Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...
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é com elas que nos desenvolvemos e não podemos evitá-las, temos é de aprender a passar por elas de forma sadia. Nesta caminhada preventiva, todos os actores têm a sua participação activa (PATRICIO 2002), desde o cidadão, família, escola, serviços de saúde, mass media, organizações (culturais, desportivas, lúdico, recreativas, religiosas), e organismos policiais e políticos. Nos jovens, os problemas ligados ao álcool, são considerados um importante problema de Saúde Pública pelo próprio Ministério da Saúde, com repercussões a nível mental e físico, de insucesso escolar, violência na escola, acidentes de viação, condutas violentas no domicílio e em público, comportamentos sexuais de risco e mortalidade em geral. O perfil do jovem consumidor de álcool tem vindo a alterar-se, sendo consumado em saídas nocturnas duas a três vezes por semana e com elevado consumo de álcool com preferência para a cerveja e bebidas destiladas como a vodka. Segundo a Organização Mundial de Saúde no ano de 1999, 12% dos jovens portugueses afirmaram já terem ficado bêbedos antes dos treze anos. FARATE (2001, p. 151), citando MARZIALE (1988), encoraja atitudes positivas individuais, sugerindo os seguintes critérios: desenvolvimento positivo tendente ao evitamento de atitudes culpabilizantes e reforçadoras da auto-estima, acções simultaneamente abrangentes da família, comunidade e profissionais de saúde e incentivo à política preventiva global (saúde, trabalho e lazer) nos contextos psicossociais e sócio- culturais dos próprios jovens. Como já referido anteriormente, os consumos nesta faixa etária, prejudicam o desenvolvimento da inteligência, memória, raciocínio e atenção e conduzem a alterações de humor, do processo cognitivo e dos comportamentos. A própria Organização Mundial de Saúde, reconhece que este consumo nestes jovens pode progredir para a dependência num período mais curto do que num adulto. Assim, DUARTE (1999), apresenta as principais características do consumo juvenil: O álcool é a droga mais consumida na nossa cultura; a idade de início é precoce, tendo em conta a maturidade hepática; o consumo tornou-se distinto do padrão dito tradicional (quotidiano irregular) para passar a ser feito predominantemente ao fim-de-semana como ocupação do tempo livre em grupo; o tempo de consumo é predominantemente à noite e por vezes à tarde em bares, cafés e discotecas (espaços de sociabilidade, de produção de relações sociais no grupo de pares); o tipo de bebida preferido é a cerveja com aumento na ingestão de bebidas destiladas; o aumento do consumo feminino com tendência a equiparar-se aos níveis masculinos; as motivações mais frequentes são a procura de divertimento e a tentativa de fugir aos problemas; o aumento do número e frequência das embriaguezes tendentes a uma procura dos efeitos psicoactivos e alteração da consciência, outrora típico no consumo de outras substâncias. 246
MUISENER (1994), propõe um Modelo de fácil compreensão do fenómeno “Abuso de álcool na juventude”. É um modelo bio-psico-social, eclético, de perspectiva integrativa e baseado no pressuposto de que o todo é diferente do somatório das partes. Distingue os conceitos de “Consumo Problemático” (consumo por experiência, que pode ter consequências agudas transitórias mas que não vai além desse padrão) e o de “desordem de consumo” (com implicações de consumo agudo e seus problemas, num padrão mal adaptativo comprometedor do funcionamento e do desenvolvimento). O Modelo de Muisener assenta em cinco níveis concêntricos de factores causais. 247
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é com elas que nos desenvolvemos e não podemos evitá-las, temos é de aprender a passar<br />
por elas de forma sadia.<br />
Nesta caminhada preventiva, to<strong>do</strong>s os actores têm a sua participação activa<br />
(PATRICIO 2002), desde o cidadão, família, escola, serviços de saúde, mass media,<br />
organizações (culturais, desportivas, lúdico, recreativas, religiosas), e organismos policiais e<br />
políticos. Nos jovens, os problemas liga<strong>do</strong>s ao álcool, são considera<strong>do</strong>s um importante<br />
problema de Saúde Pública pelo próprio Ministério da Saúde, com repercussões a nível<br />
mental e físico, de insucesso escolar, violência na escola, acidentes de viação, condutas<br />
violentas no <strong>do</strong>micílio e em público, comportamentos sexuais de risco e mortalidade em<br />
geral. O perfil <strong>do</strong> jovem consumi<strong>do</strong>r de álcool tem vin<strong>do</strong> a alterar-se, sen<strong>do</strong> consuma<strong>do</strong> em<br />
saídas nocturnas duas a três vezes por semana e com eleva<strong>do</strong> consumo de álcool com<br />
preferência para a cerveja e bebidas destiladas como a vodka. Segun<strong>do</strong> a Organização<br />
Mundial de Saúde no ano de 1999, 12% <strong>do</strong>s jovens portugueses afirmaram já terem fica<strong>do</strong><br />
bêbe<strong>do</strong>s antes <strong>do</strong>s treze anos.<br />
FARATE (2001, p. 151), citan<strong>do</strong> MARZIALE (1988), encoraja atitudes positivas<br />
individuais, sugerin<strong>do</strong> os seguintes critérios: desenvolvimento positivo tendente ao<br />
evitamento de atitudes culpabilizantes e reforça<strong>do</strong>ras da auto-estima, acções<br />
simultaneamente abrangentes da família, comunidade e profissionais de saúde e incentivo à<br />
política preventiva global (saúde, trabalho e lazer) nos contextos psicossociais e sócio-<br />
culturais <strong>do</strong>s próprios jovens.<br />
Como já referi<strong>do</strong> anteriormente, os consumos nesta faixa etária, prejudicam o<br />
desenvolvimento da inteligência, memória, raciocínio e atenção e conduzem a alterações de<br />
humor, <strong>do</strong> processo cognitivo e <strong>do</strong>s comportamentos. A própria Organização Mundial de<br />
Saúde, reconhece que este consumo nestes jovens pode progredir para a dependência num<br />
perío<strong>do</strong> mais curto <strong>do</strong> que num adulto. Assim, DUARTE (1999), apresenta as principais<br />
características <strong>do</strong> consumo juvenil:<br />
O álcool é a droga mais consumida na nossa cultura;<br />
a idade de início é precoce, ten<strong>do</strong> em conta a maturidade hepática;<br />
o consumo tornou-se distinto <strong>do</strong> padrão dito tradicional (quotidiano irregular) para passar a ser<br />
feito pre<strong>do</strong>minantemente ao fim-de-semana como ocupação <strong>do</strong> tempo livre em grupo;<br />
o tempo de consumo é pre<strong>do</strong>minantemente à noite e por vezes à tarde em bares, cafés e<br />
discotecas (espaços de sociabilidade, de produção de relações sociais no grupo de pares);<br />
o tipo de bebida preferi<strong>do</strong> é a cerveja com aumento na ingestão de bebidas destiladas;<br />
o aumento <strong>do</strong> consumo feminino com tendência a equiparar-se aos níveis masculinos;<br />
as motivações mais frequentes são a procura de divertimento e a tentativa de fugir aos problemas;<br />
o aumento <strong>do</strong> número e frequência das embriaguezes tendentes a uma procura <strong>do</strong>s efeitos psicoactivos<br />
e alteração da consciência, outrora típico no consumo de outras substâncias.<br />
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