Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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A quarta parte do questionário dedica-se ao conhecimento de alguns factores contextuais do consumo, tais como, os momentos de consumo escolhidos pelos estudantes, considerando-se a refeição, dias de festa, amigos e colegas, pais ou sozinhos, os locais de consumo: bares, discotecas, cafés, festas e casa, e finalmente o tipo de bebida consumida: vodka, whisky, cerveja aguardentes, vinho, shots, alcopops e outras bebidas alcoólicas. Parte V – Variáveis relacionadas com os rituais/praxes académicas A última parte do questionário é composta por dezasseis questões que se destinam á obtenção de dados relativos ao consumo de bebidas alcoólicas durante os rituais/praxes académicas. Depois de procurarmos saber a opinião dos estudantes sobre a forma de realização dos rituais na escola que frequentam, indagamos sobre a frequência de consumo durante os mesmos, assim como o absentismo às aulas devido ao consumo. Para os que responderam afirmativamente a esta questão, procurou-se saber o número de vezes desta ocorrência. A ingestão de bebidas alcoólicas acarreta várias alterações e nesse sentido procurou- se saber as modificações psicofisiologias ocorridas após ingestão. Para tal, os estudantes foram questionados sobre se a quantidade de bebida ingerida era suficiente para atingir o estado de contentamento, embriaguez ou coma, bem como da incapacidade de recordar acontecimentos após consumo, como se sente fisicamente doente, da ocorrência de sentimentos de culpa ou remorso, de acidentes, de actos de arrependimento e de problemas com os agentes de segurança. Face ao conjunto de bebidas alcoólicas acima descritas, questionaram-se os estudantes sobre a quantidade ingerida em cada uma delas, assim como das alterações no consumo (aumento, manutenção ou diminuição), incentivo ao consumo por parte dos colegas e diferentes tipos de bebidas ingeridas. Para os que responderam afirmativamente foi questionado o número de bebidas. Também se questionaram os jovens se durante os rituais/praxes alguma vez observaram colegas seus embriagados. Terminamos esta parte do questionário com questões relacionadas com as consequências físicas após consumo de bebidas alcoólicas, sentimentos de culpa ou remorso e arrependimento e problemas com as forças de segurança. 1.4.2 - Inventário de expectativas e crenças acerca do álcool (IEPCA) 266

O inventário de expectativas e crenças acerca do álcool (IEPCA) é um instrumento psicométrico original, construído e validado para a população portuguesa por Pinto Gouveia e cols. (1993). Trata-se de um instrumento de auto-resposta que se destina a avaliar expectativas individuais sobre os efeitos decorrentes da ingestão moderada de bebidas alcoólicas, que como dizem os seus autores, é um factor cognitivo cuja importância na mediação do consumo de álcool tem sido repetidamente salientada por numerosos autores. É composto por sessenta e um itens que são avaliados segundo uma escala tipo Likert, com cinco categorias de resposta possíveis; «não concordo», «concordo pouco», «concordo moderadamente», «concordo muito» e «concordo muitíssimo». As pontuações vão subindo da esquerda para a direita (do «não concordo» para o «concordo muito») podendo a classificação em cada item oscilar entre o mínimo de 1 a um máximo de 5. Inicialmente, era constituído por 115 itens, representativos de oito grandes áreas de efeitos do álcool: (activação e agressão; redução de estados emocionais negativos; efeitos positivos globais; expectativas próprias da cultura portuguesa; activação sexual e fonte de prazer; relaxamento e redução da tensão; redução da ansiedade social e diminuição da solidão e aborrecimento), mas após o refinamento da escala em que se utilizaram procedimentos estatísticos como correlações de Spearman e análise factorial seguida de rotação ortogonal varimax, obteve-se a versão final do IPCA que comporta 61 itens. As pontuações podem variar entre um mínimo de 61 (nível baixo de expectativas/crenças) e um máximo de 305 (nível elevado de expectativas/crenças). Na análise factorial deste inventário foram isolados seis factores: FACTOR 1 – Efeitos positivos e facilitação das interacções sociais. Explica 15,01% da variância total. É constituído pelos itens 7, 10, 12, 13, 15, 18, 19, 20, 21, 24, 32, 38, 43, 44, 45, 46, 48, 49, 50, 51, 55, 57, 58, 59, 60. FACTOR 2 – Activação e prazer sexual. Traduz 10,47% da variância total, sendo constituído pelos itens 16, 26, 28, 35, 37, 40, 41, 47, 48, 54, 56, 58. FACTOR 3 – Efeitos positivos na actividade e no humor. É-lhe atribuído 14,31% da variância total e engloba os seguintes itens: 4, 7, 9, 11, 17, 20, 22, 25, 29, 36, 37, 40, 43, 52, 54, 61. FACTOR 4 – Escape a estados emocionais negativos. Explica 10,19% da variância total. Inclui os seguintes itens: 2, 5, 23, 27, 30, 31, 32, 33, 49, 53, 61. FACTOR 5 – Desinibição sexual. Representa, em termos percentuais, 2,88%. Engloba dois itens: o 6 e o 15. FACTOR 6 – Diminuição de sentimentos negativos de si mesmo e da ansiedade avaliativa. Representa 9,76% da variância total e engloba os itens 2, 3, 12, 34, 39, 42,43, 44, 46, 61. 267

O inventário de expectativas e crenças acerca <strong>do</strong> álcool (IEPCA) é um instrumento<br />

psicométrico original, construí<strong>do</strong> e valida<strong>do</strong> para a população portuguesa por Pinto Gouveia<br />

e cols. (1993). Trata-se de um instrumento de auto-resposta que se destina a avaliar<br />

expectativas individuais sobre os efeitos decorrentes da ingestão moderada de bebidas<br />

alcoólicas, que como dizem os seus autores, é um factor cognitivo cuja importância na<br />

mediação <strong>do</strong> consumo de álcool tem si<strong>do</strong> repetidamente salientada por numerosos autores.<br />

É composto por sessenta e um itens que são avalia<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> uma escala tipo<br />

Likert, com cinco categorias de resposta possíveis; «não concor<strong>do</strong>», «concor<strong>do</strong> pouco»,<br />

«concor<strong>do</strong> moderadamente», «concor<strong>do</strong> muito» e «concor<strong>do</strong> muitíssimo». As pontuações<br />

vão subin<strong>do</strong> da esquerda para a direita (<strong>do</strong> «não concor<strong>do</strong>» para o «concor<strong>do</strong> muito»)<br />

poden<strong>do</strong> a classificação em cada item oscilar entre o mínimo de 1 a um máximo de 5.<br />

Inicialmente, era constituí<strong>do</strong> por 115 itens, representativos de oito grandes áreas de<br />

efeitos <strong>do</strong> álcool: (activação e agressão; redução de esta<strong>do</strong>s emocionais negativos; efeitos<br />

positivos globais; expectativas próprias da cultura portuguesa; activação sexual e fonte de<br />

prazer; relaxamento e redução da tensão; redução da ansiedade social e diminuição da<br />

solidão e aborrecimento), mas após o refinamento da escala em que se utilizaram<br />

procedimentos estatísticos como correlações de Spearman e análise factorial seguida de<br />

rotação ortogonal varimax, obteve-se a versão final <strong>do</strong> IPCA que comporta 61 itens.<br />

As pontuações podem variar entre um mínimo de 61 (nível baixo de<br />

expectativas/crenças) e um máximo de 305 (nível eleva<strong>do</strong> de expectativas/crenças). Na<br />

análise factorial deste inventário foram isola<strong>do</strong>s seis factores:<br />

FACTOR 1 – Efeitos positivos e facilitação das interacções sociais. Explica 15,01% da<br />

variância total. É constituí<strong>do</strong> pelos itens 7, 10, 12, 13, 15, 18, 19, 20, 21, 24, 32,<br />

38, 43, 44, 45, 46, 48, 49, 50, 51, 55, 57, 58, 59, 60.<br />

FACTOR 2 – Activação e prazer sexual. Traduz 10,47% da variância total, sen<strong>do</strong><br />

constituí<strong>do</strong> pelos itens 16, 26, 28, 35, 37, 40, 41, 47, 48, 54, 56, 58.<br />

FACTOR 3 – Efeitos positivos na actividade e no humor. É-lhe atribuí<strong>do</strong> 14,31% da<br />

variância total e engloba os seguintes itens: 4, 7, 9, 11, 17, 20, 22, 25, 29, 36,<br />

37, 40, 43, 52, 54, 61.<br />

FACTOR 4 – Escape a esta<strong>do</strong>s emocionais negativos. Explica 10,19% da variância total.<br />

Inclui os seguintes itens: 2, 5, 23, 27, 30, 31, 32, 33, 49, 53, 61.<br />

FACTOR 5 – Desinibição sexual. Representa, em termos percentuais, 2,88%. Engloba <strong>do</strong>is<br />

itens: o 6 e o 15.<br />

FACTOR 6 – Diminuição de sentimentos negativos de si mesmo e da ansiedade<br />

avaliativa. Representa 9,76% da variância total e engloba os itens 2, 3, 12, 34,<br />

39, 42,43, 44, 46, 61.<br />

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