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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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distintas. Se porventura o a<strong>do</strong>lescente pertencer a um grupo homogéneo, esse facto, traduz-<br />

se como consequência final num jovem isola<strong>do</strong>, cala<strong>do</strong> e egocêntrico, mas que favorece um<br />

corte com o exterior, levan<strong>do</strong> o a<strong>do</strong>lescente a conhecer-se melhor, à sua personalidade e à<br />

sua intimidade. A autora considera que a escola é, neste contexto, um parceiro importante e<br />

complexo, importante pela diversidade relacional, pelo acesso a novos contactos e pela<br />

disponibilização de novos saberes e complexo porque, não é escolhi<strong>do</strong> mas imposto, dada a<br />

obrigatoriedade da frequência escolar.<br />

A escola é o ponto de encontro entre a sociedade, passan<strong>do</strong> a ser o local de criação<br />

de novas pertenças. O a<strong>do</strong>lescente procura a sua identidade social e para o conseguir tem<br />

que se inserir num grupo. É da comparação com outros grupos que se desenvolve a<br />

identidade individual. O a<strong>do</strong>lescente, interage com os colegas, ven<strong>do</strong>-os como pertences ao<br />

seu grupo e simultaneamente sente-se pertencente a ele. É neste espaço educativo que<br />

ocorre a maioria das interacções, onde a diversidade relacional e a abertura a novos<br />

contactos e saberes permitem ao a<strong>do</strong>lescente adquirir novos valores, modelos e interesses<br />

necessários à solidificação e identificação da personalidade. Assim, a escola, pode ser vista<br />

como regula<strong>do</strong>ra social <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente e da sua própria socialização.<br />

Neste processo de socialização, os a<strong>do</strong>lescentes, tomam consciência das relações<br />

de amizades, da noção de escolha, afinidades e intimidades. Assim, o grupo, permite ao<br />

a<strong>do</strong>lescente a formação da sua identidade sexual através das interacções homossexuais<br />

que se vão transforman<strong>do</strong> até à heterossexualidade. Para as raparigas, há como que a<br />

procura de satisfação afectiva e uma partilha de prazeres íntimos e procuram grupos mais<br />

alarga<strong>do</strong>s. Para os rapazes a amizade também é importante, mas revestida com um<br />

significa<strong>do</strong> diferente, onde as relações de amizade são orientadas para a acção em comum<br />

(CLAES, 1985).<br />

De acor<strong>do</strong> com MELLO e MELLO (2003), os jovens reclamam quan<strong>do</strong> são solicita<strong>do</strong>s<br />

para acompanhar os pais a algum lugar. Discordam <strong>do</strong> tipo de roupas que a mãe escolheu e<br />

progressivamente vão pon<strong>do</strong> em causa os pais quan<strong>do</strong> opinam sobre as suas atitudes. Até<br />

aqui, o jovem, vivenciava muito bem a relação de "túnel", isto é, "filho e mãe", "filho e pai",<br />

agora, ele começa a desenvolver a relação "triangular” que passa a ser: "FILHO

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