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ANTIJESUÍTISMO EUROPEU: RELAÇÕES POLÍTICO ...

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guardado. 8 8 Anteriormente, alguns decretos 8 9 haviam já cortado a<br />

sua ligação pessoal ao ensino a todos os níveis e, ao mesmo tempo,<br />

tinham introduzido uma reforma geral dos estudos. 90<br />

Novos compêndios de latim e grego haveriam de substituir os<br />

livros de ensino dos jesuítas. 91 Os mais importantes representantes do<br />

Iluminismo português, como António Nunes Ribeiro Sanches, 92Luís<br />

António Verney 9 3 e António Pereira de Figueiredo 9 4 redigiram as<br />

novas obras. Os oratorianos, 95 beneditinos 9Ae cónegos regrantes agostinhos<br />

97 tomaram o lugar dos jesuítas nas escolas e universidades.<br />

s* Isso depreende-se de uma caria, de 26.VI.1759, do núncio Acciaiuoli ao<br />

Secretário de Estado, cardeal Archinto. Em conformidade, o Secretário de Estado<br />

Cunha tinha já informado o núncio, a 3 de Abril, acerca da decisão de expulsar os<br />

jesuítas: Brazão. Pombal 352.<br />

8 9 As decisivas mudanças de orientação no funcionamento do ensino universitário<br />

realizaram-se entre 28.VI. e l .X. 1759; cf. os decretos, em: Costa. Universidade<br />

de Coimbra II, 1-39 (n° CCCXVII-CCCL1I).<br />

9" Como necessitado de reformas considerava-se menos os métodos de ensino<br />

na Universidade, e mais sobretudo nas «escolas menores»: Cruz 101; Gomes lOss;<br />

cf., fundamentalmente, para a Reforma dos «estudos secundários», o estudo de<br />

Andrade.<br />

9 1 Costa, Livros escolares; Piwnik, Échanges e'rudits 135-138.<br />

9 J A volumosa correspondência de Ribeiro Sanches (1699-1782) encontra-se<br />

na Biblioteca Nacional da Aústria: Hamann. Fontes valiosas 242s; Rocha; sobre o<br />

seu papel no Iluminismo português, cf. Cardozo 175-188; Costa, Debate jurídico 105.<br />

9 J É de Verney (1713-1792) a obra, publicada em 1746, «Verdadeiro Método<br />

de Estudar», na qual ataca os jesuítas portugueses enquanto menos evoluídos, do<br />

ponto de vista filosófico, em comparação com os membros dessa mesma Ordem em<br />

França e Itália: Martins, Verney 612-616; sobre o seu papel no Iluminismo português,<br />

cf. Cardozo 188-190.<br />

9 4 O canonista e oratoriano Pereira de Figueiredo, destacado representante do<br />

Iluminismo católico em Portugal, escreveu o manual «Novo Método da Gramática<br />

Latina»: Santos, Pereira de Figueiredo; Piwnik. Échanges érudits 289ss.<br />

9 5 Os oratorianos portugueses distanciaram-se, conscientemente, dos jesuítas,<br />

como «une congrégation qui cherche á s'assurer la suprématie en se réclamant des<br />

idées nouvelles»: cf. o comentário, de Piwnik (Ed.), O Anónimo 177, à edição das<br />

fontes.<br />

'"• Ramos, Pombal 114ss. Estatutos a condenar a escolástica e a elogiar a<br />

teologia iluminista tinham sido votados pelos beneditinos, ainda antes da reforma<br />

universitária pombalina.<br />

9 7 O Colégio Real de Mafra, dirigido pelos cónegos regrantes agostinhos, foi<br />

fundado em 1772 como complemento análogo ao Real Colégio dos Nobres, estabelecido<br />

em 1761. Ambos tomaram como sua tarefa, após a introdução de novas<br />

disciplinas canónicas, a formação de camadas dirigentes administrativas e militares<br />

para utilidade do Estado: cf. Serrão, História V. 250-253; Carvalho. Recurso 112.

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