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ANTIJESUÍTISMO EUROPEU: RELAÇÕES POLÍTICO ...

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dibilidade devido à ausência de confirmação por parte do seu informador<br />

Fonseca. 3 0 3 Na sua resposta, Fonseca mostra-se prudente<br />

quanto às acusações dirigidas contra Pombal, e deixa em aberto o<br />

possível regresso dos jesuítas a Portugal.<br />

Até à extinção da Companhia, em 1773, a questão jesuíta não é<br />

tema da correspondência regular dos cónegos agostinhos, entre a<br />

Baviera e Portugal. Concebida como puro intercâmbio entre eruditos,<br />

os acontecimentos políticos são apenas referidos à margem. Interessam,<br />

principalmente, questões de organização científica, novidades<br />

do mercado livreiro, assim como notícias da Ordem.<br />

Pode-se concluir — através do resultado obtido da correspondência<br />

dos eruditos bávaros e portugueses — da oposição de Töpsl aos<br />

jesuítas? Nesse caso, que papel tiveram os acontecimentos ocorridos<br />

em Portugal?<br />

Van Dülmen tentou fazer crer que Töpsl teria defendido um firme<br />

antijesuítismo. 305 Os dois documentos por ele mencionados não estão<br />

a meio caminho de ser exactos. i n 6Em Setembro de 1761, Töpsl não<br />

saudou a expulsão dos jesuítas de Portugal em 1759, como van<br />

Dülmen quer fazer crer. 3 0 7 Além disso, Töpsl havia obtido do biblio-<br />

joj ANTT MsL 1101, foi. 283v, Steigenberger para Fonseca, 20.V11.1780: «Toutes<br />

nos gazettes étoient emplies des nouvelles de Lisbonne, dont je ne croys jamais un mot.<br />

Elle disoit, que le Marquis de Pombal avoit avoué, que tous ceux, qui avoient été livrés<br />

à l'échaffaut, étoient innocents aussi bien, que les Jésuites, qui seront bientôt rétablies<br />

dans le royaume. Comme Vous n'en marquez rien, ce seront de faux bruits.»<br />

5 0 4 BStB Clm 26451, fol. 205r, Fonseca para Steigenberger. 30.IX. 1780: «Après<br />

la mort du Roi de Portugal D. Joseph 1 la Reyne sa fille a fait mettre en liberté ...<br />

toutes les personnes, soit des fidalgues, soit des religieux qui à cause de lui étaient<br />

en prison. On a fait retiré le Marquis premier Ministre pour le bourg de Pombal,<br />

pris le vasser contre lui; on dit qu'on l'a trouvé coupable en quelques faits, et digne<br />

d'être puni, mais jusqu'à présent il n'y a rien de nouveau, et de se que les Jésuites<br />

retourneront pour cet royaume de Portugal.»<br />

3 0 5 Cf. van Dülmen, Töpsl 201-223.<br />

3 0 6 As palavras de Töpsl, que van Dülmen, cm minha opinião, interpretou<br />

erradamente, foram, com ajuda do original (BStB Clm 26439) analisadas na sua<br />

importância para Portugal.<br />

3 0 7 Cf. van Dülmen, Töpsl 206. O trecho insignificante para van Dülmen, em:<br />

BStB Clm 26439, foi. 69v, Töpsl para Michael Kuen, diz: «Quae de Jesuitis statuit<br />

VI Augusti Parlamentum Parisiense, postquam complures virorum Societatis hujus<br />

celeberrimorum libros vulcano ratione tyrannicidij ab illis defensi addixerat, haud<br />

dubie ipsus legeris in foliis Parisicnsibus authoritate publica impressis. Terribilem<br />

hanc sententiam brevi sequentur parlamenta alia.» Töpsl refere-se explicitamente à<br />

França; nem uma palavra sobre os acontecimentos em Portugal!<br />

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