No Compasso da História - MultiRio
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Anos 50 – De Getúlio a JK Sinopse Getúlio Vargas em seu último mandato como presidente da República; Copa do Mundo de 1950: a festa acabou em tristeza; Vargas “saiu da vida para entrar na História”; Juscelino Kubitschek, o presidente bossa-nova; do samba-canção às boates de Copacabana; a cultura brasileira encontrou seu espaço; começou a era da TV; Pelé e Garrincha: com eles, ganhamos a Copa; Brasília, um sonho de séculos, virou realidade; o cinema brasileiro preparou uma revolução; o alto preço dos anos JK. 1 Anos 50 – De Getúlio a JK 143
Anos 50 – De Getúlio a JK 144 A volta de Vargas Bota o retrato do velho outra vez Bota no mesmo lugar Bota o retrato do velho outra vez Bota no mesmo lugar O sorriso do velhinho faz a gente [trabalhar o Retrato do Velho (Haroldo Lobo e Marino Pinto) 2 . Getúlio Vargas, de volta à presidência em 1951 Jornalistas e cronistas costumam chamar os anos 1950 no Brasil de “anos dourados”, em uma perspectiva embalada pela visão romântica da História. Há até quem ache que o ano de 1958 não deveria ter terminado... Essa percepção, embora possa ocultar os graves problemas que o país encontrava em sua luta pelo desenvolvimento, também tem algumas conexões com a realidade. Pois, nos últimos anos dessa década, o Brasil e boa parte dos brasileiros estiveram em idílio, desfrutando de um clima de felicidade, no qual tudo parecia que ia dar certo para sempre. Mas esse período começou de forma pouco alvissareira. O maior personagem político do começo dessa década foi o mesmo dos anos 1930 e 1940: Getúlio Vargas. Após sua deposição, tornou-se senador pelo Rio Grande do Sul, em 1945, mas, dos cinco anos de mandato, devido a várias licenças, cumpriu somente dois, recolhendo-se, depois, à sua fazenda em São Borja e criando uma expectativa de que havia deixado a política. Mas, quando começaram as articulações da campanha presidencial para eleger o sucessor do general Eurico Gaspar Dutra, não havia nenhum nome que tivesse o carisma, a popularidade e a força eleitoral de Getúlio. No discurso que fez pelo rádio em 16 de junho de 1950, pregou a conciliação: “Se vencer, governarei sem ódios, prevenções ou reservas, sentimentos que nunca influíram nas minhas decisões, promovendo sinceramente a conciliação entre os nossos compatriotas e estimulando a cooperação entre todas as forças da opinião pública!”. Mas a oposição, cujo vulto maior era o político, escritor e jornalista Carlos Lacerda, não estava interessada em aceitar a mão estendida. Radicalizando ao máximo sua posição, Lacerda escreveu artigo no jornal A Tribuna da Imprensa em que pregava claramente o golpe contra Getúlio: “O senhor Getúlio Vargas não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar”. Como se vê, não era uma conjuntura fácil a que aguardava o futuro presidente da República. Desastre no Maracanã Eu fui às touradas de Madri Paratimbum bum bum E quase não volto mais aqui Para ver Peri, beijar Ceci... touradas de Madri (Braguinha e Alberto Ribeiro)
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Anos 50 – De Getúlio a JK<br />
Sinopse<br />
Getúlio Vargas em seu último man<strong>da</strong>to como presidente <strong>da</strong> República;<br />
Copa do Mundo de 1950: a festa acabou em tristeza; Vargas “saiu <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />
para entrar na <strong>História</strong>”; Juscelino Kubitschek, o presidente bossa-nova;<br />
do samba-canção às boates de Copacabana; a cultura brasileira encontrou<br />
seu espaço; começou a era <strong>da</strong> TV; Pelé e Garrincha: com eles, ganhamos<br />
a Copa; Brasília, um sonho de séculos, virou reali<strong>da</strong>de; o cinema brasileiro<br />
preparou uma revolução; o alto preço dos anos JK.<br />
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