1823 Sant'Ana do Livramento - Filhos de Santana
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terreno da Capela <strong>de</strong>strói-se facilmente, por quanto o terreno com pra<strong>do</strong> para a Capela é<br />
diferente <strong>do</strong> que lhe foi vendi<strong>do</strong> e por conseguinte se o arrendatário não conhecia ser minha a<br />
proprieda<strong>de</strong> não arrendaria. E por último sen<strong>do</strong> preciso o Juiz Municipal proce<strong>de</strong>rá vistoria a<br />
vista das Escrituras ficam <strong>de</strong>cididas todas as dúvidas a custa <strong>de</strong> quem per<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda, pois lhe<br />
faço ver que o campo que lhe vendi foi <strong>do</strong> Câmara e o que <strong>de</strong>i para a Capela é o foi <strong>de</strong> José<br />
Pinheiro <strong>de</strong> Novilhar.<br />
Deus guar<strong>de</strong> a Vmce. mais anos.<br />
De Vmce. seu cria<strong>do</strong><br />
(Ass.) Antônio José <strong>de</strong> Menezes.”<br />
A sesmaria concedida a Luciano Pinheiro foi medida e <strong>de</strong>marcada regularmente<br />
em março <strong>de</strong> <strong>1823</strong>, pelo agrimensor, também chama<strong>do</strong> na época “piloto”, Jo~o José<br />
da Câmara, no que foi auxilia<strong>do</strong> pelo chama<strong>do</strong> ajudante da corda, Belarmino Pereira<br />
Fortes.<br />
<strong>1823</strong> - Carlos Alberto Potoko - 72 -<br />
A Padroeira <strong>de</strong> Sant’Ana <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong><br />
Nos vin<strong>do</strong>uros anos <strong>do</strong> então lugarejo, foram dadas várias versões<br />
para o nome da nossa cida<strong>de</strong>, mas a mais aceita e que encerrou <strong>de</strong><br />
vez todas as especulações, foi a da fusão <strong>de</strong> duas <strong>de</strong>nominações. Em<br />
30 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>1823</strong>, foi erguida a capela sob a invocação <strong>de</strong> Nossa<br />
Senhora <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong> (Nossa Srª. Do Rio Par<strong>do</strong> ou ainda <strong>do</strong> Bom<br />
Despacho). Pouco tempo mais tar<strong>de</strong>, por volta <strong>de</strong> 1834, a fazen<strong>de</strong>ira<br />
Anna Ilha <strong>de</strong> Vargas, <strong>do</strong>a à cida<strong>de</strong> nascente, uma imagem da Santa<br />
Anna com a condição <strong>de</strong> que a povoação tomasse o nome da nova<br />
santa. Como a <strong>do</strong>a<strong>do</strong>ra, que era uma fazen<strong>de</strong>ira<br />
influente e muito estimada, por reverência e importância <strong>do</strong> ato na época,<br />
o lugar passou a chamar-se Santa Anna. Aconteceu, porém, que com o<br />
costume <strong>de</strong> há muitos anos a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>do</strong><br />
<strong>Livramento</strong> já estar consagrada, essas <strong>de</strong>nominações, <strong>de</strong> caráter oficial<br />
fundiram-se geran<strong>do</strong> uma terceira <strong>de</strong>nominaç~o: “Sant’Anna <strong>do</strong><br />
<strong>Livramento</strong>” Depois, por lei provincial <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1848, o Curato<br />
foi eleva<strong>do</strong> à Paróquia, já com o nome composto. Mais tar<strong>de</strong>, o lugar foi<br />
eleva<strong>do</strong> à categoria <strong>de</strong> Vila, a seguir, a Cida<strong>de</strong> com o mesmo nome até<br />
1938, quan<strong>do</strong> um Decreto-Lei, nº 311, veio simplificá-lo para apenas,<br />
<strong>Livramento</strong>. Mais tar<strong>de</strong>, pela lei estadual nº 3308, <strong>de</strong> 13-12-1957, o<br />
município passou a <strong>de</strong>nominar-se <strong>de</strong>finitivamente como Sant’Ana <strong>do</strong><br />
<strong>Livramento</strong>.