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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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sen<strong>do</strong> atribuída a Osiris os conhecimentos sobre o fabrico <strong>do</strong> vinho; na mitologia greco-<br />

romana estava reserva<strong>do</strong> a Baco o <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> saber sobre o vinho; no velho testamento,<br />

Noé fabricou vinho e este papel foi desempenha<strong>do</strong> por Weechok na mitologia chinesa. O<br />

Vinho <strong>do</strong> Porto português, o Vinho de Bordéus, o Whisky escocês, a Cerveja holandesa, a<br />

Tequilla mexicana e o Sake japonês são bebidas sobejamente conheci<strong>do</strong>s. Em Chipre, a<br />

Zivania (bebida alcoólica destilada) é utilizada com inúmeros fins terapêuticos (tosse, gripe,<br />

dificuldades circulatórias, hipercolesterolémia...).<br />

Na Coreia, o Vinho Tradicional é confecciona<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> arroz e está dividi<strong>do</strong> em<br />

três categorias: Takju, yakju e soju, sen<strong>do</strong> o Yakju o que possui uma história mais rica e que<br />

é retratada em algumas obras. Ainda na Coreia e ten<strong>do</strong> por referência o seu uso, os vinhos<br />

podem ser classifica<strong>do</strong>s em Sangyongju: vinho para consumir durante to<strong>do</strong> o ano; Sesiju e<br />

Yakmiju: vinhos com utilização medicinal e Gineungju: vinho utiliza<strong>do</strong> em ocasiões<br />

especiais (ABREU, 2003).<br />

Desde o início da sua história o consumo de álcool esteve, intimamente liga<strong>do</strong> aos<br />

aspectos religiosos, económicos e sociais. Assim o referem BREDA (2000, p. 8), quan<strong>do</strong><br />

afirma que, “há três, quatro milénios, o vinho representava já, para além <strong>do</strong> seu valor<br />

económico, um protagonismo de natureza lúdica, social e religiosa" e REYNAUD (1987), ao<br />

referenciar que desde Noé até o perío<strong>do</strong> greco-romano, se encontram nos textos, a<br />

expressão artística, sinais que relatam as relações <strong>do</strong> Homem com a bebida, religiosos - o<br />

culto de Dionísio - durante as festividades.<br />

Na BÍBLIA SAGRADA (1978), pode ler-se como Noé, ten<strong>do</strong> bebi<strong>do</strong> vinho, se<br />

embriaga e se despe dentro da sua tenda. FIGUEIREDO (1996, p. 7), também diz que certas<br />

passagens bíblicas recomendavam os efeitos "reconfortantes" <strong>do</strong> vinho na mitigação da<br />

infelicidade, apresentan<strong>do</strong>-o como benéfico pessoal e social.<br />

Nomeadamente na religião Cristã, o vinho assume uma posição primordial, existin<strong>do</strong><br />

mais de 500 citações na Bíblia à vinha, sen<strong>do</strong> inclusivé transporta<strong>do</strong> à máxima dimensão<br />

divina quan<strong>do</strong> nas bodas de Canã e na ultima Ceia, Cristo eleva uma taça de vinho e se<br />

dirige aos apóstolos dizen<strong>do</strong> "... Isto é o meu sangue..." (LAMEIRAS e PINTO, 1999, p. 15).<br />

SOFIA (1988) e PIRES (1999), referem que nos países latinos, de forte tradição<br />

cristã, o vinho tem uma conotação bíblica e daí que, seja difícil considerá-lo como um mal<br />

sen<strong>do</strong> ainda mais difícil vê-lo como uma droga.<br />

Para FIGUEIREDO (1996), ainda hoje, este produto tem um papel simbólico<br />

importante nos cerimoniais religiosos cristãos. Na sua opinião, o uso <strong>do</strong> álcool não ficou<br />

limita<strong>do</strong> às práticas religiosas e expandiu-se para a sociedade, existin<strong>do</strong> registos relativos ao<br />

seu consumo e abuso nas civilizações chinesa, Egípcia, Hebraica, Grega e Romana. Muitas<br />

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