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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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A vida académica é detentora de algumas especificidades: turmas numerosas, o que<br />

suscita um forte anonimato, relação entre professor e aluno mais impessoal e um apoiam<br />

socio-afectivo inferior se compara<strong>do</strong> com graus de ensino anteriores (REGO, 1998). Face a<br />

esta nova realidade, alguns jovens, adaptam-se facilmente a este contexto escolar<br />

encontran<strong>do</strong> formas criativas e construtivas para lidar com a mudança, enquanto que outros,<br />

passam por dificuldades para enfrentar as novas exigências e desafios (ALMEIDA e cols<br />

(2000). Estes autores, consideram que o estudante é confronta<strong>do</strong> com a resolução<br />

simultânea de várias tarefas que se encontram divididas em quatro <strong>do</strong>mínios principais:<br />

• Domínio académico – envolve novas adaptações a novas estratégias de<br />

ensino/aprendizagem, de avaliação e de estu<strong>do</strong>;<br />

• Domínio social – envolve o desenvolvimento de novos padrões de relacionamento com<br />

os familiares, professores e colegas;<br />

• Domínio pessoal – envolve o desenvolvimento de um senti<strong>do</strong> de identidade, uma<br />

maior consciência de si próprio e uma visão pessoal <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>;<br />

• Domínio vocacional – envolve o desenvolvimento de uma identidade vocacional.<br />

Vários momentos dentro da vida académica de cada estudante, podem potenciar<br />

situações de crise e de vulnerabilidade e, neste contexto, o primeiro ano da universidade é<br />

considera<strong>do</strong> como um perío<strong>do</strong> crítico e determinante no desenvolvimento <strong>do</strong>s estudantes ao<br />

longo <strong>do</strong> seu percurso académico.<br />

2.1 - PRAXE/RITUAL ACADÉMICO<br />

A palavra Praxe, tem origem na palavra grega praxis e significa a prática das<br />

tradições, <strong>do</strong>s usos, costumes e mo<strong>do</strong> de agir, o que revela uma estrutura e regras que lhe<br />

são características. A praxis, está de tal mo<strong>do</strong> inserida no quotidiano que quan<strong>do</strong> alguém<br />

procede de certa forma só porque era espera<strong>do</strong>, devi<strong>do</strong> à mecânica <strong>do</strong>s comportamentos<br />

sociais de grupos, é frequente ouvir dizer: «… é da Praxe...».<br />

Contrariamente ao que se possa pensar, os verdadeiros propósitos e filosofia da<br />

praxe académica não é para menosprezar ou troçar <strong>do</strong> caloiro, mas para ajudar este recém-<br />

chega<strong>do</strong> ao Ensino Superior a integrar-se no ambiente universitário, a criar amizades e a<br />

desenvolver laços de sólida camaradagem que de outro mo<strong>do</strong> levaria bastante mais tempo a<br />

concretizar. É através da Praxe/Ritual, que o estudante desenvolve um profun<strong>do</strong> amor e<br />

orgulho pela instituição que frequenta.<br />

Para SILVA (2005), a praxe académica é regida por uma hierarquia onde as<br />

actividades são realizadas com base no bom senso e apresenta por ordem decrescente o<br />

Dux (o estudante que mais matriculas já efectuou), o Veterano, o Doutor Veterano, o Doutor,<br />

o Prastrano e o Caloiro (que acabou de entrar).<br />

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