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Iniciação Antiga e Moderna - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...

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Max Hein<strong>de</strong>l - <strong>Iniciação</strong> <strong>Antiga</strong> e <strong>Mo<strong>de</strong>rna</strong><br />

Cristo: “Jerusalém, Jerusalém! Quantas vezes tentei reunir todos os teus filhos, assim como<br />

uma galinha reúne seus pintinhos sob suas asas”. Isto significa um amor protetor, aneloso,<br />

sofrido, que não pe<strong>de</strong> nada para si, somente o privilégio <strong>de</strong> cuidar, educar e proteger.<br />

Houvesse apenas um tênue reflexo <strong>de</strong>sse amor universal entre a humanida<strong>de</strong> nestes<br />

dias tenebrosos, que paraíso a Terra seria! Em lugar <strong>de</strong> um irmão lutar contra o outro <strong>de</strong><br />

espada na mão, em total rivalida<strong>de</strong> e competição, querendo <strong>de</strong>struí-lo moralmente e<br />

<strong>de</strong>gradá-lo na prisão ou na servidão industrial sob a pressão da necessida<strong>de</strong>, não teríamos<br />

algozes nem vítimas, mas um mundo feliz vivendo em paz e harmonia, apren<strong>de</strong>ndo as<br />

lições que <strong>no</strong>sso Pai Celestial <strong>de</strong>seja ensinar-<strong>no</strong>s nesta condição material. E toda a miséria<br />

do mundo po<strong>de</strong> ser atribuída ao fato que, ao acreditarmos na Bíblia, o fazemos com<br />

<strong>no</strong>sso intelecto e não com <strong>no</strong>sso coração.<br />

Quando <strong>no</strong>s elevamos por meio das águas do Batismo - o Dilúvio Atlante - para a<br />

Ida<strong>de</strong> do Arco-íris das estações alternantes, tornamo-<strong>no</strong>s vítimas <strong>de</strong> emoções variáveis que<br />

<strong>no</strong>s <strong>de</strong>ixam à mercê <strong>no</strong> mar da vida. A fé indiferente, limitada pela razão e praticada pela<br />

maioria dos que professam a religião cristã, po<strong>de</strong> proporcionar resignação, equilíbrio<br />

mental e alguma coragem ante as provas da vida. Mas quando a maioria conquistar a FÉ<br />

VIVA do Cristão Místico, que supera a razão porque o CORAÇÃO SENTE, então, a<br />

Ida<strong>de</strong> Alternante passará, o Arco-íris cairá com as nuvens e o ar que agora compõe a<br />

atmosfera <strong>de</strong>saparecerá. Haverá um <strong>no</strong>vo céu <strong>de</strong> puro éter, on<strong>de</strong> receberemos o Batismo do<br />

Espírito e “haverá paz” (Jerusalém).<br />

Ainda <strong>no</strong>s encontramos na Ida<strong>de</strong> do Arco-íris, sujeitos às suas leis, e po<strong>de</strong>mos<br />

compreen<strong>de</strong>r que como o Batismo do Cristão-Místico ocorre num momento <strong>de</strong> exaltação<br />

espiritual, necessariamente <strong>de</strong>ve ser seguido <strong>de</strong> uma reação. A e<strong>no</strong>rme magnitu<strong>de</strong> da<br />

revelação oprime-o, e ele não po<strong>de</strong> entendê-la, nem conservá-la em seu veículo <strong>de</strong> carne:<br />

Então, foge dos lugares freqüentados pelos homens e refugia-se na solidão, alegoricamente<br />

representada por um <strong>de</strong>serto. Fica tão arrebatado em sua sublime <strong>de</strong>scoberta que, durante o<br />

tempo <strong>de</strong> seu êxtase, po<strong>de</strong> ver o Tear da Vida, on<strong>de</strong> são tecidos os corpos <strong>de</strong> todos os<br />

viventes, do me<strong>no</strong>r ao maior - o rato e o homem, o caçador e sua presa, o algoz e sua<br />

vítima. Mas não os vê como coisas separadas, porque percebe um divi<strong>no</strong> halo dourado <strong>de</strong><br />

vida “que os ro<strong>de</strong>ia e a todos une”. E, ainda mais, ouve em cada pessoa uma vibrante <strong>no</strong>tachave<br />

que canta suas aspirações, entoa suas esperanças e temores, e percebe esse composto<br />

<strong>de</strong> sons e cores como uma antena mundial <strong>de</strong> Deus feita <strong>de</strong> carne. A princípio, tudo isso<br />

parece estar distante <strong>de</strong> sua compreensão. A e<strong>no</strong>rme magnitu<strong>de</strong> da <strong>de</strong>scoberta não é<br />

percebida por ele, que não po<strong>de</strong> conceber e explicar o que sente e vê, pois não há palavras<br />

capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>screvê-la e nenhum conceito po<strong>de</strong> explicá-la. Mas, pelos graus que vai<br />

superando, ele começa a enten<strong>de</strong>r que encontrou a verda<strong>de</strong>ira Fonte da Vida, observando,<br />

ou melhor, SENTINDO cada pulsação <strong>de</strong>la, e com essa compreensão atinge o clímax <strong>de</strong><br />

seu êxtase.<br />

Tão arrebatado fica o Cristão Místico em sua belíssima aventura, que as<br />

necessida<strong>de</strong>s físicas são completamente esquecidas enquanto dura o êxtase, e é natural que<br />

a sensação <strong>de</strong> fome seja sua primeira necessida<strong>de</strong> ao retornar ao estado <strong>no</strong>rmal <strong>de</strong><br />

consciência, quando ouve também a voz da tentação: “Or<strong>de</strong>na que estas pedras se<br />

transformem em pão”.<br />

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