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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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várias condições de vida familiar, escolar e social que vão chocar com o normal processo de<br />

maturação biopsicossocial e cultural (SANTOS, 1999).<br />

Quan<strong>do</strong> nos questionamos em saber qual a intervenção mais adequada, podemos<br />

afirmar que a postura mais inteligente é possivelmente uma combinação de estratégias<br />

interventivas. Saliente-se que o Plano de Acção Europeu sobre o Álcool, de 1992 a 1999<br />

defendia actuações direccionadas à população geral e no perío<strong>do</strong> de 2000-2005 apoiava<br />

preferencialmente estratégias dirigidas a situações de risco (GUAL, e cols. 2002). Esta<br />

mudança, terá a ver com o facto da maior facilidade de aplicação das políticas em situação<br />

de risco <strong>do</strong> que na população em geral.<br />

Da<strong>do</strong> que, a maior parte das instituições oferece aos jovens serviços apenas de<br />

carácter curativo e sintomático, torna-se fundamental a criação de instituições que lhes<br />

proporcionem alternativas saudáveis e desmobiliza<strong>do</strong>ras de um embrenhamento no caminho<br />

tortuoso que é o <strong>do</strong> alcoolismo. BARROSO (2004, p. 136), considera ser “prioritário nas<br />

intervenções de educação e promoção de saúde que se encontrem com os jovens<br />

alternativas equivalentes, que preencham as mesmas funções e que sejam utilizadas pelos<br />

jovens”. O autor considera serem os jovens estudantes que bebem com regularidade os que<br />

apresentam índices superiores de comportamentos problema relaciona<strong>do</strong>s com o álcool. Por<br />

isso, não é demais relembrar os da<strong>do</strong>s estatísticos nacionais de sinistralidade ro<strong>do</strong>viária, em<br />

que as vítimas mortais ou feri<strong>do</strong>s graves tem o seu pico mais eleva<strong>do</strong> nesta faixa etária.<br />

Um <strong>do</strong>s pilares base de qualquer intervenção, será o potenciar factores de protecção,<br />

alicerça<strong>do</strong>s na aquisição progressiva de conhecimentos, na capacidade de avaliar os<br />

diferentes componentes e alternativas <strong>do</strong>s comportamentos de risco, no desenvolvimento de<br />

aptidões sociais e na capacidade de tomar decisões conscientes, conducentes a evitar<br />

consumos de risco. Assim, qualquer intervenção no âmbito da prevenção primária, deve<br />

passar por uma abordagem colaborativa em que o jovem se considere sujeito participativo<br />

no processo de decisão. Só assim, o jovem consegue ser promotor <strong>do</strong>s seus próprios estilos<br />

de vida saudáveis e aprende a beber com responsabilidade. As estratégias preventivas,<br />

ten<strong>do</strong> por base as meto<strong>do</strong>logias activas, permitem também que o jovem possa desenvolver e<br />

adquirir habilidades sociais de recusa e concomitantemente encontrar outros modelos de<br />

bebida, alternativos, agradáveis e saudáveis.<br />

Para ROSELL (1999), é aconselhável o desenvolvimento de projectos integrais à<br />

saúde <strong>do</strong>s jovens que contemplem a promoção da auto-estima, de conhecimentos e de<br />

hábitos de saúde mental através da a<strong>do</strong>pção de novos estilos de vida. Refere o autor que<br />

para se poder levar a cabo um projecto de promoção de saúde em jovens é necessário:<br />

delimitar a população alvo distribuída por grupos etários e sexo;<br />

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