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Iniciação Antiga e Moderna - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...

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Max Hein<strong>de</strong>l - <strong>Iniciação</strong> <strong>Antiga</strong> e <strong>Mo<strong>de</strong>rna</strong><br />

Isso é uma literal representação pictórica dos habitantes do mundo espiritual tanto<br />

quanto po<strong>de</strong> ser revelada, pois durante a permanência <strong>no</strong>s mundos purgatoriais, que ficam<br />

nas regiões inferiores do Mundo do Desejo, as partes inferiores do corpo são realmente<br />

<strong>de</strong>sintegradas, e somente a cabeça, que contém a inteligência do homem, permanece<br />

quando ele entra <strong>no</strong> primeiro céu, um fato que intriga muitos que ali po<strong>de</strong>m ver as almas.<br />

As asas, naturalmente, não existem fora da pintura, mas têm a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> significar a<br />

habilida<strong>de</strong> da alma em mover-se velozmente, o que é inerente a todos os seres <strong>no</strong>s mundos<br />

invisíveis. O Papa está representado apontando para a Madona e o Cristo Meni<strong>no</strong>. Um<br />

exame mais acurado revelará que a mão, com a qual ele aponta, tem seis <strong>de</strong>dos. Não há<br />

nenhuma evidência histórica <strong>de</strong> que o Papa da época tivesse tal <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>, nem tão<br />

pouco o fato po<strong>de</strong> ter sido aci<strong>de</strong>ntal; os seis <strong>de</strong>dos na pintura <strong>de</strong>vem revelar alguma<br />

intenção da parte do pintor.<br />

Qual era o seu propósito, apren<strong>de</strong>remos quando examinarmos o quadro “Casamento<br />

da Virgem”, on<strong>de</strong> <strong>no</strong>tamos uma a<strong>no</strong>malia semelhante. Nele, Maria e José são representados<br />

juntos com o meni<strong>no</strong> Jesus, parecendo-<strong>no</strong>s que estavam às vésperas da partida para o Egito,<br />

e também vemos um Rabi<strong>no</strong> unindo-os em matrimônio. O pé esquerdo <strong>de</strong> José é o<br />

elemento mais saliente na pintura, e se contarmos os <strong>de</strong>dos <strong>de</strong>sse pé, veremos que são seis.<br />

Em ambas as pinturas, os seis <strong>de</strong>dos do Papa e os seis artelhos <strong>de</strong> José significam que<br />

Rafael queria indicar que os dois <strong>de</strong>senvolveram o sexto sentido, faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>spertada pela<br />

<strong>Iniciação</strong>. Por esse sentido tão sutil, ó pé <strong>de</strong> José era guiado em sua fuga para manter em<br />

segurança o ser sagrado que foi confiado aos seus cuidados. O outro adquiriu o sexto<br />

sentido para que não fosse um cega li<strong>de</strong>rando outros cegos, mas tivesse <strong>de</strong>senvolvido “o<br />

olho que vê”, requisito para indicar o Caminho, a Verda<strong>de</strong> e a Vida. É um fato verda<strong>de</strong>iro,<br />

embora <strong>de</strong>sconhecido por muitos, que com uma ou duas exceções em que o po<strong>de</strong>r político<br />

foi suficientemente forte para corromper o Colegiado dos Car<strong>de</strong>ais, todos aqueles que se<br />

sentaram <strong>no</strong> tro<strong>no</strong> <strong>de</strong> Pedro tiveram visão espiritual em maior ou me<strong>no</strong>r grau.<br />

Nos capítulos anteriores discorremos sobre “Símbolos da <strong>Antiga</strong> e <strong>Mo<strong>de</strong>rna</strong><br />

<strong>Iniciação</strong>” e sobre o Templo <strong>de</strong> Mistérios Atlante, conhecido como o Tabernáculo <strong>no</strong><br />

Deserto, que era uma escola para o crescimento anímico. Portanto, não <strong>no</strong>s po<strong>de</strong> causar<br />

surpresa que os quatro Evangelhos narrativos da vida do Cristo também sejam fórmulas <strong>de</strong><br />

<strong>Iniciação</strong>, que revelam um outro e posterior Caminho para a obtenção do po<strong>de</strong>r da alma.<br />

Nos antigos Mistérios Egípcios, Horus foi o primeiro exemplo a quem o aspirante<br />

esforçava-se por imitar. E é significativo que <strong>no</strong> Ritual <strong>de</strong> <strong>Iniciação</strong> em voga naqueles dias<br />

- e que agora conhecemos como o “Livro dos Mortos” - o aspirante à <strong>Iniciação</strong> fosse<br />

sempre chamado Horus fula<strong>no</strong>-<strong>de</strong>-tal. Seguindo o mesmo método, atualmente po<strong>de</strong>mos<br />

chamar aquele que segue o Caminho da <strong>Iniciação</strong> Cristã, <strong>de</strong> Cristo (<strong>no</strong>me do aspirante),<br />

pois os que seguem esse caminho são realmente Cristos em formação. Cada um <strong>de</strong>sses<br />

seres, a seu tempo, terá <strong>de</strong> enfrentar as diferentes estações da Via Dolorosa ou o Caminho<br />

do Sofrimento que conduz ao Calvário, e experimentar <strong>no</strong> próprio corpo as dores e agonias<br />

sofridas pelo Herói dos Evangelhos. A <strong>Iniciação</strong> é um processo cósmico <strong>de</strong> iluminação e<br />

evolução. Por isso, as experiências <strong>de</strong> todos são semelhantes <strong>no</strong>s principais acontecimentos.<br />

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