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ANTIJESUÍTISMO EUROPEU: RELAÇÕES POLÍTICO ...

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em Junho de 1758, pelo contexto criado com a desavença diplomática<br />

entre Lisboa e Roma devido à questão jesuíta. 202<br />

Acompanhado do dominicano Pe. José de Jesus Maria Caetano, 203<br />

que levava consigo literatura antijesuíta, tinha chegado Henrique José<br />

de Carvalho e Melo a Roma. 2 0 4É provável, ainda que não provado, que<br />

na conversa entre Edlweck e o jovem estudante português, cujo pai era<br />

o primeiro-ministro de Portugal, tivessem sido abordados acontecimentos<br />

ocorridos no seu país. Durante a visita — que o rapaz de 11<br />

anos não terá feito sozinho — terá sido o teatino bávaro instruído<br />

acerca da questão jesuíta em Portugal, no sentido da política portuguesa?<br />

No Capítulo Geral, Edlweck foi nomeado para Superior dos<br />

Teatinos em Viena, 2 0 5 missão que desempenhou até Julho de 1760. 206<br />

Em Maio de 1760, o embaixador português informava, de Viena,<br />

acerca de um violento conflito — provocado por uma discussão<br />

sobre o probabilismo — entre teatinos e jesuítas, sendo estes acusados<br />

de defender o probabilismo. 207<br />

Assim, durante o tempo em que Edlweck foi o Superior dos<br />

Teatinos em Viena, também os teatinos austríacos haviam adoptado<br />

um procedimento mais duro contra os jesuítas. Se Edlweck foi, de algum<br />

modo, influenciado na sua atitude para com os jesuítas, mediante a troca de<br />

cartas entre os cardeais Johann Theodor e Spinelli (onde se tratava de uma<br />

tomada de posição semi-oficial sobre a questão jesuíta em Portugal depois<br />

do atentado), ou mediante o encontro com o filho de Pombal que estava<br />

em Roma, não será mais aqui tratada por falta de documentação.<br />

2 0 2 Para melhorar as relações políticas, a estadia do jovem Henrique, fora<br />

expressamente reclamada pelo Cardeal Secretário de Estado: Miller 63.<br />

2 0 1 Caetano «whom Oeiras had selectcd as tutor for his sons, was in Rome with<br />

Henrique de Carvalho». O dominicano foi, entre 1770 e 1782, bispo de Castelo<br />

Branco: Serrão, História VI, 114-118.<br />

2 0 4 Depreende-se de uma carta de um capuchinho italiano para o seu irmão em<br />

Milão, em tradução alemã, em: AOPJ 0-III-2I, n° 131. A viagem do dominicano é<br />

considerada como encargo para cumprir a missão antijesuíta de Pombal: «Er wäre<br />

nicht zufrieden, daß er die Jesuiten auf tausenderley weiß in dem reich Portugall<br />

unterdrücket und verschwärzet hat, sondern hat auch getrachtet, und trachtet noch<br />

selbige durch die ganze weit zuverleümden. Zu disem endt ist er aus Portugall nacher<br />

Rom gereiset, und hat mit sich in einer Reiss-truchen jene bücher geführet, so er<br />

auch in Latein hat druckhen lassen.»<br />

2 0 5 BayHStA Kschw. 15818, Edlweck para Barão Schroff, 18.V.1759.<br />

2 0 6 Cf. a carta de Joseph von Spergs, de Viena, para Lori, em Munique,<br />

5.VIL 1760: Spindler, Electoralis 281.<br />

207 ANTT MNE Cx. 514, Andrade e Castro para Cunha, U.V. 1760.

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