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Iniciação Antiga e Moderna - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...

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CAPÍTULO VII<br />

Max Hein<strong>de</strong>l - <strong>Iniciação</strong> <strong>Antiga</strong> e <strong>Mo<strong>de</strong>rna</strong><br />

O ESTIGMA E A CRUCIFICAÇÃO<br />

Dissemos em vários capítulos anteriores, que a <strong>Iniciação</strong> Mística Cristã difere<br />

radicalmente da <strong>Iniciação</strong> Oculta empreendida por aqueles que se aproximam do Caminho<br />

pelo lado intelectual. No entanto, todos os caminhos convergem para o Getsêmani, on<strong>de</strong> o<br />

candidato à <strong>Iniciação</strong> fica impregnado <strong>de</strong> dor e tristeza que se transformam e <strong>de</strong>pois<br />

florescem em compaixão. Experimenta um ar<strong>de</strong>nte amor maternal que tem um único e<br />

absorvente <strong>de</strong>sejo: sacrificar-se para aliviar o sofrimento do mundo; salvar e amparar os<br />

que são fracos; ajudar os que carregam muita carga; confortar seus semelhantes e<br />

proporcionar-lhes repouso. Neste momento, os olhos do Cristão Místico são abertos na<br />

plena compreensão das misérias do mundo e <strong>de</strong> sua missão <strong>de</strong> tornar-se um Salvador. O<br />

ocultista também <strong>de</strong>scobre ali o sentido do amor, o único sentimento que transmite afeto,<br />

zelo e <strong>de</strong>dicação. Pela união da mente e do coração, ambos estão preparados para o<br />

próximo passo, que compreen<strong>de</strong> a manifestação dos estigmas, a preparação necessária para<br />

a morte e ressurreição místicas. A narração dos Evangelhos relata a história dos estigmas<br />

nas palavras seguintes, cuja primeira cena <strong>de</strong>senrola-se <strong>no</strong> Horto <strong>de</strong> Getsêmani:<br />

“Tendo Judas tomado a companhia <strong>de</strong> soldados e guardas, fornecidos pelos<br />

pontífices e fariseus, foi lá com lanternas, archotes e armas. Mas Jesus, que sabia tudo o<br />

que lhe ia acontecer, adiantou-se e disse-lhes: A quem buscais? Respon<strong>de</strong>ram-lhe: A Jesus<br />

Nazare<strong>no</strong>. Disse-lhes Jesus: Sou eu... Então, o tribu<strong>no</strong> e os guardas dos ju<strong>de</strong>us pren<strong>de</strong>ram<br />

Jesus e manietaram-<strong>no</strong>. Primeiramente levaram-<strong>no</strong> à casa <strong>de</strong> Anãs... Entretanto, o pontífice<br />

interrogou-o sobre os Seus discípulos e Sua doutrina. Jesus respon<strong>de</strong>u-lhe: “Eu falei<br />

publicamente ao mundo... Por quê ma interrogas? Interroga aqueles que ouviram o que eu<br />

lhes disse; eles sabem o que eu ensinei. Agora Anás enviou-o manietado ao pontífice<br />

Caifás... Levaram, pois, Jesus, da casa <strong>de</strong> Caifás ao Pretório...<br />

“Pilatos saiu fora para lhes falar e disse: Que acusação apresentais contra este<br />

homem? Respon<strong>de</strong>ram e disseram-lhe: Se este não fosse um malfeitor, não o entregaríamos<br />

nas tuas mãos... Então, Pilatos entrou <strong>no</strong> Pretório <strong>no</strong>vamente e chamou Jesus; e disse-lhe:<br />

Tu és o rei dos Ju<strong>de</strong>us? Respon<strong>de</strong>u Jesus: Tu dizes isso <strong>de</strong> ti mesmo ou foram outros que te<br />

disseram <strong>de</strong> mim?... O meu rei<strong>no</strong> não é <strong>de</strong>ste mundo; se o meu rei<strong>no</strong> fosse <strong>de</strong>ste mundo,<br />

certamente os meus ministros se haviam <strong>de</strong> esforçar para que eu não fosse entregue aos<br />

Ju<strong>de</strong>us; mas o meu rei<strong>no</strong> não é daqui. Disse-lhe então Pilatos: Logo, tu és rei? Respon<strong>de</strong>u<br />

Jesus: Tu o dizes, sou rei. Nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verda<strong>de</strong>; todo o<br />

que está pela verda<strong>de</strong>, ouve a minha voz. Disse-lhe Pilatos: Que coisa é a verda<strong>de</strong>? E, dito<br />

isto, tor<strong>no</strong>u a sair para ir ter com os Ju<strong>de</strong>us e disse-lhes: Não encontro nele crime algum.<br />

Ora, é costume que eu, pela Páscoa, vos solte um prisioneiro; quereis, pois, que eu vos solte<br />

o rei dos Ju<strong>de</strong>us? Então, gritaram todos <strong>no</strong>vamente, dizendo: Não este homem, mas<br />

Barrabás. Ora, Barrabás era um ladrão. Pilatos então tomou Jesus e mandou que o<br />

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