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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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prejudiciais consoante os padrões de consumo, os seus efeitos individuais e sociais e até os<br />

meios utiliza<strong>do</strong>s para a sua obtenção e o abuso como um “sintoma de problemas sociais<br />

básicos” (NEWLIS, 1970, p. 56).<br />

Defende-se nestas abordagens, que as substâncias (álcool) per si não constituem<br />

perigosidade. Esta tem sim, que ser avaliada em função <strong>do</strong>s padrões e/ou formas de<br />

consumo adaptada por cada ser humano. Assim, as estratégias preventivas centrar-se-ão no<br />

sujeito, potencial consumi<strong>do</strong>r, e nos motivos <strong>do</strong> consumo, para que posteriormente o sujeito<br />

melhore a sua capacidade de tomada de decisão, pela compreensão das causas e<br />

consequências.<br />

É com base nestas premissas, que este modelo, retoma a noção de “consumo<br />

responsável” de álcool, já anteriormente introduzida na fase final <strong>do</strong> paradigma da instrução<br />

didáctica, mas que assume agora uma filosofia menos fundamentalista e mais real, pois não<br />

é possível erradicar o uso de álcool em sociedades dependentes dessa substância. Neste<br />

contexto os a<strong>do</strong>lescentes, terão que aprender a tomar decisões após saberem os aspectos<br />

favoráveis e desfavoráveis <strong>do</strong> consumo.<br />

Defende que a dimensão afectiva é o centro de qualquer intervenção preventiva e<br />

condiciona as restantes (atitudes, necessidades e valores). Estas abordagens envolvem os<br />

efeitos fisiológicos, farmacológicos ou sociais mas primam sobretu<strong>do</strong> pelo desenvolvimento<br />

de atitudes, valores, comportamentos e forças sociais como forma de influenciar as<br />

dimensões afectivas favorece<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> consumo.<br />

Uma forma de prevenção é a “abordagem causal”, preconizan<strong>do</strong> MYERS (1973), os<br />

seguintes pressupostos gerais desta abordagem:<br />

a) O comportamento obedece as causas determinadas;<br />

b) Essas causas podem ser identificadas e compreendidas;<br />

c) A compreensão das causas <strong>do</strong> abuso e das consequências de curto e longo prazo <strong>do</strong><br />

abuso, pode ajudar o indivíduo a seleccionar comportamentos adequa<strong>do</strong>s para si e para<br />

os outros;<br />

d) Programas basea<strong>do</strong>s na compreensão da dinâmica comportamental, seria vantajoso em<br />

população juvenil, na medida em que a abordagem causal os capacitaria a uma melhor<br />

identificação e selecção de meios e processos soluciona<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s problemas em geral;<br />

e) Estes programas, proporcionariam aos jovens um funcionamento individual mais<br />

adequa<strong>do</strong> <strong>do</strong> que aqueles que funcionam como gera<strong>do</strong>res de me<strong>do</strong>.<br />

BEDWORTH (1972), defende para a prevenção <strong>do</strong> uso de drogas uma “abordagem<br />

racional” que promova o envolvimento activo <strong>do</strong> sujeito no processo de aprendizagem, a<br />

compreensão <strong>do</strong>s motivos <strong>do</strong> consumo e um aumento da capacidade de decisão com<br />

responsabilização das decisões a<strong>do</strong>ptadas pelo sujeito.<br />

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