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Iniciação Antiga e Moderna - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...

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Max Hein<strong>de</strong>l - <strong>Iniciação</strong> <strong>Antiga</strong> e <strong>Mo<strong>de</strong>rna</strong><br />

dois Querubins, e entre eles permanecia a sempre eterna Glória <strong>de</strong> Deus. “Aqui”, disse<br />

Deus a Moisés, “Eu te encontrarei e me comunicarei contigo <strong>de</strong> cima do Propiciatório por<br />

entre os dois Querubins que estão sobre a Arca do Testemunho”.<br />

A Glória do Senhor vista sobre o Propiciatório tinha a aparência <strong>de</strong> uma nuvem. O<br />

Senhor disse a Moisés: “Dize a Arão, teu irmão, que nunca entre <strong>no</strong> santuário que está para<br />

<strong>de</strong>ntro do véu diante do Propiciatório que cobre a arca, para que não morra, porque Eu<br />

aparecerei na nuvem sobre o Propiciatório” - (Levítico 16-2). Esta manifestação da divina<br />

presença foi chamada entre os ju<strong>de</strong>us <strong>de</strong> “A Glória <strong>de</strong> Shekinah”. Sua aparência, sem<br />

dúvida, era <strong>de</strong> uma maravilhosa glória espiritual, à qual é impossível <strong>de</strong>screver em<br />

palavras. Fora da nuvem, a Voz <strong>de</strong> Deus era ouvida com profunda solenida<strong>de</strong> quando Ele<br />

era consultado em favor do povo.<br />

Quando o aspirante se qualificava para entrar nesse recinto atrás do segundo véu,<br />

encontrava tudo escuro à visão física, e era necessário que ele tivesse outra luz, a interior.<br />

Quando veio pela primeira vez à porta da Sala Leste do Templo, estava “pobre, nu e cego”,<br />

pedindo LUZ. Apresentaram-lhe o pequeni<strong>no</strong> lume que aparecia na fumaça do Altar dos<br />

Sacrifícios, e foi advertido que, para adiantar-se, <strong>de</strong>veria iluminar-se a si próprio com a<br />

chama do remorso pelas faltas cometidas. Mais tar<strong>de</strong>, foi-lhe mostrada a luz resplan<strong>de</strong>cente<br />

na Sala Leste do Tabernáculo, que procedia do Can<strong>de</strong>labro <strong>de</strong> Sete Braços. Em outras<br />

palavras, foi-lhe dada a luz da Sabedoria, razão pela qual tem permissão para avançar <strong>no</strong><br />

caminho. Também lhe pe<strong>de</strong>m que, pelo serviço, ele <strong>de</strong>senvolva outra luz <strong>de</strong>ntro e ao redor<br />

<strong>de</strong> si, o “Dourado Manto Nupcial”, que é também a Luz <strong>de</strong> Cristo do corpo-alma. Por uma<br />

vida <strong>de</strong> serviço, essa gloriosa substância-alma envolve e amplia gradualmente toda a sua<br />

aura tornando-a uma radiosa luz dourada. Só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter <strong>de</strong>senvolvido essa iluminação<br />

interna, é que po<strong>de</strong>rá a<strong>de</strong>ntrar ao escuro recinto do segundo Tabernáculo, como o Mais<br />

Santo dos Lugares muitas vezes é <strong>de</strong><strong>no</strong>minado.<br />

“Deus é Luz; se caminharmos na Luz como Ele na Luz está, seremos fraternais uns<br />

com os outros”. Isto parece unicamente indicar a fraternida<strong>de</strong> dos Santos, mas aplica-se<br />

também à fraternida<strong>de</strong> que temos com Deus. Quando o discípulo penetra <strong>no</strong> segundo<br />

Tabernáculo, a LUZ <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le vibra com a LUZ da Glória <strong>de</strong> Shekinah que está entre os<br />

Querubins, e então ele compreen<strong>de</strong> a fraternida<strong>de</strong> com o Fogo do Pai.<br />

Assim como os Querubins e o Fogo do Pai, que flutua acima da Arca, representam<br />

as Hierarquias Divinas que guiaram a humanida<strong>de</strong> durante sua peregrinação pelo <strong>de</strong>serto,<br />

assim também a Arca que se encontra ali, representa o homem <strong>no</strong> seu mais elevado<br />

<strong>de</strong>senvolvimento. Havia, como já sabemos, três objetos <strong>de</strong>ntro da Arca: o Pote Dourado do<br />

Maná, a Vara que floresceu e as Tábuas da Lei. Quando o aspirante chegava ao portão leste<br />

como um filho do pecado, a lei estava fora <strong>de</strong>le, precisava <strong>de</strong> um mestre para trazê-lo ao<br />

Cristo. A lei era executada com extrema severida<strong>de</strong>, isto é, olho por olho, <strong>de</strong>nte por <strong>de</strong>nte.<br />

Cada transgressão resultava num castigo justo, e o homem encontrava-se circunscrito em<br />

todas as direções por leis que lhe or<strong>de</strong>navam que fizesse as coisas certas e refreasse as más<br />

ações. Porém, quando através do sacrifício e do serviço, ele tiver finalmente atingido o<br />

estágio <strong>de</strong> evolução representado pela Arca na Sala Oeste do Tabernáculo, as Tábuas da<br />

Lei estarão DENTRO DELE. Estará, então, emancipado <strong>de</strong> toda interferência externa<br />

referente às suas ações, não porque cumpra rigorosamente as leis, mas porque trabalha<br />

com elas. Do mesmo modo como apren<strong>de</strong>mos a respeitar o direito <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> dos<br />

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