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1823 Sant'Ana do Livramento - Filhos de Santana

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O primeiro local escolhi<strong>do</strong> para o povoa<strong>do</strong> foram as terras entre <strong>do</strong>is braços <strong>do</strong> Ibirapuitã,<br />

cedidas pelo sesmeiro Antonio José <strong>de</strong> Menezes. Porém, outros sesmeiros procuraram <strong>de</strong> todas<br />

as formas afastarem a povoação <strong>de</strong> suas estâncias. Foi tentada a fundação <strong>do</strong> povoa<strong>do</strong> na<br />

v|rzea <strong>de</strong> Sant’Anna, que <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> as péssimas condições <strong>do</strong> terreno, a i<strong>de</strong>ia não progrediu.<br />

Então foi escolhi<strong>do</strong> em <strong>de</strong>finitivo como lugar, a Coxilha Gran<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> logo se transferiram os<br />

poucos habitantes da várzea. O terreno fazia parte da sesmaria <strong>de</strong> Luciano Pinheiro, que não<br />

tar<strong>do</strong>u em ce<strong>de</strong>r, por lhe ser <strong>de</strong> obrigação, em virtu<strong>de</strong> das condições impostas aos sesmeiros,<br />

<strong>de</strong> em suas extremida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> campos em meia légua em quadro, para a edificação <strong>de</strong> povoa<strong>do</strong>.<br />

Os primeiros habitantes tomaram a peito a construção da Capela e distribuição <strong>do</strong>s terrenos<br />

urbanos, mas como era lei da Igreja, a Capela <strong>de</strong>pendia <strong>de</strong> uma licença superior Eclesiástica.<br />

<strong>1823</strong> - Carlos Alberto Potoko - 65 -<br />

A data <strong>de</strong> fundação <strong>de</strong> <strong>Livramento</strong><br />

Aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a diversos pedi<strong>do</strong>s e ao requerimento<br />

que lhe en<strong>de</strong>reçou o sesmeiro Antonio José <strong>de</strong><br />

Menezes e também assina<strong>do</strong> por vários<br />

proprietários. O Vigário Geral interino, João<br />

Batista Leite <strong>de</strong> Oliveira Salga<strong>do</strong>, conce<strong>de</strong>u a<br />

licença requerida para a edificação no Distrito <strong>de</strong><br />

São Diogo (atual Local), da Capela Nossa<br />

Senhora <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong> no dia 30 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong><br />

<strong>1823</strong>, data essa sancionada como fundação oficial<br />

<strong>de</strong> Sant’Ana <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong>. A seguir, a transcriç~o <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento com grafia da época, o qual<br />

está arquiva<strong>do</strong> no Museu Municipal David Canabarro:<br />

João Batista Leite <strong>de</strong> Oliveira Salga<strong>do</strong>, professo na Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cristo Examina<strong>de</strong>n Sinodal <strong>do</strong><br />

Bispa<strong>do</strong> Juiz <strong>de</strong> Casamentos Justificações e Resíduos, Provisor e Vigário Geral Interino <strong>de</strong>sta<br />

Província <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul por sua Excellencia Reverendíssima et cetera – Aos que esta minha<br />

Provisão virem: saú<strong>de</strong> e paz em o Senhor – Faço saber qe. aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> eu o qe. por sua petição<br />

retro me representaram Antonio José <strong>de</strong> Menezes e outros mora<strong>do</strong>res no distrito <strong>de</strong> Santa Maria e<br />

São Diogo, Fronteira da Villa <strong>de</strong> Rio Par<strong>do</strong> nêste Bispa<strong>do</strong> e Província hei por bem lhe conce<strong>de</strong>r<br />

licença como pela presente minha provizam lhes conce<strong>do</strong> pella parte qe. pertence a Autorida<strong>de</strong><br />

Ordinária <strong>do</strong> Bispa<strong>do</strong> pr. qe. possam erigir na forma <strong>do</strong>s Sagra<strong>do</strong>s Canones, uma Capella com a<br />

invocação <strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong>, a qual terá Patrimônio ou Dote constitui<strong>do</strong> pr. qe.<br />

possa gozar o titulo <strong>de</strong> Capella qe. requerem e a erigirão no lugar mais cômo<strong>do</strong> e Central ao<br />

aprazimento <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ereta será visitada e benta na forma <strong>do</strong> Ritual Romano pello<br />

Reveren<strong>do</strong> Pároco respectivo ao qual <strong>do</strong>u comissão, pr. qe. <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> edificada a dita Capella a<br />

visite e aprove achan<strong>do</strong> os Altares em forma <strong>de</strong>cente e com o mais necessário relicário pr. a<br />

celebração <strong>do</strong> Santo Sacrifício da Missa e mais officios Divinos.

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