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1823 Sant'Ana do Livramento - Filhos de Santana

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Os trata<strong>do</strong>s: Utrecht (1715) Garanti<strong>do</strong><br />

pela rainha Ana da Inglaterra, em<br />

resumo concediam-se anistia geral,<br />

facilitavam-se as mudanças <strong>de</strong><br />

mora<strong>do</strong>res e <strong>de</strong>volvia-se Sacramento<br />

aos portugueses. - Madrid (1750)<br />

Como os espanhóis respeitaram por<br />

pouco tempo Utrecht, procuraram<br />

regularizar o litígio a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> o<br />

princípio <strong>de</strong> ut possi<strong>de</strong>tis, o qual<br />

Portugal <strong>de</strong>volvia à Espanha a Colônia<br />

<strong>do</strong> Sacramento em troca <strong>do</strong> território<br />

situa<strong>do</strong> ao norte <strong>do</strong> Ibicuí, isto é, o<br />

território <strong>do</strong>s Sete Povos das Missões.<br />

– El Par<strong>do</strong> (1761) Apesar da boa intenção o trata<strong>do</strong> <strong>de</strong> Madrid também não foi bem acolhi<strong>do</strong>,<br />

foi anula<strong>do</strong> o <strong>de</strong> 1750 e <strong>de</strong>volvia <strong>de</strong> novo Sacramento a Portugal. – Santo Il<strong>de</strong>fonso (1777)<br />

Assina<strong>do</strong> pela rainha luso Maria I com as duas cortes, assegurava paz perpétua entre as duas<br />

nações para que a navegação <strong>do</strong>s rios da Prata e <strong>do</strong> Uruguai e os terrenos das duas margens<br />

pertencessem à Coroa da Espanha. Portugal perdia novamente Sacramento e também o<br />

território das Missões. - Badajoz (1801) Foi estabeleci<strong>do</strong> que Portugal ficasse <strong>de</strong>finitivamente<br />

com os territórios conquista<strong>do</strong>s das Missões <strong>do</strong> Uruguai sem estipular nenhuma restituição<br />

conquistada in<strong>de</strong>vidamente.<br />

Ent~o o território situa<strong>do</strong> entre o arroio “Chuí” e o rio da Prata ficou<br />

incorpora<strong>do</strong> ao Vice-Reino <strong>do</strong> Prata. Quan<strong>do</strong>, porém, a Família Real<br />

Portuguesa, fugin<strong>do</strong> das tropas napoleônicas que invadiram Portugal, veio<br />

para o Brasil porque o trono Espanhol <strong>de</strong> Carlos III foi entregue a José<br />

Bonaparte, irmão <strong>de</strong> Napoleão, a Banda Oriental <strong>do</strong> Uruguai viu ameaçada<br />

essa união com as outras Províncias Platinas. Nesse clima a Princesa<br />

Carlota Joaquina, esposa <strong>de</strong> D. João e irmã <strong>de</strong> Fernan<strong>do</strong> VII, alegan<strong>do</strong><br />

direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa da família ao <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> Rio da Prata, manifestou o<br />

<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> anexá-lo ao Brasil. O mari<strong>do</strong> concor<strong>do</strong>u e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1815 as tropas<br />

lusas começaram a percorrer o território uruguaio para a anexação. O<br />

gran<strong>de</strong> patriota D. José Gervásio Artigas resistiu bravamente até 1821. D. João VI, convenci<strong>do</strong><br />

da anexação, envia um exército comanda<strong>do</strong> por Carlos Fre<strong>de</strong>rico Lecor para ocupar o<br />

território uruguaio por luso-brasileiros. Os contrários tiveram <strong>de</strong> aceitar a incorporação ao<br />

Brasil com o nome <strong>de</strong> Província Cisplatina. Embora lhes fossem respeita<strong>do</strong>s a língua e os<br />

costumes, os hispano-uruguaios jamais aceitaram a anexação. Quan<strong>do</strong> da proclamação da<br />

in<strong>de</strong>pendência <strong>do</strong> Brasil em 1822, as tropas luso-brasileiras se dividiram porque uns aceitaram<br />

a in<strong>de</strong>pendência <strong>do</strong> Brasil, como o Lecor, os outros não.<br />

<strong>1823</strong> - Carlos Alberto Potoko - 12 -

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