Parte 1
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A PLATÉIA<br />
2 20 e 21 de setembro 2007<br />
A Semana Farroupilha Internacional no Rio<br />
Grande e a Semana do Patrimônio, no Uruguai,<br />
que vem integrando estas duas cidades há 5 anos,<br />
são muito mais do que simples recordações do<br />
passado, seja no lado uruguaio, sejam da Revolução<br />
Farroupilha - também conhecida por Guerra<br />
dos Farrapos - que eclodiu em 1935 no Rio<br />
Grande do Sul, resultando na declaração de independência<br />
da província como estado republi-<br />
Editorial<br />
cano, dando origem à República Rio-Grandense. usar os cavalos como meio de transporte, nem<br />
Oras, que nos detenhamos tão somente no lado bra- mesmo voltar a usar aqueles vestidões de<br />
sileiro, para uma análise precisa.<br />
prenda no dia-a-dia, o que se queria era mos-<br />
A própria Ronda Crioula, primeira Semana trar para os gaúchos que havia uma cultura<br />
Farroupilha realizada em 1947 na capital do Estado viva a ser mantida e uma boa parte a ser res-<br />
pelos alunos da Escola Estadual Júlio de Castilhos, atragatada, e que o Rio Grande não precisava abvés<br />
do seu Departamento de Tradições Gaúchas, desorver a Coca-Cola e os hambúrgueres amesejava<br />
muito mais do que apenas homenagear aquericanos, pois aqui havia o chimarrão e tamles<br />
que se destacaram como heróis desta peleia. Até bém o churrasco.<br />
porque, só a veneração Mas também está enganado quem acha que<br />
a homens "extraordiná- o tradicionalismo é um mero retorno ao pasrios<br />
por seus feitos sado, o resgate da cultura e a homogeneização<br />
guerreiros", não faria de valores e objetivos acarreta no fortaleci-<br />
com que as tradições mento dos laços de confiança de uma comuni-<br />
do gaúcho da campadade, ou seja, no aumento do capital social, o<br />
nha, (afinal de contas que qualquer estudioso das relações sociais diz<br />
a identidade do gaú- ser o diferencial para uma sociedade evoluir e<br />
cho remete ao homem se desenvolver econômica e socialmente.<br />
do campo) pudessem Assim, fica difícil imaginar que a Semana<br />
ser vivenciadas no Farroupilha Internacional é apenas um evento<br />
meio urbano, que era que relembra os atos heróicos de personagens<br />
um dos objetivos do históricos, ela é na verdade a materialização<br />
histórico Grupo dos de um movimento que ainda tem muito a con-<br />
Oito, conforme constribuir para o Estado do Rio Grande do Sul, e<br />
tam no documento o no caso específico, um evento que tem muito a<br />
Sentido e o Valor do contribuir para a Fronteira da Paz, seja na for-<br />
Tradicionalismo de ma de integrar cada vez mais estas cidades,<br />
autoria de Barbosa seja para firmar-se como um evento de nível<br />
Lessa.<br />
internacional capaz de atrair muito mais tu-<br />
Lógico que a idéia ristas do que o faz atualmente. Mas já pas-<br />
não era abolir os sou da hora do vir a ser, já é chegada à hora<br />
carros e passar a de ser e pronto!
A PLATÉIA 3<br />
20 e 21 de setembro 2007
A PLATÉIA<br />
4 20 e 21 de setembro 2007<br />
História Farrapa<br />
1- O Início<br />
A Revolução Farroupilha eclodiu na noite de 19/<br />
09/1835, quando Bento Gonçalves da Silva avançou<br />
com cerca de 200 "farrapos" (ala dos exaltados, que<br />
queriam províncias mais autônomas, unidas por uma<br />
república mais flexível) sobre a capital Porto Alegre<br />
(que na época possuía cerca de 14 mil habitantes)<br />
pelo caminho da Azenha (atual Avenida João Pessoa).<br />
2- As Causas<br />
A revolta deveu-se em função dos elevados impostos<br />
cobrados no local de venda (normalmente<br />
outros Estados) sobre itens (animais, couro, charque<br />
e trigo) produzidos nas estâncias do Estado.<br />
Charqueadores e estancieiros reclamavam, ainda, de<br />
outros impostos: sobre o sal importado e sobre a<br />
propriedade da terra.<br />
3- Porto Alegre<br />
Na época, Porto Alegre era um porto comercial, e<br />
não tinha razões para aderir à revolta. Seus comerciantes<br />
não comungavam com as idéias separatistas<br />
dos líderes da região da Campanha, por isso,<br />
rechaçaram os rebeldes, em 15/06/1836. Em função<br />
da fidelidade da capital ao império, recebeu o título<br />
de "Leal e Valorosa" em 19/10/1841, que permanece<br />
no seu brasão até os dias atuais.<br />
4- A República<br />
Fora da capital, os farroupilhas passaram a ter ex-<br />
A Revolução dos gaúchos<br />
pressivos êxitos. Na batalha do Seival (que fica no atual<br />
município de Candiota), o general Antônio de Souza Netto<br />
impôs fragorosa derrota ao legalista João da Silva Tavares,<br />
que possuía 170 combatentes a mais. No dia seguinte, em<br />
11/09/1836, Netto proclamou a República Rio-grandense, com<br />
sede em Piratini. Os farroupilhas mudaram a capital mais<br />
duas vezes: para Caçapava do Sul, em 1839; e para Alegrete,<br />
em julho de 1842.<br />
5- Os Barcos<br />
Em 1839, se junta ao exército farrapo o corsário italiano<br />
Giuseppe Garibaldi. Os farrapos precisavam, após 4 anos de<br />
combates, acesso à Lagoa dos Patos e ao Oceano, que eram<br />
bloqueados pelos imperialistas assentados em Porto Alegre<br />
e Rio Grande, respectivamente.<br />
Para romper o cerco, resolveram sublevar Santa Catarina,<br />
onde possuíam simpatizantes. Para tanto, decidiram tomar a<br />
estratégica cidade de Laguna. Para tanto, Garibaldi mandou<br />
construir dois enormes lanchões numa fazenda do atual<br />
município de Camaquã (que dista cerca de 125 km de Porto<br />
Alegre), que foram arrastados entre o atual município de<br />
Palmares do Sul e a foz do Rio Tramandaí (no atual município<br />
de Tramandaí) sobre carreta de 8 rodas, por cerca de 200<br />
bois. Em Araranguá, no Estado de Santa Catarina, o lanchão<br />
Rio Pardo naufragou; todavia, seguiram em frente com o<br />
lanchão Seival, comandados pelo americano John Griggs<br />
(apelidado de "João Grande").<br />
6- Laguna<br />
Em Laguna, os lancheiros, apoiados pela tropa de Davi<br />
Canabarro, obtiveram grande vitória; e anexaram a Província,<br />
em 29/07/1839, denominando-a República Juliana.<br />
Em Laguna, Garibaldi encontrou a costureira Ana<br />
Maria de Jesus Ribeiro, que veio a se chamar de Anita<br />
Garibaldi, que o acompanhou nas andanças da guerra,<br />
a cavalo (a casa natal de Anita permanece preservada).<br />
Anos mais tarde, Garibaldi voltou para a Itália,<br />
para lutar pela sua unificação; por isso, é conhecido<br />
como "herói de dois mundos". Os imperiais retomaram<br />
Laguna em 15/11/1839.<br />
7- Porongos 1<br />
Em 14/11/1844, os farroupilhas sofreram duro revés<br />
no Cerro dos Porongos, situado entre os atuais<br />
municípios de Piratini e Bagé. Nesta batalha, o coronel<br />
imperial Francisco Pedro de Abreu, o astuto<br />
"Moringue", destroçou os 1,1 combatentes de Davi<br />
Canabarro, que foram surpreendidos enquanto dormiam.<br />
O corpo de lanceiros negros, cerca de 100 homens<br />
de mãos livres tentaram resistir ao ataque, mas<br />
foram quase todos mortos. Também foram presos mais<br />
de 300 republicanos, entre brancos e negros, e 35<br />
oficiais.<br />
Em uma das versões deste fato, a culpa principal<br />
recaiu sobre "Chica Papagaia" (Maria Francisca<br />
Duarte Ferreira), que teria ficado entretendo o general<br />
Davi Canabarro dentro de sua barraca.<br />
8- Porongos 2<br />
Na outra versão cogita-se se que a matança dos<br />
lanceiros teria sido combinada com Canabarro para<br />
exterminar os integrantes, que poderiam formar bandos<br />
após o término da guerra, que já estava sendo<br />
tratado. A questão da abolição da escravatura, uma<br />
das condições exigidas pelos farroupilhas para a paz,<br />
entravava as negociações. A libertação definitiva dos<br />
ex-escravos combatentes, precipitaria um movimento<br />
abolicionista no resto do império, e a mão de obra<br />
escrava vinha mantendo a produção agrícola desde<br />
os tempos coloniais.<br />
Foi mencionada à época uma carta do barão de<br />
Caxias instruindo Francisco Pedro de Abreu a atacar<br />
o corpo de lanceiros negros e afirmando que tal situação<br />
teria sido previamente combinada com<br />
Canabarro. Esta carta foi mostrada em Piratini, a um<br />
professor ligado aos demais comandantes farrapos.<br />
A autenticidade desta carta foi questionada, e há a<br />
possibilidade de ela ter sido forjada nas hostes imperiais<br />
para desmoralizar Canabarro.<br />
O desastre dos Porongos levou Canabarro ao tribunal<br />
militar farroupilha. Com a paz o trâmite continuou<br />
na justiça militar do Império. O General Manuel<br />
Luís Osório, futuro comandante das tropas brasileiras<br />
na batalha de Tuiuti (durante a guerra do Paraguai)<br />
fez com que o processo fosse arquivado sem ter sido<br />
concluído, em 1866.<br />
9- A Paz<br />
A revolução durou quase 10 anos, sem vencedor e<br />
vencido. O tratado de paz foi assinado em Ponche<br />
Verde, pelo barão Duque de Caxias e o general Davi<br />
Canabarro, em 28/02/1845.<br />
Esse tratado veio atender uma série de reivindicações,<br />
principalmente em relação à obtenção de tratamento<br />
mais justo por parte do governo imperial.<br />
A epopéia da Revolução Farroupilha criou grandes<br />
heróis, mitos e símbolos; os ideais e sentimentos<br />
inexprimíveis dos revoltosos farroupilhas continuam<br />
presentes e expressos nos símbolos do Estado do<br />
Rio Grande do Sul, constituídos pelo título "República<br />
Rio-grandense", e o lema "liberdade, igualdade,<br />
humanidade" (dentro de uma nação brasileira).
A PLATÉIA 5<br />
20 e 21 de setembro 2007<br />
A origem do gaúcho<br />
O gaúcho é o nome dado aos nascidos<br />
no Rio Grande do Sul, ao tipo característico<br />
da campanha, ao homem<br />
que vive no campo, na região dos<br />
pampas. Até a metade do século XIX,<br />
o termo gaúcho era usado de forma<br />
pejorativa, sendo dirigido aos aventureiros,<br />
ladrões de gado e malfeitores<br />
que viviam nos campos.<br />
Resultado da miscigenação entre o<br />
índio, o espanhol e o português, o gaúcho,<br />
por viver no campo cuidando<br />
do gado, adquiriu habilidades de cavaleiro,<br />
manejador do laço e da<br />
boleadeira, aspectos que perfazem a<br />
tradição gaúcha. Sem patrão e sem lei,<br />
o gaúcho foi, inicialmente, nômade.<br />
Com o passar dos tempos, a partir do<br />
estabelecimento das fazendas de gado<br />
e com a modificação da estrutura de<br />
trabalho, foram alterados os seus costumes,<br />
tanto no trajar quanto na alimentação.<br />
Mais tarde, já integrado à<br />
sociedade rural como trabalhador especializado,<br />
passou a ser o peão das<br />
estâncias.<br />
Atuando como instrumento de fixação<br />
portuguesa no Brasil Meridional,<br />
o gaúcho contribuiu para a defesa das<br />
fronteiras com as Regiões Platinas,<br />
participando ativamente da vida política<br />
do país. A partir disso, o reconhecimento<br />
de sua habilidade campeira e<br />
de sua bravura na guerra fizeram com que o<br />
termo "gaúcho" perdesse a conotação pejorativa.<br />
Após a Revolução Farroupilha, o gaúcho<br />
passou a ser considerado sinônimo de<br />
homem digno, bravo, destemido e patriota.<br />
O gaúcho é definido pela literatura como<br />
um indivíduo altivo, irreverente e guerreiro.<br />
Às suas raízes, somaram-se as culturas negra,<br />
alemã e italiana, e de tantos outros povos<br />
que vieram construir, no Rio Grande do<br />
Sul, uma vida melhor.<br />
O povo gaúcho valoriza muito sua história<br />
e costuma exaltar a coragem e a bravura de<br />
seus antepassados, expressando, por meio<br />
de suas tradições, seu apego à terra e seu<br />
amor à liberdade.<br />
De bombacha o ano todo<br />
“O que importa é a essência do<br />
verdadeiro gaúcho”<br />
O uso da bombacha para muitos<br />
é durante o ano todo, e para outros<br />
é indispensável. Como para o aposentado<br />
Noé da Costa, 73 anos, que<br />
usa a pilcha o ano todo.<br />
Desde os 15 anos trabalhava em<br />
campanha onde realizada todo o serviço<br />
campeiro. Veio para a cidade<br />
com 68 anos por motivos de saúde.<br />
Conforme conta Noé, nunca deixou<br />
de lado o hábito de usar a<br />
bombacha, pois não se acostumou<br />
com outras roupas, já comprou,<br />
como calça jeans, mas presenteou<br />
o filho, pois não se habituou. Para<br />
Noé, o verdadeiro tradicionalista é<br />
o que realmente gosta, não só nas<br />
épocas festivas, quando muitos só<br />
se vestem de gaúcho e não sabem<br />
nem montar em um cavalo.<br />
“O que importa é a essência do<br />
gaúcho"-enfatizou Noé.<br />
Coleção<br />
Noé possui ainda uma ampla coleção<br />
de facas, as quais foi comprando<br />
e ganhando ao longo dos<br />
anos.<br />
Noé com a sua coleção de facas e os arreios, os<br />
quais guarda com muito carinho
A PLATÉIA<br />
6 20 e 21 de setembro 2007<br />
Lo que aprendió Garibaldi<br />
en el Río Grande del Sur<br />
No se si Domenico Induno se dio cuenta que estaba frente<br />
a un gaucho cuando pintó la escena de la entrevista entre<br />
Giuseppe Garibaldi y el Rey de Italia Víctor Manuel II, el 30<br />
de enero de 1875. El cuadro del pintor italiano, se encuentra<br />
en el Museo del Risorgimento, en la ciudad de Milán, muestra<br />
a Garibaldi, casi 50 años después de de sus andanzas por el<br />
Río Grande del Sur y Uruguay, vestido con el poncho tradicional<br />
de los gauchos de esta región del mundo. Imagínese,<br />
una entrevista con el Rey, uno iría con las mejores prendas<br />
de vestir. Garibaldi fue con lo que había incorporado a su<br />
personalidad, el ser gaucho.<br />
La profesora Susana Suárez, observadora de los<br />
personajes de la historia, señala que no fue lo único que<br />
Garibaldi incorporó a su personalidad en estas latitudes,<br />
"Aquí aprendió a ser caudillo", señala con la firmeza del que<br />
ve la historia construida por seres humanos, con sus virtudes<br />
e defectos, lejos de la ficción de hombres y mujeres<br />
perfectos.<br />
Garibaldi, hijo de pescadores oriundos de Liguria, nace en<br />
Niza, el 4 de julio de 1807, con los Alpes a la espalda y el<br />
Mediterráneo al frente y, como no podía volar, le bastó tener<br />
algo que flotara para desafiar al horizonte.<br />
Con 14 años ya estaba en la Escuela Marítima de Génova.<br />
Si bien estudió, se puede decir que fue autodidacta.<br />
Dice la leyenda que cuando el mediterráneo le resultó<br />
chico, desafió el Atlántico y llegó a Brasil. Pero es<br />
mucho más que eso: fue miembro de la sociedad secreta<br />
Los Carbonarios, se incorporó de lleno al<br />
Movimiento Joven Italia, liderado por Giuseppe<br />
Mazzini. El Mediterráneo lo llevó al Mar Negro, bajo<br />
las órdenes de hombres de mar, idealistas con sueños<br />
de libertad. Fue prisionero de piratas turcos, logró<br />
huir, luchó por la unificación de Italia.<br />
Con apenas 29 años, llega a Brasil con las ideas<br />
liberales de los masones de la época, no para dar lo<br />
que le sobraba, ofreció la vida, era lo único que tenía.<br />
El mundo estaba en ebullición, eran tiempos de los<br />
grandes soñadores, la monarquía resistía en Europa<br />
he insistía en América con Pedro I. Pocos años antes,<br />
Antonio José de Sucre había derrotado a los<br />
españoles en Ayacucho. Llega a una América en plena<br />
batalla contra el colonialismo, que recién triunfa,<br />
en el mundo, durante la segunda mitad del siglo XX,<br />
con la liberación de África. En un proceso rico en<br />
peculiaridades, ve como se van formando las repúblicas,<br />
aún en medio de luchas por el poder.
A PLATÉIA 7<br />
20 e 21 de setembro 2007<br />
Concepto de Libertad<br />
Al llegar, me imagino al joven Garibaldi, recibir un<br />
choque muy fuerte. El sentido de libertad de un marino,<br />
no sólo está en su pensamiento, en su formación, lo<br />
lleva en los genes, se lo da el mar, que desafía y no pone<br />
barreras invencibles para derrotar al horizonte. Llega y<br />
no hay mar, lo que desafía es la tierra y, al igual que en el<br />
mar, el horizonte aparece provocador. Por primera vez,<br />
seguramente, entre él y el horizonte, ve el verde de la<br />
pampa riograndense. Quizás por primera vez, durmió sin<br />
más techo que las estrellas escuchando el crepitar del<br />
fuego en la fogata, acostado sobre un pelego. Alguien le<br />
habrá arrimado un poncho para cubrirse de alguna helada,<br />
el mismo que usó para cubrirse, pues siempre usaba la<br />
misma ropa, no tenía para cambiarse. Vio en el caballo la<br />
posibilidad de "navegar la tierra", apreció la diferencia<br />
entre un barco y un ser con vida, descubrió que a las<br />
naves si las podía quemar. Vio como algunos hombres<br />
lograban la lealtad de muchedumbres sin necesidad de<br />
explicar o, ganarlas para alguna ideología. En su ser íntimo,<br />
comparaba el modelo de liderazgo Europeo, con el<br />
Professora Susana Suarez<br />
Americano. El primero basado fundamentalmente en una recompensa<br />
económica o en la fidelidad a una propuesta social, la<br />
defensa de un ideal. El segundo basado en la lealtad personal a<br />
alguien, al caudillo. Si bien había soldados, el ejército que se<br />
reunía, era más bien informal pero dispuesto. Y Garibaldi lo fue<br />
aprendiendo, poco a poco fue ganando la condición de caudillo<br />
que asimilaba de estos americanos del sur. Y se la llevó a Europa.<br />
No está claro si fue de él la idea de ponerle ruedas a los barcos<br />
para llevarlos desde la Barra de Cabiría a Foz de de Tramandaí. En<br />
el episodio conoció el poder del caudillo al cual la muchedumbre<br />
Sanguinetti Garibaldi y el Che<br />
En un homenaje a Giuseppe Garibladi, realizado en la Casa del<br />
Partido Colorado en Montevideo, el Dr. Julio María Sanguinetti<br />
lo comparó con Ernesto "Che" Guevara. Si bien lo intentamos,<br />
fue imposible acceder a la versión grabada de las palabras del ex<br />
presidente uruguayo, por eso no nos queda claro si el Dr.<br />
respondía sin tener demasiado claro que estaba haciendo.<br />
En la Batalla de Laguna, vio la capacidad de lucha de ese<br />
ejército mal armado y poco disciplinado si lo comparamos<br />
con los ejércitos europeos.<br />
En sus memorias que se publicaron dos años<br />
después de su muerte, el 2 de junio de 1882, sita a dos<br />
personajes del Río Grande del Sur a quienes considera<br />
los mejores jinetes que conoció: Antonio de Souza<br />
Neto, el mejor, y en segundo lugar su también amigo,<br />
Bento Gonzálves.<br />
Garibaldi con Víctor Manuel II<br />
El lienzo que reproduce esta fotografía, recrea la escena que tuvo lugar en Roma el 30 de enero de 1875, cuando el rey de Italia Víctor<br />
Manuel II recibió la visita del otrora enemigo suyo, el revolucionario nacionalista italiano Giuseppe Garibaldi. Éste aparece aquí<br />
apoyado en una de sus muletas, saludando al Rey, ataviado con la prenda que más le gustaba, el poncho gaucho. El cuadro es obra del<br />
pintor italiano del siglo XIX Domenico Induno y se encuentra en el Museo del Risorgimento, en la ciudad de Milán.<br />
Sanguinetti mencionó, cuando el "héroe de dos mundos"<br />
encabezó el ejercito de los Camisas Rojas en una<br />
batalla por la unificación de Italia. Entonces Giuseppe<br />
Garibaldi ya abrazaba las ideas socialistas que tuvieron<br />
fuerte incidencia en la historia del mundo años más tarde.