ANTIJESUÍTISMO EUROPEU: RELAÇÕES POLÍTICO ...
ANTIJESUÍTISMO EUROPEU: RELAÇÕES POLÍTICO ...
ANTIJESUÍTISMO EUROPEU: RELAÇÕES POLÍTICO ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
tecário da Corte de Munique, Felix von Oefele, a sentença pronunciada<br />
no caso de Malagrida. 3 0 8 Töpsl apresentava legítimas dúvidas<br />
quanto à autenticidade dos escritos atribuídos a Malagrida, e ficou na<br />
expectativa da reacção da Companhia de Jesus. 3 0 9 Pouco antes, ainda,<br />
tinha Tõpsl comunicado ao cónego agostinho Trombelli, em Bolonha,<br />
a sua confusão de sentimentos, após a leitura do caso Malagrida. 3 1 0<br />
Manifestava o seu pesar pela sorte do «infelicis Loyolitae Malagrida»:<br />
Tõpsl arrepiara-se com a leitura.<br />
3 1 1<br />
Em Janeiro de 1762, Tõpsl transmitiu a Oefele o juízo do tempo<br />
de que os dominicanos portugueses teriam a responsabilidade da<br />
sentença de morte do mártir Malagrida. 3 I-Em Feverreiro de 1765,<br />
Tõpsl assinalou a Steigenberger — o segundo correspondente de<br />
Polling dos cónegos agostinhos portugueses — a sua crítica perante a<br />
pouca credibilidade da exposição antijesuíta do caso Malagrida. 3 1 3<br />
m BStB Clni 26439. foi. Ill, Tõpsl para Oefele, 17.X11.I76I: «Sententiam<br />
inquisitionis Lusilaniae in infelicem Malagridam, quam attentè perlegi, ocyüs ut<br />
cupis. iterum remitto.» Cf., para o que segue, a inexacta interpretação de van<br />
Dülmen, Töpsl 206 (também 206 nota 21). aí com certeza sem texto comprovativo.<br />
3 0 9 BSlB Clin 26439. foi. 111. Tõpsl para Oefele, 17.XII.1761: «Multa ex<br />
hypocritae hujus stultiloquiis et prophetiis didici. quae unquam dici posse haud<br />
credideram, et adhuc dubito, an non has stultas prophetias de proposito finxerint in<br />
cárcere, ut iudices suos a delicto principali male suasi regicidii deflecteret ad<br />
similia, ulut non minus impia. Quid autem ad hoc aliquando dicturi sint socii ejus,<br />
avidissime exspecto.»<br />
3 , 0 BStB Clm 26439, foi. lOBv. Tõpsl para Trombelli, 29.XI.1761: «Hoc<br />
momento accipio et lego relationem executionis P. Malagridae una cum litteris<br />
Abbatis Platelii. et gallicè scriptis, et pro quantum obstupesco, admiror, haereo!»<br />
3 1 1 BStB Clm 26439, foi. 110v, Tõpsl para ?, 15.XII.1761: «Vidi et legi his<br />
diebus processum verbalem infelicis Loyolitae Malagridae, et obstupui haeseruntque<br />
comae. Punctum satis.» Cf., para o cepticismo de Tõpsl acerca das acusações contra<br />
os Jesuítas, van Dülmen, Töpsl 208.<br />
3 1 2 BStB Clm 26439, foi. U7v, Tõpsl para Oefele, 20.1.1762: «Novi attulêre<br />
mihi, quam quod acclusa de P. Malagrida, jam martyre, habet epistola. Ita enim et<br />
haud alio vocábulo appcllabat ilium, laudatus jam pro-episcopus utpote non nisi ex<br />
invidia à patribus Dominicanis ad rogum damnatum.» O informador era um bispo<br />
auxiliar de Paderborn, que de passagem havia pernoitado em Polling.<br />
3 1 3 Töpsl para Steigenberger, 28.11.1765: «Si vera sunt, quae de Lusitanis et<br />
Gallis in hac dicuntur. praeeipue de P. Malagrida viro saneto. et qui iam dudum<br />
miracula patravit, innocentcr occiso, ... necesse est, alterutram partem mentiri<br />
horrendum»: cit. segundo van Dülmen. Aufklärung 1711s. Töpsl refere-se, aqui, a<br />
uma obra anónima, provavelmente de proveniência jesuíta, que na declaração de<br />
Malagrida claramente se distinguia do conteúdo de «Pragmatische Geschichte des<br />
Ordens der Jesuiten», de Harenberg, adversário dos jesuítas.