> Jônatas e Davi nos diz que, em várias as ocasiões quando Davi fugia <strong>de</strong><br />

Saul, Jônatas foi visitá-lo e dar-lhe ânimo, motivando-o e lembrando-o <strong>de</strong> que ele seria o<br />

próximo rei <strong>de</strong> Israel. “Então, se levantou Jônatas, filho <strong>de</strong> Saul, e foi para Davi, a Horesa, e lhe<br />

fortaleceu a confiança em Deus, e lhe disse: Não temas, porque a mão <strong>de</strong> Saul, meu pai, não te<br />

achará; porém tu reinarás sobre Israel, e eu serei contigo o segundo, o que também Saul, meu<br />

pai, bem sabe. E ambos fizeram aliança perante o SENHOR. Davi ficou em Horesa, e Jônatas<br />

voltou para sua casa” (1Sm 23:16-18).<br />

Outra vez em que é mencionado o nome <strong>de</strong> Jônatas ocorre para falar <strong>de</strong> sua morte: “Os<br />

filisteus apertaram com Saul e seus filhos e mataram Jônatas, Abinadabe e Malquisua, filhos<br />

<strong>de</strong> Saul” (1Sm 31:2). Ainda, sua morte é mencionada como a primeira <strong>de</strong> toda casa real. Que<br />

história tão trágica para alguém que amou tanto e se dou em favor dos <strong>de</strong>mais!<br />

3. Esta é a terceira característica do que significa ser amigo verda<strong>de</strong>iro: Amigo da<br />

esperança é alguém que o apóia e compartilha sua dor nos momentos mais sombrios<br />

e angustiantes <strong>de</strong> sua vida.<br />

A história <strong>de</strong> Jônatas po<strong>de</strong> ser equiparada à <strong>de</strong> João Batista, <strong>de</strong> quem Jesus disse: “E eu<br />

vos digo: entre os nascidos <strong>de</strong> mulher, ninguém é maior do que João” (Lc 7:28). A ambos se<br />

lhes apresentava um futuro <strong>de</strong>stacado; os dois foram queridos e respeitados por seu povo;<br />

ambos foram fiéis e vigorosos, mas ambos terminaram a vida em morte cruel que arrebatou<br />

seus sonhos e projetos. A vil espada da guerra e a diversão ceifaram a vida <strong>de</strong>sses dois jovens,<br />

cujo futuro era realmente promissor. Porém, em meio a todo esse quadro <strong>de</strong>solador humano,<br />

a imagem <strong>de</strong> Jônatas se ergue com mais força do que nunca para anunciar que os caminhos <strong>de</strong><br />

Deus são justos e que a esperança é o que faz renascer os <strong>de</strong>sejos e anelos do coração, quando<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

7


esses são traçados <strong>de</strong> acordo com a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />

CONCLUSÃO<br />

Fico emocionado com o versículo 4 <strong>de</strong> 1 Samuel 18: “Despojou-se Jônatas da capa que<br />

vestia e a <strong>de</strong>u a Davi, como também a armadura, inclusive a espada, o arco e o cinto”. O amor<br />

<strong>de</strong> Jônatas por Davi foi muito gran<strong>de</strong>, como o <strong>de</strong> João Batista que disse: “Convém que ele<br />

cresça e que eu diminua” (Jo 3:30). Essa é a verda<strong>de</strong>ira esperança, a que permite amar antes <strong>de</strong><br />

ser amado. A que se coloca no lugar do outro, para ser fonte <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> bênção. Jônatas<br />

tirou suas vestes e armas e as <strong>de</strong>u a Davi. Também Davi, quando foi lutar contra o gigante,<br />

tirou a armadura com que foi vestido. Então, ambos se <strong>de</strong>spojaram <strong>de</strong> algo muito importante<br />

que, a princípio, significa proteção, dignida<strong>de</strong> e renome. Ao ver isso me vem à mente o que<br />

Cristo fez por cada um <strong>de</strong> nós. Despojou-Se <strong>de</strong> todas Suas prerrogativas divinas (Filipenses<br />

2:5-9), <strong>de</strong>ixou os privilégios do Céu, veio em nossa condição humana e tomou o nosso lugar.<br />

Ele nos amou e nos trouxe esperança e salvação.<br />

Você <strong>de</strong>seja aceitar essa salvação que Ele lhe oferece hoje? Você gostaria <strong>de</strong> experimentar<br />

em sua vida o que significa a verda<strong>de</strong>ira amiza<strong>de</strong>? Gostaria <strong>de</strong> ser um amigo da esperança?<br />

Se esse for o seu <strong>de</strong>sejo, levante-se e venha ao Senhor. Amém!<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

8<br />

Pr. Reuel Gómez<br />

Diretor do Ministério <strong>Jovem</strong><br />

Missão Norte do Chile


INTRODUÇÃO<br />

Segunda<br />

MINHA IGREJA, O MELHOR LUGAR PARA MEUS AMIGOS<br />

O Paralítico e Seus 4 Amigos<br />

MARCOS 2:1-12<br />

Sem dúvida, existem várias <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> igreja. De forma geral e em um sentido mais<br />

teórico, é <strong>de</strong>finida como um conjunto <strong>de</strong> crentes que estão unidos sob um mesmo conceito<br />

<strong>de</strong> Deus e <strong>de</strong> Sua revelação. Mas o que é “Minha Igreja”? Alguns participam <strong>de</strong> igrejas<br />

gran<strong>de</strong>s, com muitos membros e gran<strong>de</strong>s estruturas; outros <strong>de</strong> pequenas capelas com poucos<br />

membros. Não po<strong>de</strong>ríamos <strong>de</strong>finir “Minha Igreja”, simplesmente por suas dimensões<br />

estruturais, tampouco pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> membros, mas sim pelos propósitos e objetivos<br />

pelos quais os membros se unem.<br />

MINHA IGREJA, UM LUGAR PARA MEUS AMIGOS INCAPACITADOS<br />

Gostaria <strong>de</strong> ver o relato <strong>de</strong> Marcos 2:1-12, como “Minha Igreja”, sim, um grupo <strong>de</strong> quatro<br />

amigos que se unem em um mesmo objetivo, em uma estratégia on<strong>de</strong> cada um cumpre sua<br />

função. O objetivo é levar uma pessoa a Jesus. Nesse caso, seu amigo que estava enfermo e<br />

impossibilitado <strong>de</strong> fazê-lo por seus próprios meios.<br />

Incapacida<strong>de</strong> é a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar ações cotidianas e normais das pessoas.<br />

Porém, a outros tipos <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong>, como mostrar amor, bonda<strong>de</strong>, companheirismo,<br />

amiza<strong>de</strong>, generosida<strong>de</strong> e po<strong>de</strong>ríamos prosseguir. Essa também é a incapacida<strong>de</strong> emocional e<br />

<strong>de</strong> relacionamento que, sem dúvida, é um gran<strong>de</strong> problema no mundo.<br />

Assim sendo, para formar Minha Igreja eu <strong>de</strong>vo primeiro reunir um pequeno grupo<br />

<strong>de</strong> pessoas que crêem que Jesus é capaz <strong>de</strong> solucionar os problemas, incapacida<strong>de</strong>s e necessida<strong>de</strong>s<br />

mais profundas da humanida<strong>de</strong>.<br />

MEUS AMIGOS DEVEM CONHECER JESUS<br />

Na verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vem crer que Jesus é capaz <strong>de</strong> solucionar o verda<strong>de</strong>iro problema do ser<br />

humano, o pecado. Jesus é o centro da história <strong>de</strong> Marcos 2. O importante no tema não são os<br />

amigos, nem a estratégia, mas o personagem que oferece a solução, Jesus. É fundamental que<br />

levemos a Ele os nossos amigos. Não pretendamos ser nós os exemplos ou o i<strong>de</strong>al, porque, é<br />

claro, <strong>de</strong>cepcionaríamos a todos que nos olham como alguém a ser seguido. Portanto, pense<br />

em seus amigos e pergunte-se: “Estou levando meus amigos a quem?”<br />

O paralítico não conhecia Jesus, mas seus quatro amigos sim. Eles sabiam quem era Jesus<br />

e quão importante Ele seria para o amigo paralítico. Sem dúvida, por mais que tivessem falado<br />

<strong>de</strong> Jesus, seria muito melhor se ele tivesse uma experiência viva e pessoal com o Mestre.<br />

Isso significa que não po<strong>de</strong>mos transferir nossa experiência <strong>de</strong> fé a ninguém, pois ela é<br />

intransferível, contudo, po<strong>de</strong>mos levar aqueles a quem amamos a Jesus para que tenham sua<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

9


própria experiência com Ele.<br />

DEVO TER UMA ESTRATÉGIA PARA LEVAR MEUS AMIGOS<br />

Minha igreja <strong>de</strong>ve ter uma estratégia para enfrentar os <strong>de</strong>safios e ter êxito no cumprimento<br />

do objetivo. Avançar e driblar o <strong>de</strong>safio da multidão que representa nosso obstáculo, ter os<br />

elementos necessários para baixar o amigo do teto até Jesus. Esse é a Minha Igreja, e a Minha<br />

Bíblia é o elemento necessário.<br />

Devo ter uma função em Minha Igreja, <strong>de</strong>vo saber exatamente o que <strong>de</strong>vo fazer. Talvez eu<br />

<strong>de</strong>va levar a corda apropriada, ou abrir um espaço no teto para baixar meu amigo, ou talvez<br />

<strong>de</strong>va elaborar o plano a ser <strong>de</strong>senvolvido. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da responsabilida<strong>de</strong> e função<br />

que receba, tenho <strong>de</strong> ter claro na mente que na Minha Igreja não há algumas funções mais<br />

importantes que outras. Antes, o importante é que eu simplesmente tenha uma função.<br />

O cumprimento <strong>de</strong>ssa responsabilida<strong>de</strong> não <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>ixado ao acaso, meus amigos<br />

são tão importantes que eu <strong>de</strong>vo atentar a cada <strong>de</strong>talhe para que eles sintam o anelo <strong>de</strong> se<br />

encontrarem com Jesus. Se for necessário, terei <strong>de</strong> subir em um telhado e baixá-los com a<br />

ajuda <strong>de</strong> cordas. Devo ter uma estratégia clara e sólida, <strong>de</strong> tal maneira que o objetivo seja<br />

cumprido.<br />

Pense em seus amigos e pergunte-se se você fez o necessário para cumprir com sua<br />

responsabilida<strong>de</strong>. Você tem a <strong>de</strong>vida estratégia, foi suficientemente <strong>de</strong>talhista para conduzir<br />

seus amigos a esse encontro vital com Jesus?<br />

CONCLUSÃO<br />

Pense agora em seus amigos e analise quantos <strong>de</strong>les necessitam <strong>de</strong> Jesus. Você crê que seria<br />

capaz <strong>de</strong> elaborar uma estratégia para que eles se encontrem com o Senhor Jesus? Os amigos<br />

são especiais porque fazem parte <strong>de</strong> nossa vida. Com eles compartilhamos nosso tempo,<br />

nossas emoções e sonhos. Como seria maravilhoso se pudéssemos também compartilhar com<br />

eles nossa comunhão com Jesus.<br />

O relato <strong>de</strong> Marcos tem um final extraordinário. Um trabalho em equipe, uma estratégia,<br />

um mesmo objetivo os levou ao êxito, porém, o mais assombroso não foi apenas levar o amigo<br />

ao local on<strong>de</strong> Jesus estava, porque essa foi a parte humana, que exigiu um pouco <strong>de</strong> esforço<br />

e disposição, mas fazer com que isso acontecesse foi um milagre. Ali não podiam intervir,<br />

apenas <strong>de</strong>viam crer. Essa é a Minha Igreja que eu quero e que espero seja a sua Igreja.<br />

Peça a Deus para ajudá-lo nesse gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio. Ele quer que você seja um Amigo da Esperança.<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

10<br />

Pr. José Ramírez<br />

Diretor do Ministério <strong>Jovem</strong><br />

Associação Metropolitana do Chile


INTRODUÇÃO<br />

TRAGA A MINHA CAPA<br />

PaULO E TIMóteo<br />

2 TIMóteo 4:6-22<br />

Ao iniciar esta pregação, quero dizer que meu propósito é que você possa compreen<strong>de</strong>r<br />

a importância <strong>de</strong> ter Amigos <strong>de</strong> Esperança, ao analisar a relação <strong>de</strong> Paulo e Timóteo <strong>de</strong>scrita<br />

na segunda carta escrita por Paulo.<br />

Sem dúvida, que uma das amiza<strong>de</strong>s mais significativas da Bíblia é a <strong>de</strong> Paulo e Timóteo.<br />

Essa é uma relação <strong>de</strong> mestre e discípulo, <strong>de</strong> pai (espiritual) e filho (espiritual), entre colegas,<br />

entre pastores.<br />

Pelo que sabemos da Bíblia, o apóstolo Paulo conhecia muito bem Timóteo, conhecia a<br />

sua família e apreciava a sincerida<strong>de</strong> existente nele a “fé sem fingimento” (2Tm 1:4-5). Talvez,<br />

por esse motivo suas cartas dirigidas a Timóteo estão cheias <strong>de</strong> conselhos bastante pessoais <strong>de</strong><br />

como ele <strong>de</strong>ve enfrentar os <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> manter uma li<strong>de</strong>rança espiritual ao conduzir a igreja<br />

do Senhor.<br />

Nesta segunda carta a Timóteo, Paulo está preso em Roma. Muitos historiadores pensam<br />

que foi na masmorra Mamertina, lugar sombrio e cruel, on<strong>de</strong> enquanto esperava a con<strong>de</strong>nação,<br />

passou momentos solitários em seu ministério e escreveu para Timóteo (2Tm 4:6).<br />

O título do sermão <strong>de</strong> hoje: “Traga a minha capa” (2Tm 4:13, BLH), não é o mais chamativo<br />

para um título, ou para iniciar uma série evangelística, mas é uma expressão que nasce <strong>de</strong> um<br />

coração que necessita consolo, amiza<strong>de</strong> e a proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um Amigo da Esperança, em<br />

momentos difíceis.<br />

É nesse contexto que quero hoje falar <strong>de</strong> três “Amigos <strong>de</strong> Esperança”.<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

Terça<br />

Paulo, um Amigo da Esperança<br />

Em seu relacionamento com Timóteo, Paulo nos ensinou as principais características do<br />

amigo espiritual.<br />

a. Paulo orava por Timóteo. (2Tm 1:3). É a oração contínua <strong>de</strong> intercessão por nossos<br />

amigos o que po<strong>de</strong> fazer a gran<strong>de</strong> diferença.<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

11


. Paulo <strong>de</strong>sejava ver Timóteo. (2Tm 1:4). É a proximida<strong>de</strong>, o contato, talvez um abraço,<br />

o que alimenta o amor sincero no relacionamento amigo.<br />

c. Paulo estimava Timóteo. (2Tm 1:5). Há muitos cristãos que falam em tom enfático<br />

sobre o amor e nunca se ouve <strong>de</strong>les uma palavra <strong>de</strong> estima, <strong>de</strong> aprovação, <strong>de</strong><br />

reconhecimento aos que o ro<strong>de</strong>iam. Paulo, com toda humilda<strong>de</strong> e simplicida<strong>de</strong>,<br />

elogia Timóteo, <strong>de</strong>stacando os pontos positivos que vê nele. Como é fácil ver o<br />

negativo e não o positivo!<br />

d. Paulo exorta Timóteo a viver uma vida espiritual. (2TM 1:6-8, 13-14; 2:3-8,15-16, 22;<br />

4:1-2). É verda<strong>de</strong>iro amigo aquele que o induz ao espiritual: a <strong>de</strong>senvolver os dons, a<br />

pregar, a não se envergonhar da fé, a reter a doutrina e guardar o <strong>de</strong>pósito do Espírito,<br />

a usar bem a palavra da verda<strong>de</strong>, a se lembrar <strong>de</strong> Jesus Cristo, a evitar as palavras vãs<br />

e a fugir das paixões mundanas.<br />

Não esqueça, o amigo da esperança leva outros a viver a esperança.<br />

Timóteo, um Amigo da Esperança<br />

Sem dúvida, Timóteo acompanhou Paulo em muitas aventuras missionárias e lhe<br />

expressou fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> como bom discípulo, mas, por algum motivo, não estava com Paulo<br />

em Roma e não sabemos se conseguiu chegar antes <strong>de</strong> sua morte, mas nas palavras <strong>de</strong> Paulo,<br />

po<strong>de</strong>mos notar várias características <strong>de</strong> Timóteo como um Amigo <strong>de</strong> Esperança.<br />

a. Timóteo não abandonou Paulo (2Tm 4:9-10, 14, 15): Paulo sentiu quando alguns<br />

colaboradores se foram (Ex.: Demas e Alexandre). É nos momentos difíceis quando<br />

se prova a lealda<strong>de</strong> da verda<strong>de</strong>ira amiza<strong>de</strong>. Um Amigo da Esperança não foge quando<br />

o outro está passando por problemas.<br />

b. Timóteo foi um amigo confiável (2Tm 4:11, 13, 21): Existe um ditado: “Se você quer<br />

que confiem em você, seja confiável”. Paulo confiava em Timóteo e isso se po<strong>de</strong> ver<br />

em seu pedido para que trouxesse Marcos e a capa com ele, ou na frase: “traga a<br />

minha capa”. Talvez esse seja um assunto doméstico e po<strong>de</strong>ria não aparecer na Bíblia,<br />

mas estou certo <strong>de</strong> que está registrado para nos assinalar um aspecto prático do amor.<br />

Geralmente, somos bons para falar do amor e do serviço, mas quando nos pe<strong>de</strong>m<br />

alguns favores, queremos fugir. Timóteo não fugiu, Paulo podia confiar nele, mesmo<br />

nessa questão tão insignificante à vista <strong>de</strong> muitos. Ele sentia frio na masmorra e<br />

necessitava da ação <strong>de</strong> seu Amigo da Esperança.<br />

c. Timóteo era um amigo compreensivo (2Tm 4:21): “Apressa-te a vir antes do inverno”.<br />

Paulo sabia que seu amigo Timóteo iria, mas com toda a confiança, que exige uma<br />

boa relação <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>, ele diz: “antes do inverno”. Essas foram as últimas palavras<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

12


do apóstolo ao seu amado amigo. Sabia que não apenas receberia o abrigo da “capa”<br />

trazida por Timóteo, mas também a compreensão e a simpatia <strong>de</strong>le. Quando penso<br />

na palavra simpatia, falo da capacida<strong>de</strong> que a pessoa tem <strong>de</strong> sentir com a outra, <strong>de</strong><br />

experimentar suas emoções e <strong>de</strong> se colocar no lugar <strong>de</strong>la, em “seus sapatos”, como diz<br />

a expressão popular.<br />

Jesus é o melhor amigo: Ele é a esperança<br />

Ao estudarmos 2 Timóteo 4, <strong>de</strong>scobrimos o melhor amigo. Iremos falar dEle.<br />

a. Jesus sempre está conosco (2Tm 4:16): Paulo sentiu o abandono e o <strong>de</strong>samparo <strong>de</strong><br />

alguns <strong>de</strong> seus colaboradores. Não nos esqueçamos que ele estava preso e só, mas<br />

mesmo assim mantém a esperança, visto que o “Senhor” está ao seu lado e lhe dá as<br />

forças para prosseguir (2Tm 4:17). Jesus nunca fugirá <strong>de</strong> nós.<br />

Há um <strong>de</strong>talhe que poucos observam em 2 Timóteo 4:13. Paulo necessitava da presença<br />

gratificante e santificadora <strong>de</strong> Jesus em sua vida, por isso pe<strong>de</strong> que Timóteo lhe traga os<br />

“livros”. O que ele quer é a sua Bíblia. Paulo necessita sentir Jesus perto. Ele compreen<strong>de</strong> que<br />

é mediante a leitura da Bíblia que se po<strong>de</strong> experimentar a maior amiza<strong>de</strong> com Jesus, que nos<br />

encherá <strong>de</strong> Esperança e salvação. Não nos esqueçamos que nosso melhor Amigo nos fala a<br />

cada instante por meio <strong>de</strong> Sua Palavra. Dessa forma, Ele está sempre conosco, “todos os dias,<br />

até a consumação dos séculos”.<br />

b. Jesus nos livra do leão e <strong>de</strong> toda a obra má (2Tm 4:17): Há alguns comentaristas<br />

bíblicos que pensam que aqui está sendo mencionado o leão como o Império<br />

Romano. Mas você e eu sabemos quem está por trás do conflito, Satanás, “o leão que<br />

ruge e nos quer <strong>de</strong>vorar”. Nosso maior e mais temível inimigo. Que conforto saber<br />

que Jesus nos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse inimigo! Jesus é o “Gran<strong>de</strong> Amigo”, que esteve disposto<br />

a dar Sua vida por nós.<br />

c. Jesus nos guardará até o fim (2Tm 4:18): Essa é nossa gran<strong>de</strong> esperança: Jesus nos<br />

guardará para Seu reino celestial. Jesus <strong>de</strong>seja e quer nossa salvação. Nunca <strong>de</strong>vemos<br />

duvidar <strong>de</strong> Seu amor. Assim como Paulo, embora estejamos passando por momentos<br />

muito difíceis, não percamos <strong>de</strong> vista a “coroa” que o Senhor preparou para nós (2Tm<br />

4:8).<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

13


CONCLUSÃO<br />

Uma das imagens bíblicas que mais chamam a atenção é a que se encontra no Apocalipse<br />

1:13 a 20, on<strong>de</strong> nos é apresentado Jesus no meio dos sete can<strong>de</strong>labros.<br />

Essa visão apocalíptica nos ensina que Jesus nunca <strong>de</strong>ixará órfãos Seus filhos. Ele Se move<br />

no meio dos can<strong>de</strong>labros, que simboliza a igreja cristã através da história. Jesus está sempre<br />

inclinado a nós. Nada para Ele é pelo acaso. Ele sabe tudo o que ocorre em Sua igreja. Ele a<br />

dirige e cuida, sempre está no centro, Sua onisciência e onipresença nos acompanham em<br />

cada segundo <strong>de</strong> nossa vida. Jesus po<strong>de</strong> ainda contar todos os nossos cabelos, porque nos<br />

conhece totalmente e <strong>de</strong>seja manter íntima comunhão conosco.<br />

Certa ocasião um astrônomo refletiu na pequenez <strong>de</strong>ste mundo ao comparar a terra com<br />

uma partícula <strong>de</strong> pó, suspensa no ar. Como é impressionante que nesse vasto universo, nosso<br />

Senhor Jesus esteja preocupado com tudo o que passa nessa partícula <strong>de</strong> pó, nossa Terra, e<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa partícula, Ele quer ser Amigo <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong> nós, para nos salvar e nos conduzir<br />

a um futuro esplêndido e melhor!<br />

CHAMADO<br />

Jesus é nosso amigo, a gran<strong>de</strong> esperança.<br />

Ele <strong>de</strong>seja hoje nos visitar antes que chegue o “inverno <strong>de</strong>ste mundo”, e não apenas nos<br />

trazer a “capa”, mas a salvação e a vida eterna. Ele nunca nos <strong>de</strong>ixará, mas promete nos livrar<br />

e nos proteger até o fim.<br />

Porém, nós também hoje, seguindo o exemplo do mestre, po<strong>de</strong>mos nos tornar “Amigos<br />

da Esperança”. Há muitos que estão vivendo o inverno em suas vida, são solitários, lúgubres e<br />

necessitam <strong>de</strong> nós, necessitam <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iros amigos (como Paulo e Timóteo), que estejam a<br />

seu lado, que os visitem que os compreendam, que orem com ele e os estimem. Eles necessitam<br />

<strong>de</strong> amigos confiáveis que os conduzam ao “Gran<strong>de</strong> Amigo, que é Jesus”. Que o Senhor nos<br />

abençoe em nossa <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> nos convertermos hoje em canais <strong>de</strong> bênçãos para essas pessoas!<br />

Amém.<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

14<br />

Pastor Henry Mainhard<br />

Diretor do Ministério <strong>Jovem</strong><br />

Missão Central do Chile


INTRODUÇÃO<br />

• O que quer dizer “cativar”? [...].<br />

FAZER AMIZADE A TODA PROVA<br />

Jesus e Lázaro<br />

joão 11:35-36<br />

• É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços...”<br />

• Criar laços?<br />

Isso mesmo, disse a raposa. Para mim não passas ainda <strong>de</strong> um rapazinho muito parecido<br />

com cem mil rapazinhos. E não preciso <strong>de</strong> ti. E tu também não precisas <strong>de</strong> mim. Para ti sou<br />

apenas uma raposa semelhante a cem mil raposas. Mas, se me cativares, teremos necessida<strong>de</strong><br />

um do outro. Para mim serás único no mundo. E eu serei para ti único no mundo... (O<br />

Pequeno Príncipe, Antoine <strong>de</strong> Sanit-Exupéry).<br />

Cativar? Criar vínculos? Como soam estranhas essas palavras na socieda<strong>de</strong> do século<br />

XXI, on<strong>de</strong> tudo é <strong>de</strong>scartável. Alimento, vestuário, tecnologia. Princípios, valores, verda<strong>de</strong>s<br />

também são <strong>de</strong>scartáveis. Relações, companheirismo e amiza<strong>de</strong>s, tristemente <strong>de</strong>scartáveis.<br />

Criar vínculos parece uma tarefa muito árdua e difícil e que, praticamente, foi esquecida<br />

por completo. Porém, como jovens adventistas, somos convidados a mostrar ao mundo que<br />

po<strong>de</strong>mos ser “Amigos da Esperança”.<br />

Mediante o exemplo que nos foi <strong>de</strong>ixado por Deus, em Sua Palavra, <strong>de</strong>scobriremos cinco<br />

princípios que nos transformarão em Amigos da Esperança.<br />

DESENVOLVIMENTO DA AMIZADE<br />

Quarta<br />

Na Bíblia, vemos um relato <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> firmada ao longo do tempo. Uma amiza<strong>de</strong> que<br />

superou muitas provas e, sem dúvida, a maior das barreiras que temos <strong>de</strong> enfrentar no mundo<br />

como o conhecemos hoje: a morte.<br />

Refiro-me aos vínculos formados entre Jesus e Lázaro.<br />

Todos sabiam que Jesus era amigo <strong>de</strong> Lázaro. Na verda<strong>de</strong>, nos evangelhos, somente ele é<br />

referido como “Nosso amigo Lázaro [...]” (Jo 11:11) e, no entanto, não fazia parte do grupo<br />

especial dos doze.<br />

Destacaremos dois aspectos para consi<strong>de</strong>ração:<br />

Primeiro: A amiza<strong>de</strong> tem como princípio o respeito pelo outro. Respeitar as<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

15


individualida<strong>de</strong>s é fundamental se quero ser amigo. Não po<strong>de</strong> haver amiza<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira<br />

anulando as opiniões dos <strong>de</strong>mais ou obrigando-os a fazerem o que eu quero <strong>de</strong> forma<br />

autoritária. A ami-za<strong>de</strong> tem seu espaço e se <strong>de</strong>senvolve nas diferenças.<br />

Jesus e Lázaro sabiam claramente isso. Cada um tinha suas características próprias e as<br />

respeitavam. Cada um cumpria sua tarefa com alegria.<br />

Princípio 1: Se você quer ser amigo, não esqueça: Respeite as diferenças.<br />

Segundo: A expressão “nosso amigo Lázaro”, em João 11:11, mostra como é importante<br />

incluir outros na amiza<strong>de</strong>. Tristemente, vemos que, às vezes, os grupos <strong>de</strong> amigos são<br />

fechados e não incluem outros jovens. A Bíblia nos revela uma verda<strong>de</strong> que não <strong>de</strong>vemos<br />

esquecer: “O homem que tem muitos amigos po<strong>de</strong> congratular-se” (Pv 18:24, RC). A amiza<strong>de</strong><br />

é a oportunida<strong>de</strong> que todos temos <strong>de</strong> conhecer outras pessoas e <strong>de</strong> sermos enriquecidos por<br />

seu conhecimento e experiência.<br />

Por outro lado, se você é amigo, certamente terá a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compartilhar sua<br />

fé com outros jovens que necessitam conhecer o Salvador e Re<strong>de</strong>ntor. Essa será para eles a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecerem um amigo verda<strong>de</strong>iro: Jesus.<br />

Princípio 2: Se você é amigo, lembre-se: Inclua os outros.<br />

Voltemos ao nosso relato. Lázaro vivia em Betânia, junto com suas duas irmãs: Marta e<br />

Maria. Betânia era um povoado situado no lado oriental do Monte das Oliveiras. Distava cerca<br />

<strong>de</strong> três quilômetros <strong>de</strong> Jerusalém. Provavelmente, fosse a última parada para quem vinha<br />

<strong>de</strong> Jericó antes <strong>de</strong> subir para Jerusalém. Jesus gostava <strong>de</strong> estar na casa <strong>de</strong>sses três irmãos e,<br />

<strong>de</strong> forma especial, com Lázaro. Veja o que diz o livro o livro O Desejado <strong>de</strong> Todas as Nações a<br />

esse respeito:<br />

No lar <strong>de</strong> Lázaro encontrara Jesus muitas vezes repouso. O Salvador não tinha lar próprio,<br />

<strong>de</strong>pendia da hospitalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amigos e discípulos, e freqüentemente, quando cansado,<br />

sequioso <strong>de</strong> companhia humana, alegrara-Se <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r escapar para esse pacífico ambiente <strong>de</strong><br />

família, longe das suspeitas e invejas dos raivosos fariseus. Ali recebia sincero acolhimento,<br />

pura e santa amiza<strong>de</strong>. Ali podia falar com simplicida<strong>de</strong> e liberda<strong>de</strong> perfeitas, sabendo que<br />

Suas palavras seriam compreendidas e entesouradas (p. 482).<br />

Terceiro: Esse fato nos revela uma gran<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>. A amiza<strong>de</strong> acolhe. Jesus encontrava<br />

refúgio no lar <strong>de</strong> Seu amigo. Deleitava-Se em sua companhia e sempre queria voltar.<br />

Princípio 3: Com seus amigos, <strong>de</strong>senvolva: Companheirismo puro e santo.<br />

No Momento <strong>de</strong> Prova<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

16<br />

Leiamos João 11:21, 32<br />

Embora em meio à tristeza provocada pela enfermida<strong>de</strong> e posterior morte <strong>de</strong> Lázaro,<br />

suas irmãs manifestaram profunda certeza <strong>de</strong> que Jesus po<strong>de</strong>ria ter evitado a morte <strong>de</strong> seu<br />

amado irmão. Mesmo <strong>de</strong>sconhecendo o propósito glorioso que Jesus tinha (Jo 11:4), seguiam<br />

confiando e esperando nEle. Jesus era o gerador da esperança. Mesmo em meio dos<br />

problemas e da dor.<br />

Que importante <strong>de</strong>safio se nos apresenta a amiza<strong>de</strong> praticada por Jesus! Gerava confiança,


esperança e certeza.<br />

Princípio 4: Não prejudique a amiza<strong>de</strong>: Confie e seja confiável.<br />

Depois do encontro com Marta e Maria, Jesus Se dirigiu ao sepulcro on<strong>de</strong> fora posto o<br />

corpo <strong>de</strong> Seu amigo.<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

17<br />

Leiamos João 11:35, 36.<br />

Esta passagem nos revela, claramente, o que une dois corações na verda<strong>de</strong>ira amiza<strong>de</strong>: o<br />

amor. Jesus amava Lázaro e estou certo <strong>de</strong> que este também O amava.<br />

“Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão” (Pv 17:17).<br />

O amor é o resultado <strong>de</strong> duas pessoas que se vinculam em companheirismo, respeito,<br />

integração e confiança. O amor dá plenitu<strong>de</strong> a todas estas outras qualida<strong>de</strong>s pertencentes à<br />

amiza<strong>de</strong>.<br />

Princípio 5: Seja amigo total: Ame<br />

CONCLUSÃO<br />

Pedro Prado, poeta e novelista chileno escreveu: “A amiza<strong>de</strong> é amor em serenos estados;<br />

Os amigos se falam, quando mais calados; Se o silêncio interrompe, o amigo respon<strong>de</strong>; Meu<br />

pensamento, também ele escon<strong>de</strong>; Ele começa, eu prossigo com os pensamentos; Não os<br />

formulamos, são apenas seguimentos; Sentimos que há algo superior que nos guia; E alcançamos<br />

unida<strong>de</strong> em nossa companhia; Somos levados a consi<strong>de</strong>rar com fundura; E a alcançar certeza na<br />

vida insegura; Pois sabemos que acima das aparências; Revela o saber muito além das ciências;<br />

E é isso que busco ter ao meu lado; O amigo me enten<strong>de</strong> quando calado”.<br />

Deus <strong>de</strong>seja que você seja um Amigo da Esperança, você é jovem e tem tudo para sê-lo.<br />

Faça <strong>de</strong> Jesus o seu Amigo. Respeite-O, compartilhe com Ele, confie em Sua direção, convi<strong>de</strong><br />

outros a conhecê-Lo, mas, acima <strong>de</strong> tudo, ame-O. Ame-O com todas as suas forças, com toda<br />

a sua mente. Sem dúvida Ele guiará a sua vida e lhe ensinará a ser verda<strong>de</strong>iro amigo. Um<br />

Amigo da Esperança.<br />

Pr. Milton Quintana Pra<strong>de</strong>l<br />

Diretor do Ministério <strong>Jovem</strong><br />

Missão Chilena do Pacífico


INTRODUÇÃO:<br />

Quinta<br />

AMIGOS COM UMA ESSÊNCIA EM COMUM<br />

josué e calebe<br />

gênesis 50:24<br />

A Palavra <strong>de</strong> Deus diz: “Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?” (Am<br />

3:3). Sabemos que o fundamento da amiza<strong>de</strong> sólida e duradoura está no cultivo <strong>de</strong> princípios<br />

<strong>de</strong>rivados do amor como a lealda<strong>de</strong>, bonda<strong>de</strong> e a compreensão, entre outros. Ainda, é<br />

fundamental compartilhar aspectos em comum que façam parte da essência da pessoa. Tais<br />

aspectos em comum po<strong>de</strong>m ser a cosmovisão, os princípios, os i<strong>de</strong>ais, os interesses e também<br />

os gostos.<br />

A amiza<strong>de</strong> entre Josué e Calebe é um exemplo <strong>de</strong> dois personagens que compartilharam<br />

aspectos muito especiais <strong>de</strong> suas respectivas essências.<br />

DOIS AMIGOS TENDO EM COMUM A BOA MEMÓRIA<br />

Embora pertencentes a famílias e tribos diferentes, Josué era filho <strong>de</strong> Nun e Calebe, <strong>de</strong><br />

Jefoné, eles foram criados e ensinados nos princípios, leis, tradições e promessas do Deus<br />

criador do céu e da terra.<br />

Ambos conheciam, pelos relatos <strong>de</strong> seus pais e avós, as lindas histórias dos patriarcas e<br />

das circunstâncias pelas quais chegaram ao Egito.<br />

Ambos sofreram, a cada dia, os rigores do sol do <strong>de</strong>serto e o chicote opressor dos<br />

governantes do Egito. Porém, conheciam também e anelavam pelo cumpri-mento da promessa<br />

feita por Deus a respeito <strong>de</strong> uma terra prometida, uma terra <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, que manava leite<br />

e mel.<br />

Ambos, envolvidos na rotina diária do barro, da palha e dos tijolos, pensavam nas antigas<br />

palavras do patriarca José, ditas a seus irmãos no leito <strong>de</strong> morte. “Eu morro, porém Deus<br />

certamente vos visitará e vos fará subir <strong>de</strong>sta terra para a terra que jurou dar a Abraão, a<br />

Isaque e a Jacó” (Gn 50:24).<br />

Chegado o tempo, os tão sonhados anelos se cumpriram e a longa espera estava no<br />

fim. Deus visitou Seu povo e os tirou com mão po<strong>de</strong>rosa do Egito. Com profunda alegria,<br />

reverencia e prontidão, o povo <strong>de</strong> Israel saiu, como um só homem, rumo à terra prometida.<br />

Transcorreram os dias e, enquanto muitos se concentravam no leite e no mel <strong>de</strong> Canaã,<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

18


tornando-se impacientes pela dureza do caminho, Josué e Calebe guardavam todos os<br />

prodígios <strong>de</strong> Deus em seu coração. Não <strong>de</strong>ixavam <strong>de</strong> se maravilhar com o ocorrido no Egito<br />

e não paravam <strong>de</strong> se assombrar pela abertura do mar Vermelho; pela coluna <strong>de</strong> nuvem e <strong>de</strong><br />

fogo e por todos os <strong>de</strong>talhes que manifestavam o amoroso cuidado <strong>de</strong> Deus por Seu povo.<br />

Quanto mais pensavam e conversavam sobre os feitos <strong>de</strong> Deus, maior certeza, segurança<br />

e confiança em Deus inundava seus corações e, embora transcorres-sem muito anos, para eles<br />

a posse da terra prometida era um fato irrefutável.<br />

DOIS AMIGOS COM UMA VISÃO CLARA E PERSPICAZ<br />

Quando chegaram à fronteira com Canaã, Moisés enviou doze espias para reconhecerem<br />

a terra, dizendo-lhes: “Enviou-os, pois, Moisés a espiar a terra <strong>de</strong> Canaã; e disse-lhes: Subi<br />

ao Neguebe e penetrai nas montanhas. Ve<strong>de</strong> a terra, que tal é, e o povo que nela habita, se é<br />

forte ou fraco, se poucos ou muitos. E qual é a terra em que habita, se boa ou má; e que tais<br />

são as cida<strong>de</strong>s em que habita, se em arraiais, se em fortalezas. Também qual é a terra, se fértil<br />

ou estéril, se nela há matas ou não. Ten<strong>de</strong> ânimo e trazei do fruto da terra” (Nm 13:17-20).<br />

Josué e Calebe, juntamente com os outros <strong>de</strong>z espias subiram, percorreram e reconheceram<br />

a terra, voltando <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 40 dais. Os dois amigos ficaram cheios <strong>de</strong> emoção, otimismo e<br />

ansieda<strong>de</strong> para possuí-la. Tinham plena certeza e segurança que Deus lhes daria aquela terra.<br />

Ao voltarem para casa, tinham uma visão clara e perspicaz da fartura e abundância da<br />

terra, porém, sua mais clara e aguda visão era a <strong>de</strong> um Deus que absolutamente não lhes<br />

falharia.<br />

Um Deus tão forte que não falhara no Egito, nem no <strong>de</strong>serto e que não falharia agora.<br />

DOIS AMIGOS LEAIS ÀS SUAS CONVICÇÕES<br />

Chegou o momento <strong>de</strong> entregar o relatório e toda a congregação <strong>de</strong> Israel se reuniu<br />

para ouví-lo. As primeiras palavras foram para reconhecer que <strong>de</strong> fato Canaã era uma terra<br />

que manava leite e mel. Contaram da exuberante abundância <strong>de</strong> alimento e da inigualável<br />

fertilida<strong>de</strong> da terra, acrescentando como prova um cacho <strong>de</strong> uvas preso a uma vara carregada<br />

por dois homens.<br />

Porém, ao iniciarem a segunda parte do relatório, abaixaram a cabeça e, com muita<br />

<strong>de</strong>sesperança e pessimismo, começaram a dizer que as cida<strong>de</strong>s tinham muros muito altos,<br />

que era muito fortificada e impenetrável. Ainda, que entre os habitantes daquelas terras<br />

havia muitos gigantes. Depois <strong>de</strong> um pequeno silêncio, chegaram à conclusão <strong>de</strong> que seria<br />

impossível a conquista da terra, acrescentando: “Porém os homens que com ele tinham<br />

subido disseram: Não po<strong>de</strong>remos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós.<br />

E, diante dos filhos <strong>de</strong> Israel, infamaram a terra que haviam espiado, dizendo: A terra pelo<br />

meio da qual passamos a espiar é terra que <strong>de</strong>vora os seus moradores; e todo o povo que vi-<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

19


mos nela são homens <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> estatura. Também vimos ali gigantes (os filhos <strong>de</strong> Anaque<br />

são <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim<br />

também o éramos aos seus olhos” (Nm 13:31-33).<br />

Ao ouvir o relatório, toda a congregação <strong>de</strong>sanimou, elevaram a voz e choraram<br />

<strong>de</strong>salentadamente. Muitos começaram a gritar seus sentimentos <strong>de</strong> raiva e ira. Não tardaram<br />

em começar a murmurar contra Moisés e contra Deus dizendo: “Tomara tivéssemos morrido<br />

na terra do Egito ou mesmo neste <strong>de</strong>serto!” (Nm 14:2). Outros <strong>de</strong>cididamente se amotinaram<br />

com o propósito <strong>de</strong> encontrar um novo lí<strong>de</strong>r e voltarem para o Egito.<br />

Ao ouvir o relatório <strong>de</strong> seus colegas e ver a reação do povo, Josué e Calebe rasgaram suas<br />

vestes. Diante do furor do povo e da pressão do momento, fiéis às suas convicções e com a<br />

certeza e a clareza <strong>de</strong> que Deus podia fazer com que o povo entrasse com muita facilida<strong>de</strong> em<br />

Canaã, correndo risco sua própria vida <strong>de</strong> serem apedrejados pela congregação, eles falaram:<br />

“A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa. Se o SENHOR se agradar<br />

<strong>de</strong> nós, então, nos fará entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana leite e mel. Tão somente<br />

não sejais rebel<strong>de</strong>s contra o SENHOR e não temais o povo <strong>de</strong>ssa terra, porquanto, como pão,<br />

os po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>vorar; retirou-se <strong>de</strong>les o seu amparo; o SENHOR é conosco; não os temais”<br />

(Nm 14:7-9).<br />

O discurso dos dois amigos foi o mesmo, e isso não <strong>de</strong>vido à lealda<strong>de</strong> que tinham entre<br />

si, mas porque sempre apren<strong>de</strong>ram a conhecer a Deus como Amigo pessoal e que não falhava<br />

no cumprimento <strong>de</strong> Suas promessas. Para esses dois amigos, a posse da terra era simples e<br />

literalmente certa. Deus uma vez mais entregaria os inimigos em suas mãos.<br />

DOIS AMIGOS COM UM MESMO ESPÍRITO E UM MESMO DESTINO<br />

Ao ver Deus a incredulida<strong>de</strong> e rebeldia <strong>de</strong> Seu povo, Sua ira se acen<strong>de</strong>u. Como seria<br />

possível que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tantas <strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong> amor, po<strong>de</strong>r, direção e ternos cuidados, Israel<br />

se esquecesse tão facilmente, não crendo que assim como os havia tirado do Egito, po<strong>de</strong>ria<br />

também introduzí-los na Terra Prometida?<br />

Assim sendo, Deus os sentenciou: “nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória<br />

e os prodígios que fiz no Egito e no <strong>de</strong>serto, todavia, me puseram à prova já <strong>de</strong>z vezes e não<br />

obe<strong>de</strong>ceram à minha voz, nenhum <strong>de</strong>les verá a terra que, com juramento, prometi a seus pais,<br />

[...] Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguirme,<br />

eu o farei entrar a terra que espiou, e a sua <strong>de</strong>scendência a possuirá” (Nm 14:22-24).<br />

Sem dúvida, a incredulida<strong>de</strong> faz com que percamos os presentes <strong>de</strong> Deus e todo o Israel<br />

foi con<strong>de</strong>nado a morrer no <strong>de</strong>serto. Quarenta anos vagaram <strong>de</strong> um lugar a outro, sem po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong>sfrutar da terra prometida.<br />

Embora o texto somente mencione Calebe, é claro que se está referindo à atitu<strong>de</strong> dos<br />

dois amigos, Josué e Calebe, pois ambos <strong>de</strong>monstraram possuir o mesmo espírito, ambos<br />

conheciam pessoalmente a Deus, compartilhavam do assombro diante dos maravilhosos e<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

20


portentosos atos <strong>de</strong> Deus. Os dois amigos tinham visão clara das promessas divinas e por isso<br />

tiveram direito <strong>de</strong> entrar na terra prometida, não apenas lhes dando a bênção, mas também a<br />

posse <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> herança, vida saudável, vigor para seguir conquistando novos <strong>de</strong>safios e<br />

longos anos <strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong>.<br />

Se isso fosse pouco, Josué e Calebe estão registrados como os gran<strong>de</strong>s homens <strong>de</strong> honra<br />

<strong>de</strong> Israel. Essa amiza<strong>de</strong> foi prolongada sem fim na terra prometida. Foi esse o <strong>de</strong>stino <strong>de</strong>les.<br />

CONCLUSÃO:<br />

Deus nos pe<strong>de</strong> para buscarmos amiza<strong>de</strong>s significativas, cuja base não apenas seja o amor<br />

e a aceitação, mas também uma experiência comum quanto aos princípios, a fé e a esperança.<br />

O princípio do fracasso é esquecer todas as maravilhas que Deus fez no passado e que<br />

segue fazendo no presente por nós.<br />

Nunca percamos a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assombro diante das gran<strong>de</strong>s e das pequenas coisas<br />

que Deus opera em nosso favor. Falemos <strong>de</strong>las, testemunhemos <strong>de</strong>las e reafirmemos nossa<br />

fé nelas.<br />

Deus nos insta a termos uma visão clara <strong>de</strong> Seu caráter e <strong>de</strong> Seus propósitos para nossa<br />

vida a fim <strong>de</strong> sairmos com fé para conquistá-los.<br />

A lealda<strong>de</strong> e as nossas crenças e convicções são parte fundamental <strong>de</strong> um Deus fiel.<br />

Portanto, não <strong>de</strong>vemos nos <strong>de</strong>ixar ser absorvidos pela maioria, ainda que isso signifique<br />

impopularida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sprezo ou qualquer tipo <strong>de</strong> preconceito, até mesmo a nossa integrida<strong>de</strong><br />

física.<br />

Deus é justo e premia abundantemente os que são fiéis ao Seu chamado.<br />

Deus espera, hoje, que os jovens adventistas tenham um espírito diferente e se levantem<br />

para conquistar este mundo para Ele.<br />

Nosso <strong>de</strong>stino é a Canaã celestial. Avancemos, pois, com alegria e fé, cumprindo os<br />

requerimentos do supremo chamado que Deus nos fez.<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

21<br />

Pr. Juan Fernán<strong>de</strong>z<br />

Diretor do Ministério <strong>Jovem</strong><br />

Missão Sul Austral do Chile


Sexta<br />

AMIGOS NO SERVIÇO<br />

elias e eliseU<br />

2 REIS 2:1-8<br />

I<strong>de</strong>ia central: A amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve servir para nos edificar mutuamente em nosso <strong>de</strong>senvolvimento<br />

espiritual. Elias compartilhou sua experiência com Deus.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Se estudarmos a vida do profeta Elias, tal como se encontra na Bíblia, iremos encontrar<br />

um personagem bem solitário. Seus primeiros conflitos com Acabe, no palácio e <strong>de</strong>pois com<br />

os profetas pagãos no monte Carmelo, parece que os enfrentou sozinho, sem nenhum tipo <strong>de</strong><br />

companhia ou ajuda humana.<br />

Talvez, esse seja o motivo porque, ao ver sua vida em perigo pelas ameaças <strong>de</strong> Jezabel<br />

(1Re 19:1-3), Elias cai presa do medo e do <strong>de</strong>salento, <strong>de</strong>cidindo fugir em busca <strong>de</strong> refúgio.<br />

Estando escondido, Deus saiu para reconfortá-lo.<br />

Elias cria que estava só (v. 14), mas Deus lhe <strong>de</strong>monstra o contrário, pois tinha<br />

instrumentos para cumprir Seus propósitos. Entre eles se encontrava Eliseu, a quem Deus<br />

havia escolhido para que acompanhasse Elias nos últimos momentos <strong>de</strong> seu ministério.<br />

CONHECENDO ELIAS E ELISEU<br />

A primeira pergunta é: Quem foram Elias e Eliseu?<br />

A Bíblia não apresenta muitos antece<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Elias. Apenas diz que era “<strong>de</strong> Tisbé, na<br />

região <strong>de</strong> Gilea<strong>de</strong>” (1Re 17:1). Mas a informação que a Escritura <strong>de</strong>staca a respeito <strong>de</strong> sua<br />

pessoa é que foi intrépido em seu ministério. Irrompe na corte do rei Acabe; sobrevive no<br />

riacho <strong>de</strong> Querite; ressuscita o filho da viúva <strong>de</strong> Sarepta; faz <strong>de</strong>scer fogo do céu e ora para<br />

que caia chuva. Um homem solitário, mas com uma maravilhosa <strong>de</strong>monstração do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

Deus.<br />

Quanto a Eliseu, temos alguns antece<strong>de</strong>ntes. Elias encontrou Eliseu arando com doze<br />

juntas <strong>de</strong> bois, o que indica que pertencia a uma família <strong>de</strong> boa situação econômica. Ele e sua<br />

família faziam parte dos que permaneceram fiéis a Deus em meio à apostasia generalizada<br />

(ver Profetas e Reis, p. 217).<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

22


Pense nisto: dois personagens <strong>de</strong> origens diferentes. O primeiro quase um <strong>de</strong>sconhecido<br />

e o outro <strong>de</strong> uma família abastada são chamados para servirem juntos. Em Deus não há<br />

barreiras nem muros <strong>de</strong> separação. Ele po<strong>de</strong> unir vidas tão diferentes como essas em um<br />

objetivo comum, para Sua honra e glória.<br />

A esta altura alguém po<strong>de</strong> se estar perguntando se Elias e Eliseu foram realmente amigos.<br />

Que tipo <strong>de</strong> relação havia entre eles? A Bíblia diz que Eliseu servia a Elias (v. 21), indicando<br />

um relacionamento <strong>de</strong> respeito e submissão. Isso nos mostra, em primeiro lugar, que a<br />

<strong>de</strong>speito <strong>de</strong> Eliseu vir <strong>de</strong> uma boa condição econômica, não teve inconveniente em ocupar<br />

posição subordinada a Elias, preparando-se para seu ministério. Essa lição <strong>de</strong> humilda<strong>de</strong> nos<br />

lembra que “Aquele que sente não ser <strong>de</strong> qualquer conseqüência a maneira como realiza suas<br />

pequenas tarefas, prova-se incapaz para uma posição mais honrosa” (PR, p. 218).<br />

Não obstante, Eliseu chama Elias <strong>de</strong> “Meu pai, meu pai!” (2Re 2:11), que <strong>de</strong>monstra<br />

uma relação afetuosa e próxima. A <strong>de</strong>speito da posição submissa <strong>de</strong> Eliseu, não há<br />

dúvida <strong>de</strong> que Elias também o apreciava por sua boa disposição e humilda<strong>de</strong> em um<br />

relacionamento que po<strong>de</strong>ria ser qualificado como <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>. Tinham um propósito<br />

em comum, compartilhavam suas ativida<strong>de</strong>s e mutuamente se apoiavam. Sem qualquer<br />

dúvida, tornaram-se bons amigos.<br />

DEUS ESCOLHEU UM AMIGO PARA ELIAS<br />

Em 1 Reis 19:19-21, encontramos o relato do encontro entre Elias e Eliseu. Po<strong>de</strong>mos<br />

apren<strong>de</strong>r algumas lições <strong>de</strong>ssa experiência (ler).<br />

Começaremos fazendo a pergunta: Por que Elias procurou Eliseu? A resposta é claramente<br />

indicada nos versos anteriores (15, 16), on<strong>de</strong> Deus diz a Elias que <strong>de</strong>ve ir em busca <strong>de</strong> Eliseu. Foi<br />

Deus que escolheu Eliseu, não Elias. Elias simplesmente cumpriu o que Deus havia indicado. Não<br />

foi procurar alguém que fosse melhor, conforme seu parecer. Elias sabia que Deus sempre escolhe<br />

bem e confiava plenamente em Seus critérios.<br />

Querido jovem, você <strong>de</strong>seja permitir que Deus escolha seus amigos? Deus <strong>de</strong>seja guiar<br />

sua vida em cada aspecto, e com maior razão em algo tão importante como suas amiza<strong>de</strong>s.<br />

Seus amigos po<strong>de</strong>m afetar-lhe muito a vida, visto ser aqueles com quem você compartilha seu<br />

tempo e experiência a cada dia, e Deus quer fazer parte <strong>de</strong>sses momentos também.<br />

Outro elemento que se <strong>de</strong>staca é a forma como Eliseu recebe o convite. Ser coberto com<br />

o manto <strong>de</strong> Elias era o sinal que indicava que havia sido escolhido para suce<strong>de</strong>r o profeta. Em<br />

sua família, Eliseu ouvira a respeito da obra que Elias realizava. Ouviu como havia <strong>de</strong>safiado<br />

o rei, como teve <strong>de</strong> se escon<strong>de</strong>r, como foi perseguido. Estava ciente dos sofrimentos pelos<br />

quais ele passara. Mas isso não o <strong>de</strong>sanimou. Estava disposto a acompanhar o profeta em sua<br />

missão. Depois <strong>de</strong> se <strong>de</strong>spedir <strong>de</strong> sua família, Eliseu saiu com Elias para serví-lo e acompanhálo<br />

em seu ministério.<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

23


SERVINDO JUNTOS<br />

Não sabemos quanto tempo eles permaneceram juntos, mas, sem dúvida, compartilharam<br />

momentos <strong>de</strong> serviço e da visão do ministério. Eliseu <strong>de</strong>via aproveitar cada instante para<br />

apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong> seu mestre a respeito <strong>de</strong> sua experiência com Deus. Queria reproduzir em sua<br />

vida o relacionamento <strong>de</strong> Elias com Deus. A vida <strong>de</strong> Eliseu foi impactada pela <strong>de</strong> Elias. Ele<br />

queria viver a mesma realida<strong>de</strong>. Havia <strong>de</strong>cidido consagrar sua vida ao ministério e estava<br />

plenamente comprometido a cumprí-lo da melhor forma possível.<br />

Uma amiza<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira requer compromisso, entrega, preocupação e tempo, até mesmo<br />

recursos financeiros. Significa que, em certas ocasiões, você <strong>de</strong>verá esquecer <strong>de</strong> si mesmo em<br />

favor <strong>de</strong> seu amigo necessitado.<br />

A verda<strong>de</strong>ira amiza<strong>de</strong> envolve influência. Qual foi a influência exercida como resultado<br />

da amiza<strong>de</strong>? Leiamos 2 Reis 2:1-9.<br />

Quando chegou a hora <strong>de</strong> se separarem, Elias pediu a Eliseu para não acompanhá-lo.<br />

Três vezes insistiu, mas seu discípulo se negou. Ele queria estar até o último instante com o<br />

mestre. Havia se tornado seu seguidor incondicional e, sabendo o que estava para acontecer,<br />

se negava a separar-se <strong>de</strong>le.<br />

Uma vez chegado o momento, Elias quis lhe agra<strong>de</strong>cer pela amiza<strong>de</strong> constante e fiel.<br />

Disse-lhe que pedisse o que quisesse e lhe seria concedido. A Bíblia diz que Eliseu pediu<br />

porção dobrada do Espírito Santo. O fato <strong>de</strong> pedir o Espírito Santo em vez <strong>de</strong> bens materiais<br />

ou outra questão <strong>de</strong> interesse pessoal, fala do caráter nobre e <strong>de</strong>sprendido <strong>de</strong> Eliseu.<br />

Porém, alguém po<strong>de</strong>ria perguntar: Por que uma porção dobrada? Não seria suficiente ter<br />

a mesma porção <strong>de</strong> Elias? Isso po<strong>de</strong>ria até mesmo parecer certa competitivida<strong>de</strong>: quero<br />

porção dobrada para ser superior a você. Obviamente, não foi essa a motivação <strong>de</strong> Eliseu.<br />

De acordo com a maioria dos comentaristas da Bíblia, pedir porção dobrada po<strong>de</strong> estar<br />

relacionado com o antigo costume da primogenitura, on<strong>de</strong> o filho mais velho recebia<br />

uma quantida<strong>de</strong> dobrada em relação à porção dos irmãos (ver Deuteronômio 21:27).<br />

Eliseu queria se assegurar que teria a bênção <strong>de</strong> Deus ao ser autêntico sucessor <strong>de</strong> Elias.<br />

De tal forma havia sido impactado pelo amigo que <strong>de</strong>sejava ter a certeza da presença <strong>de</strong><br />

Deus em sua vida, capacitando-o a viver a mesma experiência que viu nele.<br />

Você crê que po<strong>de</strong>ria exercer impacto na vida <strong>de</strong> alguém, a tal ponto <strong>de</strong>ssa pessoa querer<br />

imitá-lo? Elias fez isso, porque tinha bem clara sua missão e vocação <strong>de</strong> serviço a Deus. Se<br />

você mantiver o olhar fixo em Deus, e se abrir sua mão para compartilhar essa experiência<br />

com outros, estará exercendo impacto na vida <strong>de</strong>les <strong>de</strong> forma consi<strong>de</strong>rável. Ser amigo é servir<br />

para influenciar e transformar essas vidas. Elias e Eliseu compreen<strong>de</strong>ram isso, e espero que<br />

você também.<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

24


CONCLUSÃO<br />

Ao revisar a amiza<strong>de</strong> entre Elias e Eliseu, <strong>de</strong>paramo-nos com duas características<br />

especiais que fizeram a diferença.<br />

A primeira é a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propósito e <strong>de</strong> ação. Compartilharam objetivos e metas em<br />

comum. Eliseu aceitou o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> continuar o legado e ministério <strong>de</strong> Elias. I<strong>de</strong>ntificouse<br />

com o mesmo Deus e com a mesma missão. Deus foi o ponto <strong>de</strong> união e foram<br />

abençoados por Ele.<br />

Em segundo lugar, a vocação para o serviço. Eliseu esteve disposto a servir Elias, e<br />

juntos serviram ao povo. A amiza<strong>de</strong> baseada no serviço é uma po<strong>de</strong>rosa influência.<br />

Hoje, jovem adventista, convido-o a se unir a seu amigo com base nessas duas características,<br />

as quais, sem dúvida, exercerão impacto em sua vida, em seu relacionamento com<br />

Deus e com seus semelhantes.<br />

Que Deus o abençoe.<br />

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25<br />

Sergio Celis Cuellar<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Teologia<br />

Universida<strong>de</strong> Adventista do Chile


Sábado<br />

AMIZADES QUE ENOBRECEM<br />

Rute e Noemi<br />

ProvÉrbios 17:17<br />

Olá, tenho o prazer <strong>de</strong> cumprimentá-los. Foi muito bom compartilhar com muitos <strong>de</strong><br />

vocês durante estes dias. Apren<strong>de</strong>mos muito a respeito do que Deus <strong>de</strong>seja que seja nossa<br />

vida, nossos relacionamentos e, acima <strong>de</strong> tudo, a amiza<strong>de</strong> que Deus quer manter conosco.<br />

Foi dito e escrito muito sobre a amiza<strong>de</strong> e agora <strong>de</strong>sejo compartilhar com vocês alguns<br />

pensamentos:<br />

• “Um abraço vale mil palavras. O amigo, muito mais.<br />

• “Cultivar uma verda<strong>de</strong>ira amiza<strong>de</strong> requer <strong>de</strong>dicação e tempo”.<br />

• “A amiza<strong>de</strong> é o ingrediente mais importante na receita da vida”.<br />

• “A vida sem amigos é como viver em uma ilha <strong>de</strong>serta, sem água, sem alimentos,<br />

sem luz”.<br />

• “O verda<strong>de</strong>iro amigo é alguém que o conhece bem, que sabe on<strong>de</strong> você esteve, que<br />

o acompanha em suas vitórias e fracassos, que celebra suas alegrias, compartilha da<br />

sua dor e jamais julga seus erros”.<br />

• “Aquele que <strong>de</strong>scobre a verda<strong>de</strong>ira amiza<strong>de</strong>, encontra um tesouro.<br />

No sábado passado, vimos que antes dos 28 anos, a maioria <strong>de</strong> nós <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> o que fará pelo<br />

resto da vida.<br />

• Quando <strong>de</strong>cidimos o que iremos estudar, estamos dizendo que empenharemos 50%<br />

<strong>de</strong> nosso dia nisso, pelo resto da vida.<br />

• E, ao <strong>de</strong>cidirmos com quem nos casaremos, estamos <strong>de</strong>cidindo com quem iremos<br />

viver os outros 50% do dia, quando não estivermos no trabalho.<br />

O paradoxo da vida é que essas gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>cisões são tomadas em uma etapa da vida<br />

quando carecemos <strong>de</strong> experiência e <strong>de</strong> juízo. Por outro lado, quando os anos passam e<br />

adquirimos a experiência <strong>de</strong> que necessitávamos, somente nos resta viver as consequências<br />

das <strong>de</strong>cisões que tomamos em nossa imaturida<strong>de</strong> e falta <strong>de</strong> experiência.<br />

Como seria bom se pudéssemos contar com a experiência e a maturida<strong>de</strong> quando éramos<br />

jovens, para <strong>de</strong>cidirmos o melhor!<br />

Então nos vem à mente a pergunta: O que um jovem po<strong>de</strong> fazer para não cometer um<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

26


erro que o acompanhará pelo resto da vida? Como ter experiência e maturida<strong>de</strong> sem haver<br />

passado por elas?<br />

Permitam-me sugerir o que me parece são as melhores opções:<br />

1. A Bíblia está repleta com relatos <strong>de</strong> homens e mulheres que tomaram <strong>de</strong>cisões acertas<br />

e o tempo <strong>de</strong>monstrou as boas consequências <strong>de</strong> tais <strong>de</strong>cisões. Porém, por outro lado,<br />

há relatos <strong>de</strong> homens e mulheres que <strong>de</strong>cidiram erroneamente e as consequências,<br />

pouco a pouco, os <strong>de</strong>struíram. Quem lê a Bíblia adquire conhecimento inigualável<br />

dos resultados das <strong>de</strong>cisões da vida.<br />

Não é necessário colocar o <strong>de</strong>do na tomada para saber que é perigoso.<br />

Se você ler a Bíblia e entesourar no coração seus ensinamentos, certamente irá evitar ter<br />

<strong>de</strong> passar por maus momentos.<br />

Mas, como posso trazer esse conhecimento bíblico mais próximo <strong>de</strong> minha vida?<br />

2. Quando um jovem <strong>de</strong>senvolve amiza<strong>de</strong> transparente e cristã com uma pessoa adulta<br />

está provendo a si mesmo um acúmulo <strong>de</strong> experiência e vivência que o ajudarão a<br />

tomar boas <strong>de</strong>cisões. Ele po<strong>de</strong>rá ver, em primeira mão, as consequências e resultados<br />

das experiências <strong>de</strong> uma pessoa que já trilhou o caminho da vida.<br />

A Bíblia apresenta alguns relatos que ilustram as bênçãos resultantes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

amiza<strong>de</strong> com alguém que, por já haver vivido muitos anos, po<strong>de</strong> compartilhar conosco seus<br />

acertos e fracassos, ajudando-nos assim a evitar passar por essas situações.<br />

Paulo e Timóteo<br />

O apóstolo aos gentios que transmitiu sua experiência a seu jovem amigo.<br />

Mor<strong>de</strong>cai e Ester<br />

“Então, disse Ester que respon<strong>de</strong>ssem a Mor<strong>de</strong>cai: Vai, ajunta a todos os ju<strong>de</strong>us que se<br />

acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem <strong>de</strong> noite<br />

nem <strong>de</strong> dia; eu e as minhas servas também jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que<br />

é contra a lei; se perecer, pereci. Então, se foi Mor<strong>de</strong>cai e tudo fez segundo Ester lhe havia<br />

or<strong>de</strong>nado” (Et 4:15-17).<br />

Esse relato nos mostra o impacto produzido pela vida honesta e fiel <strong>de</strong> Mor<strong>de</strong>cai no<br />

terno e sensível coração <strong>de</strong> Ester. Como uma vida <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência e confiança em Deus po<strong>de</strong><br />

exercer tal impacto em uma jovem? Ela seguiu o exemplo <strong>de</strong> seu primo, <strong>de</strong>positando tudo nas<br />

mãos <strong>de</strong> Deus e esteve disposta a arriscar a própria vida para servir a seu Deus<br />

Eli e Samuel<br />

“O SENHOR, pois, tornou a chamar a Samuel, terceira vez, e ele se levantou, e foi a Eli,<br />

e disse: Eis-me aqui, pois tu me chamaste. Então, enten<strong>de</strong>u Eli que era o SENHOR quem<br />

chamava o jovem. Por isso, Eli disse a Samuel: Vai <strong>de</strong>itar-te; se alguém te chamar, dirás: Fala,<br />

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27


SENHOR, porque o teu servo ouve. E foi Samuel para o seu lugar e se <strong>de</strong>itou” (1Sm 3:8, 9).<br />

Embora Eli tenha errado na educação <strong>de</strong> seus filhos, esse sacerdote veterano impressionou<br />

o coração moldável <strong>de</strong> Samuel, sendo ainda criança cresceu sob o cuidado <strong>de</strong> um homem que<br />

servia a Deus. Apenas a eternida<strong>de</strong> nos irá mostrar o impacto que po<strong>de</strong> ser produzido pelo<br />

interesse e cuidado <strong>de</strong> um adulto na vida da criança.<br />

Moisés e Josué<br />

“Chamou Moisés a Josué e lhe disse na presença <strong>de</strong> todo o Israel: Sê forte e corajoso;<br />

porque, com este povo, entrarás na terra que o SENHOR, sob juramento, prometeu dar a teus<br />

pais; e tu os farás herdá-la” (Dt 31:7).<br />

Esse relato nos ilustra o impacto inestimável da amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong> um lí<strong>de</strong>r veterano transmitindo<br />

sua experiência às novas gerações do povo <strong>de</strong> Deus. Moisés e Josué foram mais que meros<br />

colegas, eles eram amigos.<br />

Rute e Noemi<br />

“Não me instes para que te <strong>de</strong>ixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aon<strong>de</strong> quer que<br />

fores, irei eu e, on<strong>de</strong> quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus<br />

é o meu Deus” (Rt 1:16).<br />

O relato <strong>de</strong> Rute e Nome é uma história <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> e <strong>de</strong> companheirismo inquebrantável.<br />

Quando tudo parecia indicar que Noemi voltaria à sua terra e à sua parentela e que Rute<br />

voltaria para os seus, esta <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> acompanhar a sogra.<br />

Pergunto: “Por que Rute preferia permanecer com a sogra a voltar para sua família? O que<br />

levava uma jovem mulher preferir a amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma idosa a estar com sua família?<br />

Sem dúvida, a vida <strong>de</strong> Noemi havia impressionado profundamente a sua jovem nora.<br />

Uma vida <strong>de</strong> relacionamento intenso com Deus e o carinho pelos seus.<br />

Quando Rute esboça seu <strong>de</strong>sejo diz: “o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus”.<br />

Rute queria viver o que Noemi vivia. Via nela alguém plenamente realizada que, a <strong>de</strong>speito<br />

das dificulda<strong>de</strong>s da vida, mantinha sua confiança plena em Deus.<br />

O que aconteceria se os jovens <strong>de</strong> nossa igreja se sentissem atraídos a <strong>de</strong>senvolver amiza<strong>de</strong><br />

enobrecedora com pessoas adultas da igreja?<br />

Muitas vezes se diz que em nossa igreja há uma brecha entre as gerações. Os jovens<br />

buscam seus pares por não se sentirem compreendidos e apreciados pelos adultos da igreja.<br />

Queridos irmãos, ao findar esta <strong>Semana</strong> <strong>de</strong> <strong>Oração</strong> JA, quero convidá-los a buscarem<br />

formas <strong>de</strong> se aproximarem mais dos jovens da igreja. Necessitamos <strong>de</strong> sua amiza<strong>de</strong>.<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

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Enten<strong>de</strong>mos que a experiência <strong>de</strong> vocês po<strong>de</strong> enriquecer a nossa vida.<br />

Convido-os a se aproximarem mais <strong>de</strong> nós. Os jovens não mor<strong>de</strong>m. Às vezes parece que<br />

não queremos nada com vocês, mas pelo contrário, necessitamos muito da sua atenção e<br />

preocupação. Não tenham medo <strong>de</strong> falar conosco, pois sempre estaremos dispostos a ouvir e<br />

atentar e nosso coração seus conselhos e orientações.<br />

O exemplo mais impactante <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> entre um adulto e um jovem, é a relação amorosa<br />

<strong>de</strong> um Pai com seu filho.<br />

CONCLUSÃO<br />

Jesus e João<br />

“Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus<br />

amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito <strong>de</strong> Jesus e perguntara: Senhor, quem é o<br />

traidor?” (Jo 21:20).<br />

O próprio Jesus fez do mais jovem <strong>de</strong> Seus discípulos Seu melhor amigo. João foi o único<br />

que reclinou sua cabeça no peito <strong>de</strong> Jesus. Foi o amigo que assumiu o cuidado da mãe <strong>de</strong> Jesus<br />

quando Este morreu na cruz. A amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus e João nos mostra o impacto transformador<br />

que po<strong>de</strong> produzir a amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma vida experimentada sobre o coração <strong>de</strong> um jovem<br />

disposto a ser corrigido com amor.<br />

Este é o melhor dos amigos que todos nós po<strong>de</strong>mos ter. Como é bom saber que Deus ama<br />

os jovens, que gosta <strong>de</strong> sua companhia e que anela ser seu amigo.<br />

Convido-o a buscar a presença <strong>de</strong> Jesus todos os dias e a fazer dEle seu melhor Amigo.<br />

Que Deus o abençoe.<br />

SEMANA DE ORAÇÃO JOVEM “AMIGOS DA ESPERANÇA<br />

29<br />

Pr. David Victoriano<br />

Diretor do Ministério <strong>Jovem</strong><br />

União Chilena.

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