No Compasso da História - MultiRio

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Tropicália Sinopse O ano de 1968 foi um dos mais intensos na história do século XX; uma rebelião começou na França e se espalhou por muitos países; no Brasil, o movimento estudantil; a Passeata dos Cem Mil: artistas e jovens nas ruas de mãos dadas; o nascimento do Tropicalismo, o movimento que queria acabar com todos os outros movimentos; o sonho parecia ter acabado, mas continuou. 1 Tropicália 189
Tropicália 190 O poder jovem Os automóveis ardem em chamas Derrubar as prateleiras As estátuas, as estantes As vidraças, louças Livros, sim. E eu digo sim E eu digo não ao não E eu digo: É! Proibido proibir É Proibido Proibir (Caetano Veloso) Aconteceu de tudo em 1968, um ano que marcou a história do Brasil e de todo o planeta. A rebeldia que vinha crescendo ao longo dos anos 1960 atingiu seu ponto máximo. O mundo industrializado passava por um período de prosperidade e crescimento econômico, mas os jovens se queixavam de viver em uma sociedade autoritária e injusta. Insatisfeitos com o que herdaram dos adultos, exigiam mudanças políticas, éticas, sociais e de comportamento. 2 . Maio de 1968. Manifestações de estudantes em Paris Nas ruas, nos bares, nas escolas; em livros, jornais, panfletos, músicas e filmes, uma mensagem de contestação se espalhava em muitas direções. Mais uma vez, as canções se entrelaçaram com a política, e no Brasil surgiu um movimento tão original quanto rebelde: o Tropicalismo (também conhecido como Tropicália ou Movimento Tropicalista), um produto típico de 1968, na medida em que buscava as origens estéticas e ideológicas do nosso país colonizado, colorido e sensual e partia delas para construir uma grande rede com a música, as artes visuais, o cinema e o teatro. 3 . Rebelião estudantil na Alemanha Assim aconteceu com o movimento de 1968, que atingiu igualmente países do norte e do sul do hemisfério. Uma inesperada rebelião estudantil contagiou França, Alemanha e Itália e, depois, grande parte do restante da Europa. De repente, alguém escreveu em um muro de Paris: “Seja realista, exija o impossível”. Estava dada a partida para contestar todas as proibições. Tudo começou na Universidade de Nanterre, onde moças e rapazes, entre outras reivindicações, queriam o direito de partilhar os mesmos alojamentos. E, em menos de um mês, dez milhões de operários franceses estavam em greve, estudantes e trabalhadores ocuparam as principais ruas da capital em protesto contra o governo, picharam muros e se defenderam da violenta repressão policial com pedras,
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