17.04.2013 Views

ANTIJESUÍTISMO EUROPEU: RELAÇÕES POLÍTICO ...

ANTIJESUÍTISMO EUROPEU: RELAÇÕES POLÍTICO ...

ANTIJESUÍTISMO EUROPEU: RELAÇÕES POLÍTICO ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

tuguês acreditado em Viena, Andrade e Castro. Nos relatórios da<br />

embaixada, além das poucas referências à reforma das Universidades<br />

e dos estudos, é, contudo, excluída a vida académica e científica. O<br />

acesso à questão jesuíta — tal como se apresenta no intercâmbio<br />

cultural entre os países em que se propagou — deve, portanto, dar-se<br />

na base de outras fontes.<br />

Em parte impressa, e em parte apenas disponível em arquivo, a<br />

correspondência entre eruditos, na e sobre a actividade das Academias<br />

europeias, sob os aspectos escolhidos, deve ser submetida a uma<br />

revisão de acordo com a problemática formulada.<br />

O clima intelectual do espaço cultural bávaro orientava-se no<br />

sentido da aversão aos jesuítas, segundo os exemplos da Europa<br />

ocidental? As atitudes revolucionárias antijesuítas em Portugal<br />

manifestavam-se nas cartas? E finalmente: a Europa erudita da segunda<br />

metade do sec. XVIII tinha como característica inconfundível<br />

uma comum «paixão antijesuíta» («antijesuitischer Affekt» 2 3 9) que<br />

ultrapassava fronteiras?<br />

III.2.a. A Academia das Ciências da Baviera, 1759<br />

À primeira vista apresenta-se negativa à investigação arquivística<br />

a análise da existência de contactos entre as Academias científicas<br />

em Portugal 2 4 0 e na Baviera: entre as cartas para membros da<br />

Academia das Ciências da Baviera, no período de 1759-1804, não<br />

se pode provar a existência de nenhum correspondente do espaço<br />

ibérico. 241 A investigação recente sobre a fundação e primeira fase da<br />

história das Academias das Ciências da Baviera (Churbaierische<br />

Akademie) qualificou, portanto, com razão, a presença de sociedades<br />

eruditas 2 4 2 da Península Ibérica, no estreito círculo da Academia<br />

2 , 9 Assim formulado por Garms-Cornides 238, com respeito aos italianos na<br />

vida cultural de Viena.<br />

2 4 0 A Academia Real de História, fundada em 1720, tinha, no tempo de D. José,<br />

caído na insignificância; só em 1779 se seguiu o estabelecimento da Academia das<br />

Ciências de Lisboa: Castelo-Branco; Serrão, História V 426ss, VI 440ss. Ligações<br />

pessoais isoladas ao movimento das Academias em Espanha definharam, a partir de<br />

1756, com base na hostilidade aos jesuítas: Piwnik, Membres portugais 120-135; lista<br />

dos membros da Real Academia de História de Madrid: Kaufmann II, 648-682.<br />

2 4 1 Os meus agradecimentos ao Sr. Dr. Reinhard Heydenreuter, arquivista da<br />

Academia das Ciências da Baviera, pela sua informação escrita de 20.11.1991.<br />

2 4 2 Cf., para a história dos conceitos no movimento europeu das Academias<br />

como movimento de sociedades: Dickerhof, Gelehrte Gesellschaften 64-66.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!