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Iniciação Antiga e Moderna - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...

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Max Hein<strong>de</strong>l - <strong>Iniciação</strong> <strong>Antiga</strong> e <strong>Mo<strong>de</strong>rna</strong><br />

realmente ajudar, <strong>de</strong>vemos transferi-lo do espaço do <strong>de</strong>serto para um lar <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso coração.<br />

Ao convertermo-<strong>no</strong>s <strong>no</strong> todo que aquele símbolo representa, teremos alcançado o<br />

verda<strong>de</strong>iro significado da espiritualida<strong>de</strong>.<br />

Comecemos a construir em <strong>no</strong>sso coração o Altar dos Sacrifícios, primeiramente<br />

para que nele possamos imolar <strong>no</strong>ssas más ações e também expiá-las na crucificação do<br />

remorso. Isto se realiza, <strong>no</strong> mo<strong>de</strong>r<strong>no</strong> sistema <strong>de</strong> preparação para o discipulado, por um<br />

exercício que se executa à <strong>no</strong>ite, e que foi cientificamente <strong>de</strong>signado pelos Hierofantes da<br />

Escola <strong>de</strong> Mistérios Oci<strong>de</strong>ntal para crescimento do aspirante <strong>no</strong> caminho que conduz ao<br />

discipulado. Outras escolas <strong>de</strong> mistérios ensinaram exercícios similares, mas este difere <strong>de</strong><br />

todos os métodos anteriores num ponto particular. Depois da explanação do exercício,<br />

daremos a razão <strong>de</strong>sta gran<strong>de</strong> e importante diferença.<br />

Este método especial tem um alcance tão duradouro e efetivo, que capacita as<br />

pessoas a apren<strong>de</strong>r agora, não somente as lições comuns da vida, mas a alcançar um<br />

<strong>de</strong>senvolvimento que, <strong>de</strong> outro modo, só po<strong>de</strong>ria ser atingido através <strong>de</strong> muitos<br />

renascimentos.<br />

A <strong>no</strong>ite, quando <strong>no</strong>s retiramos para <strong>de</strong>scansar, <strong>de</strong>vemos relaxar completamente o<br />

corpo. É muito importante que assim se faça, pois se alguma parte do corpo permanecer<br />

tensa, o sangue não po<strong>de</strong>rá circular livremente e ficará sob pressão. Como todo<br />

<strong>de</strong>senvolvimento espiritual <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do sangue, o esforço para atingir o crescimento<br />

anímico não será alcançado enquanto qualquer parte do corpo estiver sob tensão.<br />

Quando esse completo relaxamento é alcançado, o aspirante à vida superior começa<br />

a rever as cenas do dia, e essa retrospecção <strong>de</strong>ve ser iniciada com as ocorrências da <strong>no</strong>ite,<br />

<strong>de</strong>pois as da tar<strong>de</strong>, terminando com as da manhã, isto é, ele as revive em or<strong>de</strong>m inversa:<br />

primeiro as cenas da <strong>no</strong>ite, seguem-se as da tar<strong>de</strong> e por fim as da manhã. A razão disto é<br />

que <strong>no</strong> instante do nascimento, quando a criança inala a sua primeira respiração, o ar<br />

inspirado pelos pulmões carrega um quadro do mundo exterior e, conforme o sangue flui<br />

pelo ventrículo esquerdo do coração, cada cena fica gravada, minuto por minuto, <strong>no</strong> átomosemente<br />

ali localizado. Cada inspiração traz consigo <strong>no</strong>vas imagens que ficam gravadas<br />

naquele peque<strong>no</strong> átomo-semente, um registro <strong>de</strong> cada cena e <strong>de</strong> cada ação praticada durante<br />

toda a <strong>no</strong>ssa vida, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro alento até o último suspiro. Após a morte, esses<br />

registros formam a base <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa existência purgatorial. Sob as condições do mundo<br />

espiritual, sofremos dores <strong>de</strong> consciência tão agudas que são inacreditáveis. Sofremos pelos<br />

erros cometidos, e assim <strong>no</strong>s sentimos <strong>de</strong>sencorajados <strong>de</strong> repeti-los. Do mesmo modo, a<br />

alegria pelos bons atos praticados impele-<strong>no</strong>s a seguir o caminho da virtu<strong>de</strong> em vidas<br />

futuras. Porém, na existência “post-mortem”, esse pa<strong>no</strong>rama é revisto na or<strong>de</strong>m inversa a<br />

fim <strong>de</strong> mostrar primeiramente os efeitos e <strong>de</strong>pois as causas que as geraram. Isso para que o<br />

espírito possa apren<strong>de</strong>r como a Lei <strong>de</strong> Causa e Efeito funciona na vida. Por esse motivo, o<br />

aspirante, que está sob a orientação científica dos Irmãos Maiores da <strong>Rosacruz</strong>, recebe<br />

ensinamentos para realizar os exercícios <strong>no</strong>tur<strong>no</strong>s na or<strong>de</strong>m inversa, julgando-se<br />

diariamente e assim escapar do sofrimento do purgatório após a morte. Mas <strong>de</strong>vemos ter<br />

consciência <strong>de</strong> que não haverá mérito algum se contemplarmos passivamente os atos do<br />

dia. Não é suficiente rever uma cena em que tenhamos ofendido alguém e dizer<br />

simplesmente: “Sinto muito o que fiz, <strong>de</strong>sejaria nunca tê-lo feito”. Nesse momento,<br />

<strong>de</strong>veríamos consi<strong>de</strong>rar que somos o animal sacrificado jazendo sobre o Altar dos<br />

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