Marcos Abalde Covelo - Desvelando as mentiras de Feijoo
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<strong>Marcos</strong> <strong>Abal<strong>de</strong></strong> <strong>Covelo</strong><br />
querem aferrá-los ao rio, m<strong>as</strong> a vida é muito mais do que<br />
o granito d<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong>.<br />
A: o pesado é mais frágil do que aparenta, a água molda<br />
<strong>as</strong> montanh<strong>as</strong> segundo o seu <strong>de</strong>sejo e a vida continua e<br />
fai-se translúcida, vai e vem, atravessa túneis, gira, sobe,<br />
<strong>de</strong>rrama-se e regressa, sempre regressa.<br />
B: A meninha nom o sabe, m<strong>as</strong> abre <strong>as</strong> maos e pousa a terra<br />
que algum dia há-<strong>de</strong> cantar.<br />
A: Como imens<strong>as</strong> árvores a caírem sobre os ombros.<br />
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D: nada. este nom quer compreen<strong>de</strong>r? que fazemos? Partimos-lhe<br />
a cabeça?<br />
C: Melhor partimos-lhe <strong>as</strong> maos, <strong>as</strong>sim polo menos nom joga<br />
nem connosco, nem consigo mesmo.<br />
D: És um sentimental, colega.<br />
C: Pois, afinal um começa a lhes colher carinho.<br />
D: nom me estranha. Venhem <strong>de</strong>sses países que já se sabe.<br />
Chegam aqui e comportam-se como os macacos do zoológico.<br />
Atir<strong>as</strong>-lhes um par <strong>de</strong> amendoins e eles tam contentes.<br />
C: entom, Mohamed, como correu o dia? À saída do praça <strong>as</strong><br />
menopáusic<strong>as</strong> nom che atirárom algum amendoim?<br />
D: beat<strong>as</strong> <strong>de</strong> merda.<br />
C: Havia que matá-l<strong>as</strong> tod<strong>as</strong>.<br />
D: nom se darám <strong>de</strong> conta do mal que fam alimentando est<strong>as</strong><br />
best<strong>as</strong>.<br />
C: em qualquer momento po<strong>de</strong>m quebrar a gaiola. tu imagina-los<br />
em liberda<strong>de</strong> a queimarem carros e colégios?<br />
D: nem penses! nom fariam nada. estes nom compreen<strong>de</strong>m<br />
o que é isso. olha, Mohamed. Hoje que tenho um bom<br />
dia, vou-cho explicar eu. olha, trai para aqui essa maozinha.<br />
trai-na, caralho! que se nom vai ser pior... Gosto<br />
mais <strong>as</strong>sim. olha, Mohamed, a liberda<strong>de</strong> está em escolher<br />
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