17.04.2013 Views

Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

individualidade para que possam criar a sua própria autonomia (SAMPAIO, 1994). Contu<strong>do</strong><br />

ORIGLIA e OUILLON (1974) alerta-nos para o facto de serem por vezes os pais a favorecer<br />

os conflitos, quan<strong>do</strong> lhes estimulam exageradamente as ambições.<br />

Cabe à família formar um círculo, onde os a<strong>do</strong>lescentes encontrem a segurança,<br />

compreensão, bem-estar, amor, confiança mútua, objectivos comuns e alegria, onde o<br />

diálogo diminuirá to<strong>do</strong>s os conflitos e ressentimentos. É neste processo que surgirá a<br />

assimilação de novos padrões de comportamento e de novos posicionamentos traduzi<strong>do</strong>s<br />

por amadurecimento e crescimento e uma série de novas obrigações e responsabilidades<br />

que contribuem para a sua inserção e definição na comunidade e família (LEVISKY, 1995).<br />

As estruturas e equipamentos sociais de que hoje o jovem dispõe e que vão desde a escola<br />

aos espaços de lazer, contribuem significativamente para o processo maturativo e<br />

consequente bem-estar e qualidade de vida <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes (BLOS, 1998). Ao a<strong>do</strong>lescente<br />

deverá ser faculta<strong>do</strong> um ambiente calmo e afectivo, para que de uma forma progressiva<br />

possa conquistar a autonomia, adquirir o gosto de viver, consiga maior capacidade de<br />

adaptação para ultrapassar as dificuldades inerentes ao processo de desenvolvimento,<br />

viven<strong>do</strong> melhor consigo, com a família e com os problemas sociais. Uma vez que os papéis<br />

de uns e de outros são diferentes, os valores deverão prevalecer, privilegian<strong>do</strong> as relações<br />

familiares, partilhan<strong>do</strong> experiências e trocas afectivas visan<strong>do</strong> o equilíbrio familiar e social<br />

(BLOS, cita<strong>do</strong> por MARTINS, 1995).<br />

Cada jovem terá de adquirir as competências necessárias, para ser capaz de tomar<br />

decisões autónomas e produtivas, num incentivo permanente à cooperação e envolvimento<br />

<strong>do</strong>s diferentes subsistemas sociais tais como família, sociedade e escola.<br />

1.5. – O PAPEL DO GRUPO<br />

Ao longo <strong>do</strong>s tempos vem-se fazen<strong>do</strong> alusão ao papel <strong>do</strong> grupo de a<strong>do</strong>lescentes.<br />

CLAES (1985) aponta para a existência de <strong>do</strong>cumentos <strong>do</strong>s séculos XVII e XIX que mostram<br />

a existência de "ban<strong>do</strong>s" de jovens nas cidades. Desde que nascemos, necessitamos<br />

sempre de um ponto de partida para podermos crescer sadiamente. Enquanto bebés e<br />

durante toda a nossa infância a figura materna é a que nos acompanha, sen<strong>do</strong> para PINTO<br />

(1998, p.26) o primeiro modelo grupal pela “projecção/introjecção e respectivos processos<br />

identificatórios, a criança vai toman<strong>do</strong> conhecimento vinculativo com o mun<strong>do</strong> e alargan<strong>do</strong> as<br />

suas relações grupais". Porém, à medida que crescemos e entramos na a<strong>do</strong>lescência essa<br />

figura desvanece-se para dar lugar aos grupos de jovens.<br />

A transição <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> infantil para o esta<strong>do</strong> adulto consideran<strong>do</strong> as características<br />

psicológicas <strong>do</strong> processo evolutivo, sua expressividade e manifestações ao nível <strong>do</strong> seu<br />

61

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!