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Potencialidades da atividade de tertúlia literária dialógica ... - UFSCar

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O ensino escolástico jesuítico obe<strong>de</strong>ce ao referido documento, ou seja,<br />

abrange a seguinte organização: Seis anos <strong>de</strong> studia inferiora, que contemplava<br />

três cursos <strong>de</strong> gramática, um <strong>de</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong>s e um <strong>de</strong> retórica; também um triênio<br />

<strong>de</strong> studia superiora <strong>de</strong> filosofia (lógica, física e ética), um ano <strong>de</strong> metafísica,<br />

matemática superior, psicologia e fisiologia; e após a repetitio generali, e um<br />

período <strong>de</strong> prática <strong>de</strong> magistério, passava-se ao estudo <strong>de</strong> Teologia que durava<br />

quatro anos.<br />

A<strong>de</strong>mais, este ensino jesuítico selecionava todo o seu conteúdo, segundo<br />

Petitat (1994, p.82): “eles garimpam os textos dos escritores antigos, pagãos e<br />

profanos, extraindo o que serve à fé católica. Os personagens gregos e romanos<br />

são <strong>de</strong>spojados <strong>de</strong> sua historici<strong>da</strong><strong>de</strong>”.<br />

Manacor<strong>da</strong> (2002) pontua que, além disso, a premiação, a competição<br />

entre alunos, entre outras formas <strong>de</strong> motivar os estudos, são técnicas utiliza<strong>da</strong>s<br />

para garantir a assidui<strong>da</strong><strong>de</strong> dos alunos frente ao ensino na<strong>da</strong> motivador aos alunos.<br />

Avançando no nosso estudo, nos <strong>de</strong>paramos com a I<strong>da</strong><strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>rna,<br />

época em que vemos diferentes propostas <strong>de</strong> educação.<br />

Dentre estas propostas, po<strong>de</strong>mos falar <strong>de</strong> Jan Amos Comenius e sua<br />

visão sobre a organização <strong>da</strong> educação. A sua proposta era a <strong>de</strong> “ensinar tudo a<br />

todos totalmente”. Assim, na sua “Didática Magna” explicava como <strong>de</strong>veria ser<br />

organizado o ensino <strong>da</strong>s línguas e <strong>da</strong>s ciências. Sua indicação previa a<br />

experimentação concreta <strong>da</strong>s coisas, o uso mecânico e prático <strong>da</strong>s ciências.<br />

Com o mesmo espírito mo<strong>de</strong>rno, temos John Locke, que se preocupava<br />

com a formação do gentleman, e não <strong>da</strong>s classes populares. Na sua visão, a<br />

educação <strong>de</strong>veria contemplar as virtu<strong>de</strong>s morais, a cultura e, por fim, os<br />

conhecimentos <strong>da</strong> leitura e escrita.<br />

Quanto às classes populares, ele propunha uma aprendizagem volta<strong>da</strong><br />

para o trabalho industrial. Sobre isso po<strong>de</strong>mos citar que, segundo Manacor<strong>da</strong><br />

(2002, p.225):<br />

11<br />

Não há neste espírito mo<strong>de</strong>rno a inspiração humanitária dos<br />

religiosos, católicos e pietistas, cuja obra, to<strong>da</strong>via quase sempre se<br />

reduz a fornecer, a custa <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> uma mão-<strong>de</strong>-obra menos ru<strong>de</strong><br />

para as novas indústrias, mas há somente o senso do gentleman que<br />

se não fecha os olhos perante a existência <strong>de</strong> um problema social,<br />

também não fica preocupado por causa <strong>de</strong>le.

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