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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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personalidade centradas na descrição de atributos mais ou menos imutáveis, que EISHER e<br />

FREDRICKSEN (1980), encontraram formas de diferenciar padrões de funcionamento<br />

interpessoal adequadas e/ou inadequadas. Assim, algumas características da personalidade<br />

como empatia, estabilidade emocional e maturidade, estariam associadas a um<br />

funcionamento interpessoal adequa<strong>do</strong>, mas a introversão, neuroticismo e a dependência<br />

seriam responsáveis por um funcionamento interpessoal inadequa<strong>do</strong>.<br />

Esta concepção que baseia o relacionamento interpessoal em traços de<br />

personalidade, assume um papel passivo <strong>do</strong> sujeito em situações sociais e uma a<strong>do</strong>pção de<br />

comportamentos idênticos nas diferentes situações sociais, consideran<strong>do</strong> problemático<br />

efectuar discriminações relativamente ao funcionamento interpessoal <strong>do</strong> sujeito em<br />

diferentes situações sociais (MISHEL, 1973).<br />

Para BANDURA (1977 a, p.193), o conceito de competências sociais engloba as<br />

dimensões cognitiva, que representa a auto-eficácia, “a convicção de que é possível realizar<br />

com sucesso um comportamento social no senti<strong>do</strong> de obter os resulta<strong>do</strong>s deseja<strong>do</strong>s” e<br />

comportamental que se refere à “performance” em determinadas competências sociais.<br />

Para ARGYLE (1978, p. 148), o conceito de competências sociais “social skills” foi defini<strong>do</strong><br />

como a “capacidade de lidar eficazmente com as relações interpessoais”.<br />

Apesar das múltiplas interacções sociais possíveis, considera-se que algumas<br />

características interpessoais podem ser entendidas como a demonstração de uma<br />

competência social. Este conceito de competências sociais, de técnicas e de estratégias de<br />

tratamento de perturbações psicológicas específicas, sofreram a influência e posterior<br />

redefinição devi<strong>do</strong> ás novas conceptualizações das teorias de aprendizagem social e da<br />

auto-eficácia (BANDURA, 1977 a, 1978), emergin<strong>do</strong> daí múltiplas e inova<strong>do</strong>ras práticas<br />

interventivas ao nível da saúde mental. O autor (p.192), refere que as “formulações teóricas<br />

que enfatizam mecanismos periféricos começaram a dar lugar a teorias cognitivamente<br />

orientadas que explicavam o comportamento em termos de um processamento central de<br />

fontes de informação directas, vicariantes e simbólicas”. Afirma ainda (p. 11) que, “o<br />

funcionamento psicológico é explica<strong>do</strong> em termos de uma interacção recíproca contínua<br />

entre determinantes pessoais e ambientais, assumin<strong>do</strong> os processos simbólicos vicariantes<br />

e auto-regula<strong>do</strong>res um papel proeminente”.<br />

O modelo de comportamento social, parte <strong>do</strong> pressuposto, que a pessoa responde ás<br />

situações sociais, pela aquisição de experiência mas constantemente modificadas e/ou<br />

mantidas pelas consequências sociais influencia<strong>do</strong>ras de outras pessoas. Este modelo não<br />

defende uma relação automática entre situações sociais e o comportamento das pessoas<br />

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