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1823 Sant'Ana do Livramento - Filhos de Santana

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Dom Pedro II em Sant’Ana <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong><br />

D.Pedro II governou <strong>de</strong> 1840, quan<strong>do</strong> foi antecipada sua maiorida<strong>de</strong> até<br />

1889, ano em que foi <strong>de</strong>posto com a proclamação da república brasileira. O<br />

fim da escravidão resultou no apoio explícito <strong>do</strong>s ricos fazen<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> café<br />

ao republicanismo. Apesar <strong>de</strong> não haver no Brasil qualquer <strong>de</strong>sejo pela<br />

mudança na forma <strong>de</strong> governo, os republicanos passaram a pressionar o<br />

Exército e seu principal lí<strong>de</strong>r, o Marechal Deo<strong>do</strong>ro da Fonseca, a <strong>de</strong>rrubar a<br />

monarquia. Em 9 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1889, um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> oficiais se<br />

reuniu no Clube Militar, presidi<strong>do</strong> por Benjamin Constant, e <strong>de</strong>cidiu realizar<br />

o golpe <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> para <strong>de</strong>rrubar a monarquia. D. Pedro é, ainda hoje, um<br />

<strong>do</strong>s políticos mais admira<strong>do</strong>s <strong>do</strong> cenário nacional, e é lembra<strong>do</strong> pela <strong>de</strong>fesa<br />

à integrida<strong>de</strong> da nação, ao incentivo à educação e cultura, pela <strong>de</strong>fesa à<br />

abolição da escravidão e pela diplomacia e relações com personalida<strong>de</strong>s internacionais e foi<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um príncipe filósofo. D. Pedro II é personagem fundamental na História <strong>do</strong> Brasil, responsável<br />

pela consolidação da integrida<strong>de</strong> <strong>do</strong> território nacional e por passar à socieda<strong>de</strong> brasileira eleva<strong>do</strong>s valores<br />

<strong>de</strong> tolerância e <strong>de</strong>mocracia que estão presentes até hoje.<br />

Em 11 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1865, proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Uruguaina, chegou { Sant’Ana,<br />

o Impera<strong>do</strong>r D.Pedro II, ten<strong>do</strong> os mais calorosos aplausos e as mais<br />

elevadas distinções. O acompanhava, Gaston d'Orléans, Count of Eu, neto<br />

<strong>de</strong> um rei na França, a saber, tornou-se príncipe Imperial consorte no<br />

Brasil por seu casamento com a princesa Isabel Cristina Leopoldina <strong>de</strong><br />

Bragança, filha <strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Brasil Dom Pedro II, <strong>de</strong>screve em seu<br />

diário <strong>de</strong> viagem <strong>de</strong> Gastão <strong>de</strong> Orleans, Con<strong>de</strong> D’Eu. Os santanenses<br />

enfeitaram as ruas para receber o sábio monarca mostran<strong>do</strong> alegria e<br />

admiração ao soberano <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os brasileiros. – *Viagem Militar ao Rio Gran<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> Sul – Con<strong>de</strong> d’Eu – Coleção Brasiliana – volume – 61 – pg. 192 a 200, encontra-se os registros da visita <strong>de</strong> D.<br />

Pedro II em Sant’Ana <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong>:<br />

Dia 08 <strong>de</strong> outubro – Às 5 horas, missa. Em seguida partimos para Sant’Ana <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong> na<br />

direção <strong>do</strong> S.S.E. Vai-se por uma coxilha que <strong>de</strong>ixa muito para a esquerda o curso arboriza<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Ibirapuitan.<br />

A comitiva imperial consta infelizmente a menos o excelente Dr. Meirelles. A primeira<br />

marcha, <strong>de</strong> Uruguaiana ao Touro Passo, a tal ponto o fatigou que no dia seguinte teve <strong>de</strong> ficar no<br />

Ibirocahí (gente <strong>do</strong> lugar). Tornamos a vê-lo em Alegrete, mas logo teve <strong>de</strong> se recolher ao leito;<br />

promete que tão <strong>de</strong>pressa se restabeleça, se irá juntar ao impera<strong>do</strong>r em Bagé, in<strong>do</strong> por São<br />

Gabriel, on<strong>de</strong> tem or<strong>de</strong>ns a dar.<br />

Augusto aparece com um poncho <strong>de</strong> verão, branco com risquinhos azul celeste. Fica<br />

<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> esse traje pelo seu nome: quan<strong>do</strong> começa a fazer muito calor para que se possa continuar<br />

a usar o poncho <strong>de</strong> lã, o gaúcho elegante substitui-o por outro, feito <strong>de</strong> uma fazenda leve <strong>de</strong><br />

algodão e seda. Há os inteiramente brancos, e outros amarelos; mas a maior parte tem listras,<br />

<strong>1823</strong> - Carlos Alberto Potoko - 102 -

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