Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...
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destiladas e no estudo realizado por CARVALHO (1996), surgem em segundo lugar as bebidas destiladas com 29.0% e em terceiro, o vinho com 24.0%. O consumo imoderado de álcool, está ligado com alguma frequência a condutas violentas, a lesões acidentais e a relações sexuais não protegidas, com a possibilidade de surgirem gravidezes não desejadas e/ou doenças de transmissão sexual, que possam suscitar posterior arrependimento MATOS, (1995); A AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (1996); LEITE e cols. (1997/98); SCHUCKIL (1998) e PRAZERES (2000). Algumas destas ocorrências verificaram-se na nossa amostra em 10.1 % dos rapazes em ambas as fases do estudo e em 3.4% vs 7.1% das raparigas, sendo as “relações sexuais ocasionais” o comportamento que gera mais sentimento de arrependimento, com 24.2% vs 25.5%. Contudo, a “falta de respeito a pessoas e bens” com (36.4% vs 11.6%), “conduzir embriagado” com (18.2% vs 6.4%) e “figuras tristes” com (15.2% vs 14.9%) são também situações valorizadas pelos estudantes. Dos alunos consumidores de bebidas alcoólicas em rituais / praxes académicas, apenas 0.6% vs. 1.0% tiveram problemas com os agentes de segurança, sendo o “conflito/agressão”, a “detenção” e o “excesso de barulho” as razões mais evocadas pelos estudantes nas duas fases. 3.2.6 - Consumo de bebidas alcoólicas em rituais / praxes académicas e expectativas e crenças pessoais acerca do álcool As expectativas e crenças pessoais acerca do álcool têm sido consideradas como determinantes do comportamento de bebida, trazendo novas informações que enriquecem a compreensibilidade dos problemas relacionados com o álcool. Em Portugal, é na década de 50 que se fazem as primeiras referências epidemiológicas relativas a este assunto (PINTO e MELLO, 1993). Foi este um dos motivos que nos levou a incluir neste estudo, a escala de expectativas e crenças pessoais acerca do álcool (IECA) desenvolvida por Pinto e cols. (1993) Os índices médios na primeira fase de estudo para os diferentes factores oscilaram entre os 4.96 na “Desinibição sexual” e os 53.63 nos “Efeitos globais positivos e facilitação das interacções sociais,” obtendo-se na segunda fase, valores inferiores em todos os factores, não sendo as diferenças estatísticas significativas. Os rapazes, tanto na primeira como na segunda fase de estudo, apresentam índices mais elevados de expectativas e crenças pessoais acerca do álcool do que as 382
aparigas em todos os factores. Neste sentido e dado que no nosso estudo são os rapazes os maiores consumidores, parece-nos pois que tais resultados estão em consonância com os obtidos por CARVALHO (1996), ao concluir que a intensidade das expectativas é mais elevada em indivíduos com hábitos alcoólicos. ABRAMS e NIAURA (1987), consideram que quando o indivíduo possui expectativa positivas de que é o álcool que lhe fornece aptidões para lidar com uma determinada situação, ou o alivia de emoções desagradáveis, a probabilidade de recorrer ao seu consumo aumenta. Com efeito, no estudo que desenvolvemos, são os estudantes que aumentaram o consumo e se embriagaram nos rituais académicos que possuem expectativas e crenças mais elevadas acerca do álcool. É provavelmente por esse facto que os estudantes da escola superior de Tecnologia apresentam maiores expectativas e crenças pessoais acerca do álcool dado que é nesta escola que encontramos entre os seus estudantes o maior consumo de bebidas alcoólicas. Ao invés é entre os estudantes da escola superior Agrária que se verificam as mais baixas expectativas que poderão também ser resultantes dos menores consumos de bebidas verificados. O consumo de álcool nos adolescentes é mediado por factores intrapessoais (expectativas), factores interpessoais (relação com os pais e companheiros) e situações ocasionais (beber em casa dos amigos quando os pais estão ausentes, apostas de bebida, fins de semana, festas, etc.,) (MARLATT e cols. 1988; LOWERY, 1980 e SPIEGLER, 1983). Foi nesta linha de pensamento, que indagámos os estudantes acerca dos seus sentimentos face aos colegas consumidores ou não, tendo-se concluído que os sentimentos de aceitação para com os colegas que não consomem no primeiro momento de avaliação é superior ao sentimento de admiração em todos os factores excepto nos efeitos positivos na actividade e humor, no escape a estados emocionais negativos, na diminuição de sentimentos negativos de si mesmo e da ansiedade avaliativa e escala global e no segundo momento em todos os factores mas as diferenças encontradas não são estatisticamente significativas. Para com os colegas que consomem, o sentimento de aceitação é superior em todos os factores ao sentimento de admiração no primeiro momento de avaliação mas no segundo sobrepõe-se para todos os factores o sentimento de admiração. 3.2.7 - Consumo de bebidas alcoólicas em rituais / praxes académicas e estimativa de risco. 383
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destiladas e no estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> por CARVALHO (1996), surgem em segun<strong>do</strong> lugar as<br />
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O consumo imodera<strong>do</strong> de álcool, está liga<strong>do</strong> com alguma frequência a condutas violentas, a<br />
lesões acidentais e a relações sexuais não protegidas, com a possibilidade de surgirem gravidezes não<br />
desejadas e/ou <strong>do</strong>enças de transmissão sexual, que possam suscitar posterior arrependimento MATOS,<br />
(1995); A AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (1996); LEITE e cols. (1997/98);<br />
SCHUCKIL (1998) e PRAZERES (2000). Algumas destas ocorrências verificaram-se na nossa<br />
amostra em 10.1 % <strong>do</strong>s rapazes em ambas as fases <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> e em 3.4% vs 7.1% das raparigas, sen<strong>do</strong><br />
as “relações sexuais ocasionais” o comportamento que gera mais sentimento de arrependimento, com<br />
24.2% vs 25.5%. Contu<strong>do</strong>, a “falta de respeito a pessoas e bens” com (36.4% vs 11.6%), “conduzir<br />
embriaga<strong>do</strong>” com (18.2% vs 6.4%) e “figuras tristes” com (15.2% vs 14.9%) são também situações<br />
valorizadas pelos estudantes.<br />
Dos alunos consumi<strong>do</strong>res de bebidas alcoólicas em rituais / praxes<br />
académicas, apenas 0.6% vs. 1.0% tiveram problemas com os agentes de segurança,<br />
sen<strong>do</strong> o “conflito/agressão”, a “detenção” e o “excesso de barulho” as razões mais<br />
evocadas pelos estudantes nas duas fases.<br />
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expectativas e crenças pessoais acerca <strong>do</strong> álcool<br />
As expectativas e crenças pessoais acerca <strong>do</strong> álcool têm si<strong>do</strong> consideradas<br />
como determinantes <strong>do</strong> comportamento de bebida, trazen<strong>do</strong> novas informações que<br />
enriquecem a compreensibilidade <strong>do</strong>s problemas relaciona<strong>do</strong>s com o álcool. Em<br />
Portugal, é na década de 50 que se fazem as primeiras referências epidemiológicas<br />
relativas a este assunto (PINTO e MELLO, 1993).<br />
Foi este um <strong>do</strong>s motivos que nos levou a incluir neste estu<strong>do</strong>, a escala de<br />
expectativas e crenças pessoais acerca <strong>do</strong> álcool (IECA) desenvolvida por Pinto e<br />
cols. (1993) Os índices médios na primeira fase de estu<strong>do</strong> para os diferentes factores<br />
oscilaram entre os 4.96 na “Desinibição sexual” e os 53.63 nos “Efeitos globais<br />
positivos e facilitação das interacções sociais,” obten<strong>do</strong>-se na segunda fase, valores<br />
inferiores em to<strong>do</strong>s os factores, não sen<strong>do</strong> as diferenças estatísticas significativas.<br />
Os rapazes, tanto na primeira como na segunda fase de estu<strong>do</strong>, apresentam<br />
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