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Iniciação Antiga e Moderna - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...

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Max Hein<strong>de</strong>l - <strong>Iniciação</strong> <strong>Antiga</strong> e <strong>Mo<strong>de</strong>rna</strong><br />

Há <strong>no</strong> Antigo Templo <strong>de</strong> Mistérios uma promessa dada mas ainda não cumprida, porém tão<br />

boa hoje como o foi naquele tempo. Se visualizarmos em <strong>no</strong>ssa mente a disposição dos<br />

objetos <strong>no</strong> interior do Tabernáculo, perceberemos nitidamente a sombra da Cruz.<br />

Começando pelo portão oriental, havia o Altar dos Sacrifícios; um pouco além, em direção<br />

ao Tabernáculo, encontramos o Lavabo da Consagração, o Mar Fundido, <strong>no</strong> qual os<br />

sacerdotes se lavavam. Logo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> entrarmos na Câmara Oriental do Templo,<br />

encontramos <strong>no</strong> extremo esquerdo, uma peça do mobiliário, o Can<strong>de</strong>labro <strong>de</strong> Ouro; e <strong>no</strong><br />

extremo direito, a Mesa dos Pães da Proposição, os dois formando uma cruz <strong>no</strong> caminho<br />

que estamos seguindo ao longo e <strong>de</strong>ntro do Tabernáculo. No centro, em frente ao segundo<br />

véu, encontramos o Altar do Incenso que forma o centro da cruz, enquanto que a Arca<br />

colocada na parte mais oci<strong>de</strong>ntal da Câmara Oci<strong>de</strong>ntal, o Sanctum Sanctorum, representa a<br />

parte superior e a mais curta da cruz. Deste modo, o símbolo do <strong>de</strong>senvolvimento espiritual,<br />

que é o <strong>no</strong>sso mais elevado i<strong>de</strong>al <strong>no</strong>s dias <strong>de</strong> hoje, já estava <strong>de</strong>lineado <strong>no</strong> Antigo Templo <strong>de</strong><br />

Mistérios. A consumação que é alcançada <strong>no</strong> topo da cruz, a realização <strong>de</strong> possuir a lei<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós, tal como se encontrava <strong>de</strong>ntro da Arca, <strong>de</strong>ve ser o <strong>no</strong>sso objetivo atualmente.<br />

A luz que brilha sobre o Propiciatório <strong>no</strong> Sanctum Sanctorum, na cabeça da cruz, <strong>no</strong> fim do<br />

caminho <strong>de</strong>ste mundo, é a luz ou reflexo do mundo invisível <strong>no</strong> qual o aspirante busca<br />

entrar quando tudo ao seu redor parece obscuro e negro Somente quando tivermos atingido<br />

esse estado e percebermos a luz espiritual acenando para nós - a luz que paira sobre a Arca<br />

- somente quando permanecermos à sombra da cruz, é que realmente po<strong>de</strong>remos conhecer o<br />

significado, o propósito e a finalida<strong>de</strong> da vida.<br />

Presentemente, po<strong>de</strong>mos aproveitar as oportunida<strong>de</strong>s que <strong>no</strong>s são oferecidas e<br />

prestar serviço com maior ou me<strong>no</strong>r eficiência. Porém, somente quando, por meio <strong>de</strong>ste<br />

serviço, <strong>de</strong>senvolvermos a luz espiritual <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós - o corpo-alma - e assim tivermos<br />

obtido acesso à Câmara Oci<strong>de</strong>ntal, chamada o Vestíbulo da Libertação, é que perceberemos<br />

e compreen<strong>de</strong>remos realmente por que estamos <strong>no</strong> mundo e o que necessitamos fazer para<br />

<strong>no</strong>s tornarmos propriamente úteis. Não <strong>de</strong>vemos pensar que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> termos entrado nesse<br />

Vestíbulo, aí permaneceremos. Ao Sumo Sacerdote era permitido entrar nele somente uma<br />

vez por a<strong>no</strong>, havendo um longo intervalo <strong>de</strong> tempo entre esses lampejos do real propósito<br />

da existência. Nesse intervalo, o Sumo Sacerdote precisava sair e viver entre seus irmãos -<br />

a humanida<strong>de</strong> -servindo-os da melhor maneira possível. E porque ainda não era perfeito,<br />

pecava, para <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo entrar <strong>no</strong> Sanctum Sanctorum após ter feito as reparações <strong>de</strong>vidas<br />

pelos seus pecados.<br />

Atualmente suce<strong>de</strong> o mesmo co<strong>no</strong>sco. Por vezes, obtemos vislumbres das coisas<br />

que <strong>no</strong>s estão reservadas, das coisas que <strong>de</strong>vemos fazer para seguirmos Cristo ao lugar para<br />

on<strong>de</strong> Ele foi. Lembremos que Ele disse aos Seus discípulos: “Não po<strong>de</strong>is seguir-Me agora,<br />

mas seguir-Me-eis <strong>de</strong>pois”. O mesmo suce<strong>de</strong> co<strong>no</strong>sco. Devemos olhar repetidamente<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste templo escuro, o Sanctum Sanctorum, antes <strong>de</strong> estarmos capacitados para<br />

permanecer lá; antes que estejamos realmente preparados para dar o último passo e subir<br />

até o alto da cruz, o lugar da caveira, aquele ponto em <strong>no</strong>ssa cabeça por on<strong>de</strong> o espírito sai<br />

quando <strong>de</strong>ixa o corpo, seja permanentemente ou como um Auxiliar Invisível. Este Gólgota<br />

é a <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>ira e suprema realização humana. Devemos estar preparados para entrar muitas<br />

vezes na Câmara escura, antes que estejamos prontos para esse clímax final.<br />

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