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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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È essencialmente na prevenção primária que o papel da equipa multidisciplinar<br />

assume um maior destaque no combate ao alcoolismo. A prevenção primária implica o<br />

conhecimento da dimensão <strong>do</strong> problema e as suas consequências na educação e promoção<br />

da saúde, acompanhadas de medidas sociais, económicas, legislativas e políticas. Nesta<br />

fase impõem-se orientações para a a<strong>do</strong>pção de estilos de vida saudáveis, através de<br />

reforços de comportamentos adequa<strong>do</strong>s e modificações de comportamentos gera<strong>do</strong>res de<br />

alcoolismo. Esta acção inicia-se na comunidade e termina numa acção directa junto de cada<br />

família (COSTA, 1998).<br />

Este nível de prevenção é primordial e urgente, especialmente quan<strong>do</strong> falamos <strong>do</strong><br />

envolvimento de jovens. Assim, devem ser tomadas medidas dirigidas à oferta e à procura<br />

sen<strong>do</strong> ainda importante limitar a sua disponibilidade no merca<strong>do</strong>. Uma das estratégias a<br />

a<strong>do</strong>ptar para a diminuição da procura passa por acções pedagógicas, nas quais a educação<br />

alimentar é, neste contexto, uma arma fundamental numa luta que se considera desigual,<br />

dada a contra-informação e a falta de uma política alimentar e alcoológica nacional. Todas<br />

as medidas preventivas que se possam implementar são insuficientes, quan<strong>do</strong> se toma<br />

consciência da utilidade das mesmas e quan<strong>do</strong> se trata de evitar o início <strong>do</strong> consumo. Os<br />

excessos a que os a<strong>do</strong>lescentes recorrem representam a falência e a incapacidade que<br />

temos demonstra<strong>do</strong> em construir modelos de identificação que se consideram vitais para a<br />

sua formação (CARVALHO 1996; RIBEIRO, 1995).<br />

Já a prevenção secundária, implica medidas de diagnóstico e tratamento precoce,<br />

com o objectivo de diminuir a prevalência de <strong>do</strong>entes alcoólicos e <strong>do</strong>s problemas liga<strong>do</strong>s ao<br />

álcool e seus efeitos. De acor<strong>do</strong> com a etiopatogenia de cada sujeito, poder-se-ão<br />

organizar/participar em programas que possibilitem melhorar a capacidade de coping<br />

(recursos internos), de lidar com o stress e com a ansiedade. A indução de autoconfiança, de<br />

motivação e de que o sucesso <strong>do</strong> tratamento depende muito <strong>do</strong> seu esforço e<br />

comportamento são outros aspectos a considerar.<br />

A prevenção terciária, pretende limitar incapacidades, evitar o desenvolvimento da<br />

<strong>do</strong>ença de forma grave e irredutível e promover a reinserção social. A este nível poder-se-á<br />

avaliar o suporte recebi<strong>do</strong> pela família, amigos e <strong>do</strong>s recursos existentes na comunidade,<br />

bem como, avaliar o nível de pressão social exerci<strong>do</strong> pelos “amigos <strong>do</strong> copo” e a forma como<br />

o jovem lida com essa pressão (COSTA, 1998).<br />

Dadas as características próprias da a<strong>do</strong>lescência, a prevenção <strong>do</strong> uso/abuso <strong>do</strong><br />

álcool deve começar o mais ce<strong>do</strong> possível e de forma contínua e progressiva, com vista a<br />

a<strong>do</strong>pção de atitudes e comportamentos adequa<strong>do</strong>s. Através de uma informação eficaz<br />

quanto ao seu uso, parece-nos urgente ajudar os jovens na utilização de estratégias<br />

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