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1823 Sant'Ana do Livramento - Filhos de Santana

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Como prova, a Câmara <strong>de</strong> Verea<strong>do</strong>res, tratan<strong>do</strong> da distribuição <strong>de</strong> terrenos em carta<br />

enviada ao Presi<strong>de</strong>nte da Província em 12 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1858, diz:<br />

“Ilmo Exmo. Sr. – Em cumprimento a Portaria <strong>de</strong> V. Exa. sob nº 6 <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> abril último,<br />

or<strong>de</strong>nan<strong>do</strong> a remessa <strong>de</strong> uma relação <strong>do</strong>s terrenos <strong>de</strong>volutos e cujo uso tem concedi<strong>do</strong> até o<br />

presente e <strong>de</strong> que trata o art. 2º, parágrafo 25, da Lei <strong>do</strong> Orçamento municipal nº 370 <strong>de</strong> 1857,<br />

esta Câmara Municipal passa a respon<strong>de</strong>r: Des<strong>de</strong> a instalação <strong>de</strong>sta Vila, a Câmara não tem<br />

concedi<strong>do</strong> o uso, propriamente dito, <strong>de</strong> terreno algum e mesmo enten<strong>de</strong>, que não po<strong>de</strong> fazer,<br />

porque vacila sobre o direito <strong>de</strong> fazer tais concessões, visto que antes da criação <strong>de</strong>sta Vila, nem a<br />

Câmara <strong>de</strong> Alegrete, resolveram sobre as petições que lhe foram en<strong>de</strong>reçadas. É exato, porém, que<br />

os terrenos, que fazem parte da meia légua <strong>do</strong>ada pelo fina<strong>do</strong> Antônio José <strong>de</strong> Menezes, para<br />

fundar esta povoação há trinta anos e cinco anos, então <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> particulares, pela maior<br />

parte segun<strong>do</strong>s, terceiros e quartos ocupantes.<br />

Deus Guar<strong>de</strong> a V. Ex.<br />

Sr. Conselheiro Ângelo Moniz da Silva Ferraz, Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sta Provincia.<br />

(Ass.)Verea<strong>do</strong>r Presi<strong>de</strong>nte Antônio Soares Coelho - Zeferino Candi<strong>do</strong> Ribeiro - Felipe Nery<br />

<strong>de</strong> Freitas Noronha - Bernar<strong>do</strong> Ferreira - Galvão Antônio <strong>de</strong> Souza.”<br />

No ano seguinte, tratan<strong>do</strong> da medição da meia légua <strong>de</strong> campo <strong>do</strong>ada em <strong>1823</strong>, em<br />

ofício en<strong>de</strong>reça<strong>do</strong> ao Presi<strong>de</strong>nte da Província, diz:<br />

“Ilmo e Exmo Sr. – Foi presente a esta Câmara o honroso ofício <strong>de</strong> V. Exa, data<strong>do</strong> <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong><br />

setembro fin<strong>do</strong> em que autorizava esta Câmara para po<strong>de</strong>r medir e <strong>de</strong>marcar a meia légua <strong>de</strong><br />

terreno que o cidadão Antônio José <strong>de</strong> Menezes <strong>do</strong>ou em <strong>1823</strong> para a fundação <strong>de</strong>sta freguesia, ao<br />

que esta Câmara tem a honra <strong>de</strong> participar a V. Exa. que ela só aguarda os esclarecimentos<br />

pedi<strong>do</strong>s em seu relatório a respeito da referida medição para principiá-la.<br />

Deus Guar<strong>de</strong> a V. Ex. por mais anos.<br />

Paço da Câmara Municipal em sessão Ordinária a 15 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1859.<br />

Ilmo e Exmo Sr. Conselheiro Joaquim Antão Fernan<strong>de</strong>s Leão - Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sta Província<br />

(Ass.) Verea<strong>do</strong>r Presi<strong>de</strong>nte Domingos Gomes Martins - Manoel José <strong>de</strong> Menezes - Israel<br />

Rodrigues <strong>do</strong> Amaral - José Melo Pacheco <strong>de</strong> Rezen<strong>de</strong>.”<br />

E finalmente, em carta que dirigiu a José Manoel <strong>de</strong> Mace<strong>do</strong> sobre um problema <strong>de</strong><br />

terras, em novembro <strong>de</strong> 1833, o próprio Antônio José <strong>de</strong> Menezes, confirma essa<br />

<strong>do</strong>ação, nos seguintes termos:<br />

“Senhor José Manoel <strong>de</strong> Mace<strong>do</strong> – Cachoeira, três <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> Mil oitocentos e trinta<br />

e três. Recebi a sua e sobre o seu conteú<strong>do</strong>, respon<strong>do</strong> que <strong>de</strong>ve chamar a conciliação o sujeito que<br />

se acha arrancha<strong>do</strong> no campo que me comprou quan<strong>do</strong> ele não queira sair por bem <strong>de</strong>ve<br />

<strong>de</strong>mandá-lo perante o Juiz Municipal da Vila <strong>de</strong> Alegrete por ação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejo em virtu<strong>de</strong> da<br />

Escritura <strong>de</strong> arrendamento que passei, por quanto fin<strong>do</strong>u o prazo estipula<strong>do</strong> na dita Escritura, eu<br />

podia fazê-lo ajuizan<strong>do</strong> a Escritura, e como este direito lhe assiste por virtu<strong>de</strong> da compra que me<br />

fez po<strong>de</strong> igualmente como proprietário que hoje é <strong>do</strong> terreno fazê-lo <strong>de</strong>spejar. A duvida <strong>de</strong> ser o<br />

<strong>1823</strong> - Carlos Alberto Potoko - 71 -

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