Iniciação Antiga e Moderna - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...
Iniciação Antiga e Moderna - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...
Iniciação Antiga e Moderna - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
CAPÍTULO III<br />
SALA LESTE DO TEMPLO<br />
Max Hein<strong>de</strong>l - <strong>Iniciação</strong> <strong>Antiga</strong> e <strong>Mo<strong>de</strong>rna</strong><br />
Depois <strong>de</strong> ter subido os primeiros <strong>de</strong>graus do caminho, o aspirante encontra-se em<br />
frente ao véu que pen<strong>de</strong> diante do templo místico. Aproximando-se <strong>de</strong>sse lado, ele entra na<br />
Sala Leste do Santuário, chamado Lugar Santo. Não havia janelas ou quaisquer aberturas<br />
<strong>no</strong> Tabernáculo para <strong>de</strong>ixar penetrar a luz do dia, mas esta sala nunca estava escura. Noite e<br />
dia era brilhantemente iluminada por lamparinas.<br />
Seu mobiliário era o símbolo do método pelo qual o aspirante podia adquirir o<br />
crescimento da alma pelo serviço. Consistia <strong>de</strong> três peças principais: o Altar do Incenso, a<br />
Mesa dos Pães da Proposição e o Can<strong>de</strong>labro <strong>de</strong> Ouro, do qual procediam as luzes.<br />
Não era permitido ao israelita comum entrar nesse lugar sagrado e nem contemplar<br />
os objetos. Ninguém, a não ser o sacerdote, podia passar pelo véu exter<strong>no</strong> e entrar nessa<br />
primeira sala. O Can<strong>de</strong>labro <strong>de</strong> Ouro estava colocado na parte sul do Lugar Santo, <strong>de</strong> modo<br />
que se encontrava do lado esquerdo da pessoa que estivesse <strong>no</strong> meio da sala. Era<br />
inteiramente <strong>de</strong> ouro puro e constituído <strong>de</strong> um braço ou coluna central que se elevava <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
a base, da qual saíam seis braços. Esses braços começavam em três pontos diferentes da<br />
haste e arqueavam-se em três semicírculos <strong>de</strong> diâmetros diferentes, simbolizando os três<br />
períodos anteriores <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento (Períodos <strong>de</strong> Satur<strong>no</strong>, Solar e Lunar) pelos quais o<br />
homem passou antes do Período Terrestre, que estava, então, a me<strong>no</strong>s da meta<strong>de</strong>. Este<br />
último período era representado pela sétima luminária. Cada um dos sete braços terminava<br />
numa lâmpada suprida com o mais puro azeite <strong>de</strong> oliva, elaborado por um processo<br />
especial. Ao sacerdote era exigido não permitir que nenhuma luz se apagasse <strong>no</strong><br />
Can<strong>de</strong>labro. Todos os dias as lamparinas eram examinadas, limpas e abastecidas com<br />
azeite, e assim podiam manter-se acesas perpetuamente.<br />
A Mesa dos Pães da Proposição estava colocada ao lado <strong>no</strong>rte da sala, a fim <strong>de</strong><br />
estar à mão direita do sacerdote quando este se dirigisse ao segundo véu. Doze pães sem<br />
fermento eram continuamente mantidos sobre a mesa. Eram colocados em duas pilhas, um<br />
pão sobre o outro, e em cima <strong>de</strong> cada pilha havia, uma pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incenso.<br />
Esses pães eram chamados os Pães da Proposição ou pão da face, porque eram colocados<br />
solenemente naquela mesa diante do Senhor que habita na Glória <strong>de</strong> Shekinah, atrás do<br />
segundo véu. Todos os sábados, os pães eram substituídos pelo sacerdote, sendo os velhos<br />
retirados e os <strong>no</strong>vos colocados <strong>no</strong> mesmo lugar. Os pães retirados eram comidos pelos<br />
sacerdotes e ninguém mais tinha permissão <strong>de</strong> prová-los. Também não era permitido comêlos<br />
em qualquer lugar fora do Santuário porque era consi<strong>de</strong>rado o mais sagrado <strong>de</strong> todos os<br />
alimentos, e unicamente podia ser consumido pelas pessoas consagradas e em terre<strong>no</strong> santo.<br />
O incenso que ficava sobre as duas pilhas dos pães era queimado na troca dos mesmos<br />
como uma oferta <strong>de</strong> fogo ao Senhor, como um memorial em lugar do pão.<br />
17