17.04.2013 Views

Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

actuais bebe<strong>do</strong>res e à diminuição <strong>do</strong> interesse pela sua redução por parte <strong>do</strong>s bebe<strong>do</strong>res<br />

excessivos. A acção publicitária, pode ainda influenciar o ambiente em que as atitudes <strong>do</strong><br />

público e as decisões políticas face ao álcool são definidas. O mesmo autor, acrescenta<br />

ainda que uma significativa "fatia" da publicidade referente ao álcool é especificamente<br />

dirigida aos jovens na su generalidade e com particular ênfase nas raparigas.<br />

As empresas publicitárias escolhem estrategicamente os pontos mais vulneráveis <strong>do</strong><br />

Homem de mo<strong>do</strong> a induzi-lo involuntariamente a beber. Como exemplo descreve-se uma<br />

situação ocorrida nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América, concretamente num cinema, em que no<br />

decorrer de um filme foi passada uma imagem de fun<strong>do</strong> da já conhecida Coca-Cola. No<br />

intervalo <strong>do</strong> filme a bebida esgotou-se por completo no bar <strong>do</strong> cinema, concluin<strong>do</strong>-se daí que<br />

os especta<strong>do</strong>res foram induzi<strong>do</strong>s inconscientemente a beber. É notório que a publicidade<br />

neste contexto pode considerar-se um atenta<strong>do</strong> aos direitos <strong>do</strong> Homem.<br />

O facto da publicidade reforçar a intenção de consumir poderá ainda fazer com que<br />

as campanhas de prevenção primária para o não consumo de bebidas alcoólicas se tornem<br />

ineficazes e insuficientes para alertar a população, já que os consumi<strong>do</strong>res primários serão<br />

induzi<strong>do</strong>s mais e em maiores quantidades, para o consumo, aumentan<strong>do</strong> desta forma as<br />

consequências nefastas de beber.<br />

MELLO e cols (2001), referem que a publicidade e alguns meios de promoção são<br />

incompatíveis com qualquer programa preventivo, deven<strong>do</strong> ser por isso severamente<br />

criticada e regulamentada. Contu<strong>do</strong>, análises feitas ao impacto que as campanhas para o<br />

não consumo de álcool fazem na população, deram um resulta<strong>do</strong> satisfatório, pois os índices<br />

de alto consumo começaram a baixar consideravelmente. Pode ainda dizer-se, que em<br />

alguns países onde a proibição de consumo de bebidas alcoólicas a a<strong>do</strong>lescentes foi<br />

legalmente aprovada e posta em vigor, se obteve uma diminuição bastante significativa <strong>do</strong><br />

número de acidentes de trabalho e viação.<br />

Quan<strong>do</strong> se fala em a<strong>do</strong>lescência, ressalta-nos de imediato a ideia de uma população<br />

saudável, isto porque, a taxa de mortalidade neste grupo de população é relativamente<br />

baixa. A OMS refere que “os a<strong>do</strong>lescentes <strong>do</strong>s países desenvolvi<strong>do</strong>s, junto com as crianças<br />

em idade escolar têm a mais baixa mortalidade <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>: o risco é morrer 1-2% por ano. A<br />

principal causa de morte é por acidentes e os seguintes são leucemia, tumores malignos e<br />

os suicídios” (CUNHA, 1998, p. 41). A melhoria das condições de vida, o incremento <strong>do</strong><br />

saneamento básico e <strong>do</strong> abastecimento de águas e a vacinação generalizada, são factores<br />

que têm permiti<strong>do</strong> reduzir de forma significativa a magnitude de infecções contraídas de<br />

forma passiva (PRAZERES, 2000ª).<br />

91

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!