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Augusto de Santa-Rita e a criação literária para a infância

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<strong>Augusto</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong>-<strong>Rita</strong> e a <strong>criação</strong> <strong>literária</strong> <strong>para</strong> a <strong>infância</strong><br />

Gigante Arranha-Céus – <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Junho a 13 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1939, antecedido <strong>de</strong> um texto<br />

em verso, da semana anterior, mais concretamente <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Maio, intitulado O Gigante<br />

Arranha-Céus, que o anunciava. Trata-se <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> novelas que proporcionam<br />

ao leitor o conhecimento da época, não só ao nível social como também cultural e<br />

político. De Marçano a Milionário – A Vida <strong>de</strong> um Rockfeller chegou mesmo a ser<br />

editado em livro, em 1937, com ilustrações <strong>de</strong> Raquel Roque Gameiro.<br />

A gran<strong>de</strong> maioria da sua produção recai, sobretudo, em contos, sendo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>stacar a publicação <strong>de</strong> títulos como “O Cãozinho „Liz‟ e o papagaio Loiro”, “O<br />

Criado Chimpanzé” e “Maria Palonça”. Estes foram publicados numa colecção <strong>de</strong><br />

pequenas brochuras <strong>de</strong> bolso <strong>de</strong> seis por seis centímetros, com <strong>de</strong>zasseis páginas, da<br />

Biblioteca «Tamariz», sendo as edições da Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Propaganda da Costa do Sol. A<br />

referida biblioteca era dirigida pelo próprio <strong>Augusto</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong>-<strong>Rita</strong> e os <strong>de</strong>senhos que<br />

acompanham os textos inéditos da sua autoria são <strong>de</strong> Adolfo Castañe, alguns dos quais<br />

terão surgido no Pim-Pam-Pum.<br />

Mas é bem vasta a sua produção, publicada com diversida<strong>de</strong> no Pim-<br />

-Pam-Pum, não só <strong>de</strong> contos, fábulas e poesia, como também <strong>de</strong> poemas e textos<br />

radiofónicos, didácticos e culturais. É o caso <strong>de</strong> “O que a Mosquinha Ouviu – conto<br />

radiofónico” e <strong>de</strong> “A Cartilha do Pim-Pam-Pum”, em 1939. Notável é igualmente a<br />

presença <strong>de</strong> uma produção que se po<strong>de</strong>rá dizer temática e que durava apenas algumas<br />

semanas, como é o <strong>de</strong> caso <strong>de</strong> “Costumes Portugueses” 21 , que surge com regularida<strong>de</strong><br />

em 1938 em vários números e aparecera logo em 1928/ 29 22 , e “Canções Inéditas” 23 ,<br />

uma rubrica colocada na última página do suplemento infantil. Trata-se <strong>de</strong> um espaço<br />

com pequenas produções poéticas 24 em que as onomatopeias e as interrogações retóricas<br />

estão presentes e <strong>de</strong>notam a influência mo<strong>de</strong>rnista no autor. Refira-se que nem sempre é<br />

clara a autoria dos textos, uma vez que alguns não têm referência explícita. Contudo, a<br />

rima e a forma da escrita recorrente não <strong>de</strong>ixam gran<strong>de</strong>s dúvidas quanto ao facto <strong>de</strong> ser<br />

<strong>Augusto</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong>-<strong>Rita</strong> o seu autor, ainda mais que outras rubricas (assinadas por ele na<br />

primeira vez em que surgem no jornal), quando continuam são assinadas por outros<br />

21<br />

Ver anexos, fig. 5.<br />

22<br />

Rubrica que vai ao encontro do “portuguesismo”, em que “havia uma espécie <strong>de</strong> proteccionismo<br />

cultural.” (RAMOS 1994: 580)<br />

23<br />

Ver anexos, figs. 6 a/b.<br />

24<br />

Ver O Regimento, O Caracol, A Canção da Sarabanda, anexos, figs. 7 a/b.

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