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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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• necessidade de quantidades crescentes da substância, para atingir a intoxicação ou o<br />

efeito deseja<strong>do</strong>;<br />

• diminuição acentuada <strong>do</strong> efeito com a utilização continuada, da mesma quantidade da<br />

substância.<br />

2 - Abstinência manifestada por qualquer um <strong>do</strong>s seguintes:<br />

• síndrome de abstinência característica da substância;<br />

• consumo da mesma substância (ou outra relacionada) para aliviar ou evitar os sintomas<br />

de abstinência.<br />

3 - A substância é frequentemente consumida em quantidades superiores ou por um perío<strong>do</strong> mais<br />

longo <strong>do</strong> que se pretendia.<br />

4 - Existe desejo persistente ou esforços, sem êxito, para diminuir ou controlar a utilização da<br />

substância.<br />

5 - É despendida grande quantidade de tempo em actividades necessárias à obtenção, e utilização da<br />

substância e à recuperação <strong>do</strong>s seus efeitos.<br />

6 - É aban<strong>do</strong>nada, ou diminuída, a participação em importantes actividades sociais, ocupacionais e<br />

recreativas.<br />

7 - A utilização da substância é continuada, apesar da existência de um problema persistente ou<br />

recorrente, físico ou psicológico, provavelmente causa<strong>do</strong> ou exacerba<strong>do</strong> pela utilização da substância.<br />

Especifica- se:<br />

• Com dependência fisiológica: evidência de tolerância/abstinência (presença de 1/2);<br />

• Sem dependência fisiológica: sem evidência de tolerância/abstinência (ausência de 1/2).<br />

Como se pode constatar, apenas os pontos (1) e (2) dizem respeito à dependência<br />

física. Os restantes 5 pontos dizem respeito a aspectos comportamentais e psicológicos.<br />

Para VILLARINO e cols. (2001), a utilização de 3 de 7 critérios permite 99 possíveis<br />

combinações, identifican<strong>do</strong>-se 175 pares de elementos sem nenhum sintoma em comum. Ou<br />

seja, de facto, esvaziou-se o conceito de um síndrome de dependência, claramente defini<strong>do</strong><br />

na versão III da classificação americana em 1980. Para<strong>do</strong>xalmente, as dependências<br />

comportamentais não são incluídas na lista das dependências e apenas o jogo patológico<br />

continua a manter a sua individualidade, mas na secção <strong>do</strong>s distúrbios <strong>do</strong> impulso, já se<br />

perfilam, à espera de uma possível inclusão futura, as adições às compras, sexo e internet.<br />

Deve dizer-se, que existe alguma dificuldade em aceitar esta generalização <strong>do</strong><br />

conceito de dependência a qualquer acto difícil de extinguir ou cuja prática seja censurável.<br />

É de recear que um certo proselitismo se substitua a uma investigação mais rigorosa.<br />

Também não parece que um conceito unitário de dependência, possa ajudar à melhor<br />

compreensão <strong>do</strong>s vários comportamentos considera<strong>do</strong>s aditivos. Será a nosso ver mais<br />

operacional estudar as interacções entre as substâncias e o organismo, por um la<strong>do</strong>, e<br />

avaliar as características <strong>do</strong> indivíduo que desenvolve comportamentos repetitivos marca<strong>do</strong>s<br />

pela compulsividade e impulsividade por outro.<br />

Daí a atribuição da valorização das concepções, como as <strong>do</strong> espectro obsessivo-<br />

compulsivo de Hollander, bem sintetizadas por MACEDO e POCINHO (2000). Hollander<br />

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