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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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variabilidades entre si, que vão desde diferentes idades para a puberdade até<br />

transformações fisiológicas precoces para alguns e tardias para outros, poden<strong>do</strong> mesmo não<br />

coincidir com a maturação intelectual e emocional <strong>do</strong> indivíduo (MONTEIRO e SANTOS,<br />

1998) sen<strong>do</strong> que o próprio indivíduo possui diferentes ritmos de maturação pois "cada um<br />

tem uma maneira própria de evoluir”.<br />

Muitos investiga<strong>do</strong>res tentaram já delimitar o início e o términos desta fase, mas as<br />

dificuldades encontradas não permitiram que se tenha chega<strong>do</strong> a consenso. OUTEIRAL<br />

(1982), diz-nos que em termos cronológicos é impossível estabelecer limites fixos para o<br />

início e o fim da a<strong>do</strong>lescência, pois estes limites alteram-se de acor<strong>do</strong> com as características<br />

sócio-culturais da sociedade em que se desenvolve este processo. Para além destes<br />

factores, há ainda a realçar a grande variabilidade que existe de indivíduo para indivíduo.<br />

Obviamente, que existem características bio-psicossociais comuns a to<strong>do</strong>s os indivíduos,<br />

como crescimento, desenvolvimento, maturação, expressão da sexualidade, acquisição de<br />

autonomia, processo de independência económica, mas que são vividas e vivenciadas de<br />

forma diferente.<br />

Também HOTYAT (1978, p.183), diz que é difícil fixar limites precisos à a<strong>do</strong>lescência,<br />

sen<strong>do</strong> estes bastante mais aleatórios relativamente às fases anteriores. Para CLAES, (1985,<br />

p.11), este problema torna-se ainda mais complexo quan<strong>do</strong> se pretende delimitar a<br />

a<strong>do</strong>lescência em termos de idade “estanque” pois, " as categorias etárias que limitam as<br />

etapas da vida e fixam as fronteiras entre as gerações variam consoante as épocas e a<br />

fronteira entre a a<strong>do</strong>lescência e a idade adulta".<br />

Apesar de todas estas dificuldades, SAMPAIO (1994, p.61,) considera a a<strong>do</strong>lescência<br />

como sen<strong>do</strong> uma "etapa <strong>do</strong> desenvolvimento, que ocorre (…) desde a altura em que as<br />

alterações psicobiológicas iniciam a maturação até à idade em que um sistema de valores e<br />

crenças se enquadra numa identidade estabelecida". O mesmo autor, (2000, 2006)<br />

estabelece o início da puberdade aos <strong>do</strong>ze/ treze anos, mas para o seu final, não refere<br />

qualquer acontecimento biológico ou de outra ín<strong>do</strong>le, que indique com precisão a entrada na<br />

vida adulta, ou seja, determinar quan<strong>do</strong> existe a construção de uma autonomia e a aquisição<br />

de identidade, a capacidade de suportar tensões e contrariedades, de elaborar projectos de<br />

vida e inserção social (MONTEIRO e SANTOS, 1998). De acor<strong>do</strong> com a OMS e, segun<strong>do</strong> o<br />

Estatuto da Criança e <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente a a<strong>do</strong>lescência prolonga-se até aos 19 anos.<br />

Já NEIRICI, em 1967 dividia a a<strong>do</strong>lescência em três grandes perío<strong>do</strong>s:<br />

Pré-a<strong>do</strong>lescência: entre os 8 e os 10/11 anos seria caracterizada como uma etapa de vida<br />

tranquila e de crescimento diminuto, com poucos conflitos, estabilidade biológica e fisiológica<br />

em que, o organismo armazenava energia para o crescimento que se seguirá;<br />

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