Iniciação Antiga e Moderna - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...
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Max Hein<strong>de</strong>l - <strong>Iniciação</strong> <strong>Antiga</strong> e <strong>Mo<strong>de</strong>rna</strong><br />
punição que lhes advirá através das leis do mundo, do que pelo temor do que lhes possa<br />
acontecer <strong>no</strong> mundo vindouro.<br />
Uma luz <strong>de</strong> natureza diferente brilhava na Sala Leste do Tabernáculo. Em lugar <strong>de</strong><br />
extrair sua nutrição da carne, saturada <strong>de</strong> paixão e pecado dos animais sacrificados, era<br />
alimentada com o azeite <strong>de</strong> oliva extraído do casto rei<strong>no</strong> vegetal. Sua chama não era<br />
coberta pela fumaça, mas era clara e distinta para que pu<strong>de</strong>sse iluminar o recinto e guiar os<br />
sacerdotes, que eram, em seus ofícios, os servos do Templo. Os sacerdotes eram guiados a<br />
trabalhar em harmonia com o pla<strong>no</strong> divi<strong>no</strong>, por isso, percebiam a luz mais claramente do<br />
que a multidão <strong>de</strong>spreocupada e ig<strong>no</strong>rante. Também hoje, a luz mística brilha para todos<br />
aqueles que se esforçam em realmente servir <strong>no</strong> altar do auto-sacrifício, particularmente<br />
para os aspirantes que se filiaram a uma Escola <strong>de</strong> Mistérios como a da Or<strong>de</strong>m <strong>Rosacruz</strong>.<br />
Estão caminhando na luz, invisível à multidão, mas, se realmente estiverem servindo,<br />
receberão a verda<strong>de</strong>ira ajuda dos Irmãos Maiores da humanida<strong>de</strong>, que estão sempre prontos<br />
a auxiliar <strong>no</strong>s momentos difíceis que surgem pelo Caminho.<br />
Entretanto, o fogo mais sagrado <strong>de</strong> todos era o da Glória <strong>de</strong> Shekinah, na Sala Oeste<br />
do Tabernáculo, acima do Propiciatório. Como esta Sala Oeste era escura, enten<strong>de</strong>mos que<br />
ali estava um fogo invisível, uma luz proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> um outro mundo.<br />
Observemos que o fogo que estava oculto na fumaça e na chama do Altar dos<br />
Sacrifícios, consumindo os corpos sacrificados em expiação pelos pecados cometidos sob a<br />
lei, era o símbolo <strong>de</strong> Jeová, o dador da Lei. E sabemos que a Lei foi formulada para<br />
conduzir-<strong>no</strong>s a Cristo. A luz clara e bela que brilhava <strong>no</strong> Vestíbulo do Serviço, a Sala Leste<br />
do Tabernáculo, é a cor dourada da luz <strong>de</strong> Cristo, que guia aqueles que se esforçam por<br />
seguir seus passos <strong>no</strong> caminho do serviço altruísta.<br />
Assim como Cristo disse: “Eu vou ao Meu Pai”, quando estava para ser crucificado,<br />
assim também o Servo da Cruz, que aproveitou ao máximo suas oportunida<strong>de</strong>s <strong>no</strong> mundo<br />
visível, tem permissão para entrar na glória do seu Fogo-Pai, a invisível Glória <strong>de</strong><br />
Shekinah. Então, ele <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ver através do cristal opaco do corpo e contempla seu Pai,<br />
face a face, <strong>no</strong>s pla<strong>no</strong>s invisíveis da natureza.<br />
A torre da igreja é larga na base, mas, aos poucos, vai-se estreitando até o cume,<br />
on<strong>de</strong> é um ponto suportando a cruz. O mesmo acontece com o caminho da santida<strong>de</strong>. No<br />
princípio po<strong>de</strong>mos permitir-<strong>no</strong>s muitas coisas, mas, à medida que avançamos, <strong>de</strong>vemos<br />
abandonar, um por um, esses <strong>de</strong>svios e <strong>de</strong>votar-<strong>no</strong>s, cada vez mais exclusivamente, ao<br />
serviço da santida<strong>de</strong>. Por fim, chegará um momento em que este caminho é tão fi<strong>no</strong> como o<br />
fio <strong>de</strong> uma navalha, e aí só po<strong>de</strong>remos agarrar-<strong>no</strong>s à cruz. Porém, quando tivermos atingido<br />
esse ponto, quando pu<strong>de</strong>rmos subir ao mais estreito <strong>de</strong> todos os caminhos, realmente<br />
estaremos preparados para seguir o Cristo além, e servir lá como servimos aqui.<br />
Esse antigo símbolo representa as provas e o triunfo do fiel servo. Ainda que outros<br />
símbolos <strong>de</strong> maior gran<strong>de</strong>za, <strong>de</strong> i<strong>de</strong>al mais sublime contendo maiores promessas o tenham<br />
superado, o princípio básico encerrado na sua simbologia é tão válido hoje como sempre o<br />
foi e será.<br />
No Altar dos Sacrifícios vemos claramente a repelente e inferior natureza do pecado<br />
e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expiação e justificação.<br />
O Mar Fundido ensina-<strong>no</strong>s que <strong>de</strong>vemos viver uma vida pura, <strong>de</strong> santida<strong>de</strong> e<br />
consagração.<br />
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