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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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isso, também necessário contrariar os factores e as causas que os originam. Reconhece-se<br />

por isso a importância <strong>do</strong>s factores sócio-ecológicos na iniciação e manutenção <strong>do</strong>s<br />

consumos nos a<strong>do</strong>lescentes e até a presença de um “sistema de pressões<br />

comportamentais” (HUBA e BENTLER, 1980).<br />

Quanto ao consumo de álcool KANDEL e cols. (1978), descrevem um modelo<br />

basea<strong>do</strong> em estádios de desenvolvimento, “associan<strong>do</strong> o consumo ao envolvimento <strong>do</strong>s<br />

jovens a actividades de baixa delinquência com amigos e a uma mais elevada exposição a<br />

modelos favorece<strong>do</strong>res <strong>do</strong> consumo na família ou amigos… ”.<br />

JESSER e JESSER (1977), associam o consumo de álcool a outros<br />

comportamentos/problema, enaltecen<strong>do</strong> os factores <strong>do</strong> meio social como amigos, família,<br />

acessibilidade e modelos em detrimento de esta<strong>do</strong>s de personalidade disfuncionais. O<br />

impacto de modelos encoraja<strong>do</strong>res ao consumo por imitação, têm contribuí<strong>do</strong> para a<br />

iniciação e manutenção <strong>do</strong>s consumos de álcool, sobretu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> o modelo é interpreta<strong>do</strong><br />

como elemento influente.<br />

Este modelo aplica estratégias preventivas conducentes a inocular os a<strong>do</strong>lescentes<br />

contra as pressões sociais, tornan<strong>do</strong>-se assim resistentes a influências sociais. Para que<br />

esta protecção possa ocorrer, é necessário analisar e compreender a natureza dessas<br />

influências e simultaneamente aprender as respostas adequadas para lhes poder resistir.<br />

Assim o conceito de inoculação assume um significa<strong>do</strong> “comportamental”, em que pela<br />

aprendizagem, o grande objectivo é capacitar o sujeito a resistir ás influências.<br />

Estas abordagens partilham as suas origens no modelo de comunicação-persuasão,<br />

basea<strong>do</strong> em inovações meto<strong>do</strong>lógicas de apresentação da informação e na teoria da<br />

aprendizagem social (BANDURA 1977 b), como forma de compreensão <strong>do</strong> processo de<br />

iniciação <strong>do</strong> consumo baseada num conjunto de influências sociais, em que os modelos, os<br />

estereótipos veicula<strong>do</strong>s pelos midia e os adultos significativos tem impacto nos<br />

a<strong>do</strong>lescentes.<br />

EVANS (1983), defende que “as predisposições psicológicas, resultantes da<br />

conjugação de determinantes sociais e de personalidade, terão tendência a produzir uma<br />

interacção para consumir ou não, mas a decisão final irá depender <strong>do</strong> impacto de influenciais<br />

sociais específicas”. A preocupação interventiva, surge nos anos 70, com o objectivo de<br />

“inocular” os jovens contra as pressões sociais promotoras <strong>do</strong> consumo.<br />

SHAFLER (1983), defende uma estratégia interventiva envolven<strong>do</strong> duas fases<br />

distintas: a preparação cognitiva, que se traduz em fornecer informação geral sobre os<br />

factores promotores <strong>do</strong> consumo, acompanhada de reflexão identificatória <strong>do</strong>s sentimentos,<br />

pessoas, locais e situações (compreensão <strong>do</strong>s determinantes cognitivos, psicológicos,<br />

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