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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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os factores favorece<strong>do</strong>res ao consumo. Assim, o a<strong>do</strong>lescente teria a oportunidade de<br />

analisar os seus valores numa tendência desenvolvimental, para explorar valores e crenças<br />

no processo de formação da identidade (LIOTA e cols. 1983).<br />

CHNG (1980) justifica este méto<strong>do</strong> pela necessidade de estruturação e<br />

operacionalização de valores gratificantes para a pessoa e aceites pela sociedade.<br />

CORNACCHIA e cols. (1978), baseiam-se em trabalhos de Freud e Raths que advertem<br />

para o facto de diferentes problemas observa<strong>do</strong>s, terem origem na incerteza ou ausência de<br />

valores e que crianças com problemas comportamentais estes diminuam em intensidade e<br />

frequência, quan<strong>do</strong> em experiências com valores.<br />

O autor, considera que o méto<strong>do</strong> de clarificação de valores, se conjuga com<br />

estratégias que ajudam os jovens a aprender esses mesmos valores. Também PIORKOWSI<br />

(1973, p. 35), no <strong>do</strong>mínio da educação sobre drogas, defende ser importante “delinear,<br />

moldar e ensinar atitudes e valores antitéticos ao uso de drogas”. Assim, os jovens<br />

aprendem a importância <strong>do</strong>s valores no seu dia a dia e a reconhecer antagonismos entre<br />

aquilo que valorizam e o seu efectivo no comportamento.<br />

Para SWISHER (1974, p. 156), este méto<strong>do</strong> foi “uma parceria para o problema <strong>do</strong><br />

uso de drogas e, em certa medida, para todas as <strong>do</strong>enças sociais”.<br />

A noção de “aprendizagem de valores”, também rivaliza com o conceito de<br />

clarificação de valores denotan<strong>do</strong>-se alguma confusão entre estes <strong>do</strong>is conceitos. Para<br />

tentar clarificar esta situação, SWISHER (1974), refere ser a expressão “aprendizagem de<br />

valores” aplicada exclusivamente a situações que envolvem a aquisição de competências<br />

interpessoais e/ou para melhorar a saúde mental, mas o objectivo parece não ter si<strong>do</strong><br />

atingi<strong>do</strong>, manten<strong>do</strong>-se a confusão conceptual.<br />

Outras dificuldades se colocam para além da clarificação de valores que têm a ver<br />

com o facto destes, quan<strong>do</strong> clarifica<strong>do</strong>s, poderem levar a opções opostas ao consumo de<br />

drogas, (NEGREIROS, 1998). Também a pouca evidência científica demonstrativa de que a<br />

clarificação de valores, conduz à diferenciação entre consumi<strong>do</strong>res e não consumi<strong>do</strong>res é<br />

outro problema deste méto<strong>do</strong> (ROKEACH, 1983).<br />

As mais severas críticas às estratégias de clarificação de valores assentam na<br />

excessiva preocupação concedida ao processo de valorizar, que remeteria para segun<strong>do</strong><br />

plano o papel da informação e conhecimento no processo de tomada de decisão (CHNG,<br />

1980). Se eticamente to<strong>do</strong>s os valores são váli<strong>do</strong>s e moralmente defensáveis, a sua<br />

clarificação tornar-se-ia pouco adequada pois “no pensamento abstracto acerca das suas<br />

escolhas é difícil de identificar as dimensões morais <strong>do</strong>s conflitos entre valores” (p. 121).<br />

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