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Augusto de Santa-Rita e a criação literária para a infância

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<strong>Augusto</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong>-<strong>Rita</strong> e a <strong>criação</strong> <strong>literária</strong> <strong>para</strong> a <strong>infância</strong><br />

autores, o que acontece, por exemplo, com “Hieroglíficos” 25 ou “Bibliografia” 26 . Em<br />

qualquer dos casos trata-se <strong>de</strong> secções que preten<strong>de</strong>m instruir e actualizar o público<br />

infantil.<br />

Curioso é também o anúncio da novela A Marujinha, na edição <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong><br />

Outubro <strong>de</strong> 1931, a qual, efectivamente, não chega a ser publicada, se é que chegou a<br />

ser escrita.<br />

Paralelamente à produção publicada no Pim-Pam-Pum, <strong>Augusto</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong>-<br />

-<strong>Rita</strong> edita, em 1932, A Bolinha Mágica, uma novela infantil, com <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Arcindo<br />

Ma<strong>de</strong>ira e, no mesmo ano, Zé Tropa, Zé Trepa, Zé Tropa, Zé Tripa: historieta infantil,<br />

com <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Stuart. No ano seguinte sai Presente <strong>de</strong> Natal, uma colectânea <strong>de</strong><br />

contos seus, com versos <strong>de</strong> Graciete Branco e ilustrações <strong>de</strong> Adolfo Castañé e em 1935<br />

publica Faustino na Maratona dos Bichos, com ilustrações <strong>de</strong> Mário Costa.<br />

Da sua autoria são ainda as obras, das quais não foi possível apurar a data,<br />

Quadros Infantis: Histórias Verda<strong>de</strong>iras; Béu-béu/ Pápim; O Milho do Céu: Produções<br />

infantis; Tic- Tac e Rabanete; O Torneio dos Bichos: historieta em verso, os dois<br />

últimos com <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Tio Tônio (pseudónimo <strong>de</strong> António Cardoso Lopes).<br />

O gosto pelo teatro, revelado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo com os poemas líricos Auto da Vida<br />

Eterna e A Rosa <strong>de</strong> Papel (1917), foi antecedido pela apresentação <strong>de</strong> Lobos no<br />

Povoado, um “drama rústico num acto”, representado no Teatro da Trinda<strong>de</strong> em 1916.<br />

Este prazer voltará, com novo fôlego, através das peças infantis publicadas no Pim-<br />

-Pam-Pum - El-Rei Papão, em 1 Prólogo e 3 Quadros, a 3 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1928 e O<br />

Sonho <strong>de</strong> Titó, num ante-prólogo e um acto, a 5 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1931. Em 1935, a peça<br />

radiofónica em verso, num acto, intitulada As 4 Ida<strong>de</strong>s, dá concomitantemente<br />

testemunho da colaboração <strong>de</strong> <strong>Augusto</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong>-<strong>Rita</strong> na rádio.<br />

Será, contudo, a partir da <strong>criação</strong> do Teatro <strong>de</strong> Mestre Gil que o autor<br />

<strong>de</strong>monstrará o seu verda<strong>de</strong>iro carinho por esta expressão artística. Como já referimos, a<br />

inauguração acontece no antigo café do Coliseu dos Recreios, às Portas <strong>de</strong> Santo Antão,<br />

passando, posteriormente, <strong>para</strong> a Feira Popular. Esta será mais uma activida<strong>de</strong> através<br />

da qual o autor coloca os instrumentos aparentemente <strong>de</strong>stinados a crianças ao serviço<br />

da cultura, como documenta o texto intitulado “O Teatro <strong>de</strong> Fantoches como<br />

instrumento <strong>de</strong> cultura: dos «robertos» da al<strong>de</strong>ia aos fantoches da cida<strong>de</strong>.”, publicado<br />

25 Ver anexos, fig. 8.<br />

26 Ver anexos, figs. 9 a/b.

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