Potencialidades da atividade de tertúlia literária dialógica ... - UFSCar
Potencialidades da atividade de tertúlia literária dialógica ... - UFSCar
Potencialidades da atividade de tertúlia literária dialógica ... - UFSCar
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
E nesse sentido, ao tratarmos do nascimento <strong>da</strong> literatura infantil, é<br />
possível notar que, no período <strong>da</strong> abolição <strong>da</strong> escravatura e do advento <strong>da</strong><br />
República, esta foi fruto <strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptações <strong>de</strong> produções européias, nota<strong>da</strong>mente, as<br />
portuguesas.<br />
Nessas a<strong>da</strong>ptações, verifica-se um movimento <strong>de</strong> nacionalização para<br />
nacionalismo em que a literatura infantil passa a ser um instrumento <strong>de</strong> exaltação<br />
do país, etc. Na escola, o nacionalismo também se faz presente, e os conteúdos <strong>de</strong><br />
leitura enfatizavam o nacionalismo, e não era li<strong>da</strong> por prazer, mas para reforçar a<br />
i<strong>de</strong>ologia dominante.<br />
Após a instalação do império no Brasil, entramos na fase <strong>de</strong><br />
transformações na educação escolar, que passa a ser vista como uma fonte <strong>de</strong><br />
ascensão social.<br />
A educação, em todos os seus níveis, passa por reformas cujo objetivo é a<br />
estruturação nacional, orienta<strong>da</strong> pelas diretrizes iluministas.<br />
No século XIX, ain<strong>da</strong> os livros <strong>de</strong> literatura eram baseados nas produções<br />
européias, porem esta ação passa a ser critica<strong>da</strong> e vários autores tentam fazer uma<br />
literatura infantil diferencia<strong>da</strong>.<br />
Entretanto, <strong>de</strong> acordo com Girotto (2007) que pauta-se nos estudos <strong>de</strong><br />
Coelho (1991), no Brasil, só se vê uma literatura infanto-juvenil a partir <strong>de</strong><br />
Monteiro Lobato.<br />
Na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 20, vemos o movimento <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização e<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do país, mas na literatura isso não ocorre <strong>de</strong>vido ao controle <strong>de</strong><br />
alguns grupos sobre as produções <strong>literária</strong>s.<br />
Já na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 30, há a emergência do romance regionalista, que<br />
<strong>de</strong>nunciava as condições <strong>de</strong>sumanas <strong>de</strong> pessoas, principalmente do Norte e<br />
Nor<strong>de</strong>ste.<br />
Em 1937, houve um crescimento <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> literatura infantil a qual<br />
tinha fins pe<strong>da</strong>gógicos explícitos, assim transmitia “informações úteis, civismo,<br />
etc”. Devido ao clima <strong>da</strong> época, que evi<strong>de</strong>nciava o realismo, os contos <strong>de</strong> fa<strong>da</strong>s e<br />
as fantasias são criticados.<br />
Nos anos 40, se expan<strong>de</strong> um acervo <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>literária</strong>, que fez uso <strong>da</strong><br />
fantasia, aventura e imaginação.<br />
Já após a Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial, o Brasil recebe influência cultural<br />
dos países <strong>de</strong>mocráticos: EUA, França e Inglaterra.<br />
27