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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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Os a<strong>do</strong>lescentes constituem um grupo de risco (SUBTIL 1990), pelo fácil<br />

acesso a comportamentos de risco sen<strong>do</strong> o consumo regular de bebidas alcoólicas<br />

(BARROSO, 2004), um factor preponderante na dimensão desse mesmo risco<br />

(MATOS, 1995 e PRAZERES, 2000b). No nosso estu<strong>do</strong> o sexo masculino apresenta<br />

estimativas de risco mais eleva<strong>do</strong>s que o feminino com diferenças significativas em<br />

ambas as fases de estu<strong>do</strong>.<br />

Como já foi referi<strong>do</strong> o aumento de consumo predispõe os jovens a riscos<br />

acresci<strong>do</strong>s, pois pequenas quantidades são suficientes para prejudicar o<br />

funcionamento de capacidades tais como a inteligência, memória, raciocínio e atenção<br />

pela sua progressiva acção tóxica (MELLO e BARRIAS, 1986 e BREDA, 2000).<br />

Dos da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s verificamos que 38.6% <strong>do</strong>s estudantes na primeira fase de<br />

estu<strong>do</strong> e 45.0% da segunda foram classifica<strong>do</strong>s de “alto risco”, com uma significativa<br />

prevalência nos <strong>do</strong>is momentos de estu<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> esta ainda maior nos rapazes que<br />

nas raparigas. Mas, ao compararmos a evolução da estimativa de risco, concluímos<br />

que na segunda fase se registou um maior índice na estimativa de risco global,<br />

resultante provavelmente das maiores estimativas de risco que foram observadas<br />

tanto nos rapazes como mas raparigas. Concluímos, com efeito, que <strong>do</strong>s 50.3% de<br />

estudantes que na primeira fase foram classifica<strong>do</strong>s com baixa estimativa de risco,<br />

somente 28.3% manteve essa classificação e 16.2% passaram para a categoria de<br />

alta estimativa de risco. Ao invés, <strong>do</strong>s 38.6% de estudantes classifica<strong>do</strong>s com alta<br />

estimativa de risco na primeira fase, 23.2% mantiveram essa posição e 10.9%<br />

classificaram-se em baixo risco.<br />

Os conceitos, as atitudes e os comportamentos acerca <strong>do</strong> álcool, são<br />

determina<strong>do</strong>s por factores sócio-económicos, isto é, pelos costumes, tradições e<br />

falsos conceitos que são transmiti<strong>do</strong>s ao longo de gerações e que determinam um<br />

maior risco de consumo (MELLO e cols. 1988). Foi neste senti<strong>do</strong> que analisamos a<br />

relação entre estimativa e representações sociais, ten<strong>do</strong> concluí<strong>do</strong> que a consciência<br />

<strong>do</strong>s efeitos, os falsos conceitos e a representação social total são mais eleva<strong>do</strong>s nos<br />

indivíduos com risco de consumo modera<strong>do</strong>, enquanto nos classifica<strong>do</strong>s de baixo risco<br />

a maior estimativa de risco foi obtida na representação social total. Aliás, esta variável<br />

revelou-se preditora da estimativa de risco nas duas fases de estu<strong>do</strong> com um poder<br />

explicativo de 15.7% e 15.8% varian<strong>do</strong> em senti<strong>do</strong> inverso, ou seja quanto maior a<br />

estimativa de risco menor a representação social total ou vice-versa.<br />

Por outro la<strong>do</strong> da relação entre a “estimativa de risco” e as “expectativas e<br />

crenças pessoais acerca <strong>do</strong> álcool” concluímos que os estudantes de “alto risco” foram<br />

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