PARTE I Max Hein<strong>de</strong>l - <strong>Iniciação</strong> <strong>Antiga</strong> e <strong>Mo<strong>de</strong>rna</strong> O TABERNÁCULO NO DESERTO O Antigo Templo <strong>de</strong> Mistérios Atlante 6
CAPITULO I Max Hein<strong>de</strong>l - <strong>Iniciação</strong> <strong>Antiga</strong> e <strong>Mo<strong>de</strong>rna</strong> O TEMPLO DE MISTÉRIOS ATLANTE DESDE que a humanida<strong>de</strong> - os filhos pródigos espirituais <strong>de</strong> <strong>no</strong>sso Pai Celestial - perambulou pelos <strong>de</strong>sertos do mundo e se alimentou dos prazeres que <strong>de</strong>stroem a alma - como a fome <strong>de</strong>strói o corpo - existe <strong>no</strong> coração do homem uma voz silenciosa que o chama <strong>de</strong> volta ao lar. Entretanto, muitas pessoas estando totalmente absorvidas por interesses materiais, não po<strong>de</strong>m ouvi-Ia. O Maçom Místico que ouviu essa voz interior, sente um impulso inter<strong>no</strong> para procurar a Palavra Perdida e construir a casa <strong>de</strong> Deus, um templo do espírito, on<strong>de</strong> possa encontrar-se com o Pai, face a face, e respon<strong>de</strong>r ao Seu chamado. Ele não está só nessa busca, pois o <strong>no</strong>sso Pai Celestial preparou para todos um caminho com indicações que <strong>no</strong>s levarão até Ele, se seguirmos essa direção. No entanto, como esquecemos a divina Palavra e seríamos incapazes <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o seu significado, o Pai fala-<strong>no</strong>s na linguagem simbólica que, ao mesmo tempo, encobre e revela as verda<strong>de</strong>s espirituais que <strong>de</strong>vemos enten<strong>de</strong>r antes <strong>de</strong> voltarmos a Ele. Do mesmo modo como oferecemos aos <strong>no</strong>ssos filhos livros com gravuras para revelar-lhes conceitos incompreensíveis às suas mentes infantis, assim também cada símbolo dado pôr Deus tem um profundo significado, incompreensível se não fosse exemplificado <strong>de</strong>ssa maneira. Deus é espírito e em espírito <strong>de</strong>ve ser adorado. Por isso, é totalmente <strong>de</strong>snecessário tentar i<strong>de</strong>alizar uma forma material d'Ele, pois nada que imaginarmos conduziria a uma idéia a<strong>de</strong>quada. Mas, do mesmo modo que saudamos a ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> <strong>no</strong>sso país com alegria e entusiasmo porque <strong>de</strong>sperta em nós os sentimentos mais ter<strong>no</strong>s pelo lar e por <strong>no</strong>ssos entes queridos e, em conseqüência, suscita os <strong>no</strong>ssos mais <strong>no</strong>bres impulsos por ser um símbolo <strong>de</strong> tudo que mais prezamos, assim também agem os diferentes símbolos divi<strong>no</strong>s dados à humanida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempos em tempos, aquele acervo <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>s que já estão em <strong>no</strong>ssos corações e <strong>de</strong>spertam <strong>no</strong>ssa consciência para as idéias divinas que transcen<strong>de</strong>m as palavras. Contudo, o simbolismo, que realizou um papel importante em <strong>no</strong>ssa evolução passada, é ainda uma necessida<strong>de</strong> primordial em <strong>no</strong>sso <strong>de</strong>senvolvimento espiritual. Daí a conveniência <strong>de</strong> estudá-lo com <strong>no</strong>sso coração e <strong>no</strong>sso intelecto. É óbvio que, assim como <strong>no</strong>ssa atitu<strong>de</strong> mental <strong>de</strong> hoje <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> como pensamos ontem, também <strong>no</strong>ssa condição e circunstâncias <strong>no</strong> presente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> como trabalhamos ou negligenciamos <strong>no</strong> passado. Cada <strong>no</strong>vo pensamento ou idéia que <strong>no</strong>s chegam, <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados sob a luz <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssas experiências anteriores, e assim compreen<strong>de</strong>mos que o <strong>no</strong>sso presente e o <strong>no</strong>sso futuro são <strong>de</strong>terminados por vivências passadas. De modo semelhante, o caminho para o <strong>de</strong>senvolvimento espiritual que palmilhamos em existências passadas, <strong>de</strong>termina <strong>no</strong>ssa atitu<strong>de</strong> presente e a rota que <strong>de</strong>vemos seguir a fim <strong>de</strong> atingir <strong>no</strong>ssas aspirações. Por isso, não po<strong>de</strong>mos obter qualquer 7
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