1823 Sant'Ana do Livramento - Filhos de Santana
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nesse quadro que, em 1935, as células comunistas instaladas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> Exército <strong>de</strong>flagraram a<br />
chamada Intentona. Meteórica, a rebelião foi <strong>do</strong>minada, e seus lí<strong>de</strong>res militares, presos, dan<strong>do</strong><br />
o primeiro argumento ao Getúlio Vargas para implantar o Esta<strong>do</strong> Novo com a <strong>de</strong>cretação da<br />
Constituição <strong>de</strong> 1937, apelidada <strong>de</strong> A Polaca. Essa constituição autoritária foi impulsionada<br />
também pela arregimentação política promovida pelo integralismo, o mesmo integralismo que<br />
fracassaria na tentativa <strong>de</strong> um golpe <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> contra Getúlio Vargas em 1938. Na época, o<br />
governo plantou a <strong>de</strong>núncia <strong>de</strong> um “terrível plano comunista” (Plano Cohen) que ameaçava a<br />
or<strong>de</strong>m institucional, possibilitan<strong>do</strong> a criação da ditadura varguista que perdurou até 1945.<br />
Com a <strong>de</strong>rrubada <strong>de</strong> Washington Luís, outros próceres<br />
da República Velha são presos e exila<strong>do</strong>s. No dia 3 <strong>de</strong><br />
novembro <strong>de</strong> 1930, a Junta Militar Provisória passou o<br />
po<strong>de</strong>r a Getúlio Vargas, (que vestia farda militar pela<br />
última vez na vida), encerran<strong>do</strong> a chamada República<br />
Velha. No discurso <strong>de</strong> posse, Getúlio estabelece 17<br />
metas a serem cumpridas pelo Governo Provisório. Na<br />
mesma hora, no centro da cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />
solda<strong>do</strong>s gaúchos cumpriam a promessa <strong>de</strong> amarrar<br />
os cavalos no obelisco da Avenida Central, atual Avenida Rio Branco, marcan<strong>do</strong><br />
simbolicamente o triunfo da Revolução <strong>de</strong> 1930.<br />
A organização social e política local na era Vargas<br />
Quem anda pelas ruas da nossa cida<strong>de</strong><br />
hoje, não tem i<strong>de</strong>ia da penúria que os<br />
santanenses viveram para se<br />
organizarem social e politicamente. As<br />
raízes <strong>do</strong> atual sindicalismo brasileiro<br />
surgiram com a Revolução <strong>de</strong> 30 sob a<br />
inspiração direta <strong>de</strong> Getúlio Vargas.<br />
Vitoriosa, a revolução criou o Ministério<br />
<strong>do</strong> Trabalho e, logo <strong>de</strong>pois, em 1931, um<br />
<strong>de</strong>creto regulamentava a “sindicalizaç~o<br />
das classes patronais e oper|rias”. A<br />
criação das juntas <strong>de</strong> conciliação e<br />
julgamento esteve sempre ligada à<br />
ascensão <strong>do</strong>s sindicatos <strong>de</strong> patrões e <strong>de</strong><br />
emprega<strong>do</strong>s. Tais juntas, hoje extintas,<br />
eram presididas por um juiz e haviam si<strong>do</strong> concebidas para colocar frente a frente, nos<br />
conflitos sociais, representações obrigatórias <strong>do</strong> capital e <strong>do</strong> trabalho.<br />
<strong>1823</strong> - Carlos Alberto Potoko - 143 -