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Figura 7 – Modelo preventivo, apresentado por MUISENER (1994) Os Factores Biológicos incluem os factores genéticos (associados à continua procura de um marcador genético para o alcoolismo), os neurológicos (associados ao estudo dos neurotransmissores e localização dos processos controladores do uso da substância) e factores idiossincráticos (metabólicos). Os Factores Psicológicos Desenvolvimentais incluem as características da personalidade, as sub-fases da adolescência e seus estados emocionais negativos, alterações visíveis a nível físico, sexual, cognitivo e moral, elementos base da reorganização da identidade, juntamente com os efeitos reforçadores do álcool, a imitação e a curiosidade. No Meio Interpessoal é a família e o grupo de pares os principais componentes. Na família é de considerar a sua dinâmica interna, suas crises e disfunções. O grupo de pares assume maior relevo para o jovem que é inversamente proporcional ao afastamento familiar e pode promover ou conter o consumo. No grupo de pares o jovem, também encontra crises (exclusão, traição e desilusão). Sociedade Comunidade Meio Interpessoal Os Factores da Comunidade são responsáveis pelo desenvolvimento de redes de apoio ao consumidor, sua família e amigos, num processo dinamizador de estilos de vida saudáveis. A este nível, são de considerar as atitudes sociais pró-álcool, de aceitação e até de incentivo e facilitação de disponibilidade do produto. Bio Adolescente Pares Quanto aos Factores da Sociedade urge a definição de políticas concertadas. Em jovens mais vulneráveis a formas menos adaptativas para a resolução de problemas, a opção pelo consumo é uma escolha. Estas escolhas disfuncionais, facilitam o acesso às bebidas alcoólicas (VILLA 1996). Agente Tóxico 248

NEGREIROS (1998), encontra um modelo preventivo cuja intervenção se baseia nas perspectivas humanistas que interpreta o consumo como uma decisão individual dependente da dimensão afectiva e nas perspectivas neo-behavioristas que têm como alvo as influências sociais e processos interpessoais específicos conducentes ao consumo de bebidas alcoólicas pelos jovens. Este modelo propõe uma abordagem alternativa de prevenção do álcool ao apresentar o Modelo hipotético de mudança, que segundo o autor produzirá impacto nas atitudes gerais face ao álcool e no comportamento de bebida dos jovens. Figura 8 – Modelo preventivo apresentado por NEGREIROS (1998) Atitudes gerais face ao álcool e drogas menos favoráveis Assim, um hipotético aumento dos níveis de conhecimento produzirão influência nas atitudes e no comportamento dos adolescentes face ao álcool. Considera o autor que o início de consumo é o “resultado de um sistema individual complexo, onde interagem factores individuais, factores sócio-culturais e interpessoais específicos” (p. 219). Integra as perspectivas humanistas (considerando serem as decisões de consumo de nível afectivo e como forma de satisfação de “necessidades da personalidade”, acreditando na análise e alteração dos factores motivacionais e funcionais) e abordagens neo-behavioristas (pelo impacto das influências sociais do grupo e situacionais). Assim, o autor foca o centro do processo preventivo nos factores afectivos (atitudes, valores e crenças) e nos factores sociais que poderão emergir para uma “predisposição sócio-afectiva” para o consumo. Relembra a importância, neste processo preventivo, da clareza e precisão de objectivos e finalidades. Pretende, neste modelo, modificar as determinantes interpessoais favorecedores do consumo e produzir impacto nas circunstâncias associadas ao abuso e se necessário recorrer à dimensão conhecimentos, utilizando uma metodologia participativa e de envolvimento do jovem. IMPACTO DO PROGRAMA DE PREVENÇÃO Maiores conhecimentos sobre o álcool e drogas Menor consumo actual 249

Figura 7 – Modelo preventivo, apresenta<strong>do</strong> por MUISENER (1994)<br />

Os Factores Biológicos incluem os factores genéticos (associa<strong>do</strong>s à continua<br />

procura de um marca<strong>do</strong>r genético para o alcoolismo), os neurológicos (associa<strong>do</strong>s ao estu<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s neurotransmissores e localização <strong>do</strong>s processos controla<strong>do</strong>res <strong>do</strong> uso da substância) e<br />

factores idiossincráticos (metabólicos).<br />

Os Factores Psicológicos Desenvolvimentais incluem as características da<br />

personalidade, as sub-fases da a<strong>do</strong>lescência e seus esta<strong>do</strong>s emocionais negativos,<br />

alterações visíveis a nível físico, sexual, cognitivo e moral, elementos base da reorganização<br />

da identidade, juntamente com os efeitos reforça<strong>do</strong>res <strong>do</strong> álcool, a imitação e a curiosidade.<br />

No Meio Interpessoal é a família e o grupo de pares os principais componentes. Na<br />

família é de considerar a sua dinâmica interna, suas crises e disfunções. O grupo de pares<br />

assume maior relevo para o jovem que é inversamente proporcional ao afastamento familiar<br />

e pode promover ou conter o consumo. No grupo de pares o jovem, também encontra crises<br />

(exclusão, traição e desilusão).<br />

Sociedade<br />

Comunidade<br />

Meio Interpessoal<br />

Os Factores da Comunidade são responsáveis pelo desenvolvimento de redes de<br />

apoio ao consumi<strong>do</strong>r, sua família e amigos, num processo dinamiza<strong>do</strong>r de estilos de vida<br />

saudáveis. A este nível, são de considerar as atitudes sociais pró-álcool, de aceitação e até<br />

de incentivo e facilitação de disponibilidade <strong>do</strong> produto.<br />

Bio<br />

A<strong>do</strong>lescente<br />

Pares<br />

Quanto aos Factores da Sociedade urge a definição de políticas concertadas.<br />

Em jovens mais vulneráveis a formas menos adaptativas para a resolução de<br />

problemas, a opção pelo consumo é uma escolha. Estas escolhas disfuncionais, facilitam o<br />

acesso às bebidas alcoólicas (VILLA 1996).<br />

Agente Tóxico<br />

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