17.04.2013 Views

O homem de Estado ateniense em Plutarco: o caso dos Alcméonidas

O homem de Estado ateniense em Plutarco: o caso dos Alcméonidas

O homem de Estado ateniense em Plutarco: o caso dos Alcméonidas

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Parte I<br />

vezes, não indicavam as suas fontes. Mas, se compararmos passos <strong>de</strong> Tucídi<strong>de</strong>s<br />

com alguns <strong>de</strong> <strong>Plutarco</strong> sobre o mesmo t<strong>em</strong>a, ainda que o historiador não seja<br />

mencionado, a sua inuência ca evi<strong>de</strong>nte.<br />

<strong>Plutarco</strong> não foi exceção. Da leitura atenta da sua obra, sobressai a<br />

presença constante da História da Guerra do Peloponeso, <strong>em</strong>bora as referências<br />

a ela n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre sejam explícitas. Como é sabido, os antigos não tinham a<br />

preocupação que t<strong>em</strong>os nos nossos dias com o rigor das citações, pois, muitas<br />

vezes, não indicavam as suas fontes. Mas, se compararmos passos <strong>de</strong> Tucídi<strong>de</strong>s<br />

com alguns <strong>de</strong> <strong>Plutarco</strong> sobre o mesmo t<strong>em</strong>a, ainda que o historiador não seja<br />

mencionado, a sua inuência ca evi<strong>de</strong>nte.<br />

No entanto, ao redigir as Vitae, o Queroneu não tinha por objetivo escrever<br />

uma obra <strong>de</strong> cariz historiográco 26 . Isso mesmo arma no passo (Alex. 1. (1-)2)<br />

que a seguir se transcreve:<br />

22<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

“(... se não relatarmos com gran<strong>de</strong> pormenor, um por um, cada feito célebre,<br />

mas <strong>de</strong>rmos apenas, para a maior parte <strong>dos</strong> <strong>caso</strong>s, um resumo, que não haja<br />

reclamações). Porque não é história que nos propomos escrever, mas biograa,<br />

n<strong>em</strong> é <strong>de</strong> forma alguma nas ações mais admiráveis que está a explicação da<br />

virtu<strong>de</strong> e do vício. Muitas vezes um pequeno feito, uma palavra, ou uma anedota<br />

reet<strong>em</strong> melhor a imag<strong>em</strong> do caráter do que combates mortíferos e do que as<br />

gran<strong>de</strong>s batalhas e cercos das cida<strong>de</strong>s.”<br />

É também um pouco essa a i<strong>de</strong>ia que nos ca da leitura do proémio da<br />

Vida <strong>de</strong> Galba (2. 5), on<strong>de</strong> corrobora que o relato exaustivo <strong>dos</strong> factos é da<br />

responsabilida<strong>de</strong> da :<br />

<br />

<br />

<br />

26 No entanto, por vezes, como que se esquece <strong>de</strong>sse seu propósito e acaba por agir como<br />

um verda<strong>de</strong>iro historiador: <strong>em</strong> Per. 12 e 13 alarga-se <strong>em</strong> pormenores que, <strong>em</strong>bora relaciona<strong>dos</strong><br />

com uma das <strong>de</strong>cisões mais importantes <strong>de</strong> Péricles – as obras <strong>de</strong> <strong>em</strong>belezamento <strong>de</strong> Atenas –,<br />

<strong>em</strong> nada contribu<strong>em</strong> para a <strong>de</strong>scrição do protagonista: refere-se aos artistas responsáveis pelos<br />

monumentos, às prossões intervenientes nas obras e aos materiais utiliza<strong>dos</strong>.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!