ANTIJESUÍTISMO EUROPEU: RELAÇÕES POLÍTICO ...

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Königsegg-Rothenfeis, 3 8 7 junto do rei D. José. 3 8 8 Uma carta semelhante do arcebispo de Colónia e príncipe eleitor, em Julho do mesmo ano, reiterava o pedido. 3 8 9 Como informação a dar, sabe o embaixador português na Corte de Viena que Maria Teresa se empenhava por dois jesuítas austríacos, como seus amigos, não como seus súbditos. 3 9 0O diplomata português não pôde confirmar, a Maria Teresa, a informação acerca dos jesuítas prisioneiros. 3 9 1 Em Dezembro de 1766, o encarregado de negócios e secretário da embaixada imperial em Lisboa, Johann Keil, 3 9 2 recebeu ordem para intervir em favor da libertação de onze jesuítas, enquanto vassalos austríacos. De Janeiro a Abril de 1767, Keil exerceu, então, diplomacia activa junto de Pombal, em defesa dos jesuítas presos. 3 9 3 Por detrás da acção de libertação estava Kaunitz, que não via mais nenhuma aplicação jurídica que justificasse a continuação na prisão. 3 9 4 A 10 de Julho de 3 8 7 1761-1784. Arcebispo de Colónia; 1762-1784, bispo-príncipe de Münster: Gatz 231 ss. Königsegg-Rothenfeis foi caracterizado, por Viena, como partidário da Corte imperial: Braubach 350s, 3 8 8 AHDMNE Caixa 1, maço IA. príncipe eleitor de Colónia, Maximiliano Frederico para o rei D. José I, 23.IV. 1767: «... nobis fide digne relatum esse. quod Electoratüs, ac Archidiocoeseos nostrae subditi, Ordini societatis lesu adscripti Patres. P. Laurentius Kaulen, P. loannes Breüer. Fr. Iacobus Müller et P. Rutgerus Hundt, sive Rogerius Canisius, (...) captivi ibidem in hodiernum usque diem detineantur.» 1 8 9 AHDMNE Caixa 1. maço IA. príncipe eleitor Maximiliano Frederico para o rei D. José I. 18.VII.1767. 3 9 0 ANTT MNE Cx. 516, Andrade e Castro para Cunha, 11.VII.1767: «Sim ouvira que a Imperatriz Rainha se intheressava a favor de dois Jezuítas austríacos, não reclamando-os como seus vassallos, mas rogando por amizade.» 3 9 1 ANTT MNE Cx. 516, Andrade e Castro para Cunha, 11 .VII. 1767: «Que não estava em estado a dizer-lhes fosse verdade, pois não sabia nessa mathéria que o haverce dispersado essa notícia em Vienna.» 3 9 2 Entre 1759-64 e 1765-68, Keil foi encarregado de negócios e representante diplomático de Viena em Lisboa: Matsch 120; Winter, Repertorium 86. 3 9 3 Keil para Kaunitz, 3.II. 1767: «In Verfolg dessen, was ich Euer fürstlichen Gnaden wegen der Anliegenheit der hier als Jesuiten in Vcrhaft befindlichen k.k. Landeskinder — einberichtet habe, soll ich nun unterthänigst nachzutragen nicht entstehen: daß ich bereits unverfänglich mit Herrn Conde d'Oeyras darüber gesprochen.. ., ob und wie weit wohl etwas unanstössig für ihre Befreiung zu unternehmen oder zu hoffen sein könnte»: cit. segundo Duhr, Pombai 154s. 3 9 4 Kaunitz para Keil, 14.III.1767: «Aus Eurem... letzten Berichtschreiben vom 3. verflossenen Monats habe ich gerne ersehen, daß zu der baldigen Befreiung der von mir untern 20.December benannten elf Jesuiten gegründete Hoffnung

1767 procedeu-se à libertação da prisão de um total de 37 jesuítas, entre eles Jakob Graff, Johann Koffler, Jakob Müller e Karl Przikril, pertencentes às Províncias de língua alemã da Companhia. 1 9 5 Em finais de 1768, o príncipe eleitor de Colónia enviou, para Portugal, uma carta de agradecimento pela libertação de Müller, e pedindo igual tratamento para Kaulen, Hundt e Breuer, «tot suspiriis gemitibusque exoptata libertate donati non sunt». 3 9 6 Em Janeiro de 1767, em S. Julião da Barra, 397morriam dois jesuítas — Fay e Wolff — e, em Abril de 1773, Rötger Hundt. 3 9 8 Uma nova intervenção do diplomata vienense, em 1772, em defesa dos restantes jesuítas de territórios austríacos foi infrutífera. 3 9 9 Em Setembro de 1773 foi feita a leitura do Breve papal que suprimia a Companhia de Jesus, mas, ao mesmo tempo, tornado claro que isso não representava nenhum fundamento para a libertação da prisão. 4 0 0 Para os jesuítas que permaneciam em S. Julião, e noutras cadeias, o tempo de cárcere terminou apenas após a morte do rei D. José (Fevereiro de 1777). anscheine, (...). Und da ich nicht glaube, daß einer vorgedachter Jesuiten sich eines Verbrechens, so dessen Zurückbehaltung veranlassen sollte, schuldig gemacht habe: so sehe ich deren sämmtlicher Befreiung und mir davon zu ertheilender Nachricht mit ehestem entgegen»: cit. segundo Duhr, Pombai 156. 3 , 5 BNL Cod. 4550 (Notícias dos Jesuítas) p. 541s: «Em 10 de Julho de 1767 forão mandados para Roma os seguintes... o P. Diogo Graff, o P. João Coffler, o P. Carlos Preskril, o Ir. Jacob Muller.» Cf., também, Eckart 163s, que apenas menciona a libertação de Graff e Müller. Kaulen sabe dos 37 companheiros presos, libertados em 10 de Julho; nega, contudo, que estivessem também entre eles jesuítas alemães: BNL Cod. 7997, p. 83. 3 9 6 AHDMNE Caixa 1, maço IA, príncipe eleitor de Colónia, Maximiliano Frederico para o rei D. José I, 16.XII. 1768. 3 9 7 BNL Cod. 4550, p. 539s: «Falecidos nos cárceres de São Julião: o P. David Fay, German Ungr. Maran. em 12 de Janeiro de 1767, o P. Francisco Wolf, Germ. Maran. em 24 de Janeiro de 1767.» Cf. Eckart 157-160. 3 9 8 BNL Cod. 4550, p. 540: «... o P. Rogério Canísio, Brazil, em 6 de Abril de 1773.» 3 9 9 Para a correspondência diplomática, nestes anos, entre Lisboa e Viena, cf. Duhr, Pombal 158-162. 4 0 0 Moritz Thoman, na sua autobiografia, acerca do 9.IX. 1773: «An diesem Tage las der Schreiber uns sowohl den für uns so schrecklichen Machtspruch des Vatikans als auch eine Erklärung des Königs vor, durch welche uns bedeutet wurde, daß wir ungeachtet der gänzlichen Aufhebung unseres Ordens noch ferner in den Kerkern zu verbleiben hätten»: cit. segundo Duhr, Auslandselmsucht 68s.

1767 procedeu-se à libertação da prisão de um total de 37 jesuítas,<br />

entre eles Jakob Graff, Johann Koffler, Jakob Müller e Karl Przikril,<br />

pertencentes às Províncias de língua alemã da Companhia. 1 9 5 Em<br />

finais de 1768, o príncipe eleitor de Colónia enviou, para Portugal,<br />

uma carta de agradecimento pela libertação de Müller, e pedindo<br />

igual tratamento para Kaulen, Hundt e Breuer, «tot suspiriis gemitibusque<br />

exoptata libertate donati non sunt». 3 9 6 Em Janeiro de 1767,<br />

em S. Julião da Barra, 397morriam dois jesuítas — Fay e Wolff — e, em<br />

Abril de 1773, Rötger Hundt. 3 9 8 Uma nova intervenção do diplomata<br />

vienense, em 1772, em defesa dos restantes jesuítas de territórios<br />

austríacos foi infrutífera.<br />

3 9 9<br />

Em Setembro de 1773 foi feita a leitura do Breve papal que<br />

suprimia a Companhia de Jesus, mas, ao mesmo tempo, tornado claro<br />

que isso não representava nenhum fundamento para a libertação da<br />

prisão. 4 0 0 Para os jesuítas que permaneciam em S. Julião, e noutras<br />

cadeias, o tempo de cárcere terminou apenas após a morte do rei D.<br />

José (Fevereiro de 1777).<br />

anscheine, (...). Und da ich nicht glaube, daß einer vorgedachter Jesuiten sich eines<br />

Verbrechens, so dessen Zurückbehaltung veranlassen sollte, schuldig gemacht habe:<br />

so sehe ich deren sämmtlicher Befreiung und mir davon zu ertheilender Nachricht<br />

mit ehestem entgegen»: cit. segundo Duhr, Pombai 156.<br />

3 , 5 BNL Cod. 4550 (Notícias dos Jesuítas) p. 541s: «Em 10 de Julho de 1767<br />

forão mandados para Roma os seguintes... o P. Diogo Graff, o P. João Coffler, o P.<br />

Carlos Preskril, o Ir. Jacob Muller.» Cf., também, Eckart 163s, que apenas menciona<br />

a libertação de Graff e Müller. Kaulen sabe dos 37 companheiros presos, libertados<br />

em 10 de Julho; nega, contudo, que estivessem também entre eles jesuítas alemães:<br />

BNL Cod. 7997, p. 83.<br />

3 9 6 AHDMNE Caixa 1, maço IA, príncipe eleitor de Colónia, Maximiliano<br />

Frederico para o rei D. José I, 16.XII. 1768.<br />

3 9 7 BNL Cod. 4550, p. 539s: «Falecidos nos cárceres de São Julião: o P. David<br />

Fay, German Ungr. Maran. em 12 de Janeiro de 1767, o P. Francisco Wolf, Germ.<br />

Maran. em 24 de Janeiro de 1767.» Cf. Eckart 157-160.<br />

3 9 8 BNL Cod. 4550, p. 540: «... o P. Rogério Canísio, Brazil, em 6 de Abril de<br />

1773.»<br />

3 9 9 Para a correspondência diplomática, nestes anos, entre Lisboa e Viena, cf.<br />

Duhr, Pombal 158-162.<br />

4 0 0 Moritz Thoman, na sua autobiografia, acerca do 9.IX. 1773: «An diesem<br />

Tage las der Schreiber uns sowohl den für uns so schrecklichen Machtspruch des<br />

Vatikans als auch eine Erklärung des Königs vor, durch welche uns bedeutet wurde,<br />

daß wir ungeachtet der gänzlichen Aufhebung unseres Ordens noch ferner in den<br />

Kerkern zu verbleiben hätten»: cit. segundo Duhr, Auslandselmsucht 68s.

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