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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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1.4 - IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES ADOLESCENTE/FAMÍLIA<br />

A noção de família está profundamente ligada à cultura de cada povo, não haven<strong>do</strong><br />

por isso, um conceito universal. Varia consoante o tempo, as pessoas e a sociedade e é<br />

através dela que o ser humano entende a sociedade e entra em contacto com os outros<br />

grupos sociais. É o grupo social que fornece ao ser humano, vida e educação sen<strong>do</strong> de<br />

extrema importância na formação das novas gerações.<br />

CAPLAN, (1993) refere que as famílias são complexas unidades sociais, que<br />

interagem entre si, com os seus membros, com a sociedade em geral e satisfazem as<br />

necessidades de tipo biológico, psicossocial e económico <strong>do</strong>s seus membros individuais.<br />

Para SANTOS (1968, pág.51), a “família representa a instituição fundamental da sociedade.<br />

É o grupo social básico e nuclear e, ao mesmo tempo, o mais antigo e primitivo.<br />

Historicamente, a sociedade resultou da associação de famílias. O grupo familiar não<br />

constitui, porém, uma aproximação ocasional ou uma conjunção meramente biológica.<br />

Revela-se, ao contrário, como uma realidade social básica. Nela o indivíduo nasce,<br />

desenvolve-se, educa-se".<br />

COSTA e MELO (1999), afirmam que a família é um grupo que vive em comum sob o<br />

mesmo tecto, têm o mesmo sangue ou são parentes por aliança como por exemplo pessoas<br />

unidas pelo casamento, por afinidade ou por a<strong>do</strong>pção. DORON e PAROT (2001), defendem<br />

a noção de família como um grupo, que é uni<strong>do</strong> por laços transgeracionais e<br />

interdependentes, os quais, são fundamentais para a sua formação ao longo da vida.<br />

Como vimos anteriormente, a família, é o primeiro modelo grupal, mas à medida que<br />

o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente se expande, esta vai perden<strong>do</strong> o seu impacto, sem no entanto<br />

aban<strong>do</strong>nar o seu papel de primordial importância, encorajan<strong>do</strong>-o para a descoberta de novos<br />

potenciais no exterior, e constituin<strong>do</strong>-se numa base segura a que o jovem possa recorrer<br />

quan<strong>do</strong> necessário. NEVES (1995) advoga que os laços familiares para com os pais<br />

continuam, não cessam, ou seja, não existe uma desvinculação total, um cortar de relações.<br />

Estas relações estão em constante transformação o que permite um alargamento da<br />

vinculação a novas pessoas.<br />

MINUCHIN e FISHMAN (1990), são da opinião que a família é um grupo forma<strong>do</strong><br />

naturalmente, e que ao longo <strong>do</strong>s tempos desenvolve padrões de interacção que constituem<br />

a estrutura familiar, sen<strong>do</strong> esta que governa o funcionamento <strong>do</strong>s seus membros, facilita a<br />

sua interacção dá apoio e delineia o comportamento e as tarefas de cada membro. Para<br />

FLEMING (1993, p. 145) "as interacções no seio da família são factores muito influentes no<br />

desenvolvimento psicológico da criança e <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente”.<br />

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